terça-feira, 23 de novembro de 2010

Melodia;

I remember it well: I asked you not to go, but all I heard was the screaming silence of the wind and, just like the wind will always blow through the leaves, I will always remember this as our last lost chance.

sábado, 20 de novembro de 2010

Nin;

Depois de uma hora com ele, pude continuar o meu dia, fazendo coisas que não quero fazer, vendo pessoas que não me interessam.

domingo, 31 de outubro de 2010

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Ele estava ali, com os olhos fixos nos meus e dizendo "Bom dia, minha princesa". Tocou minhas mãos, com aquele toque que só os príncipes encantados sabem ter, e sorriu como se iluminando o quarto. O dia tinha um sol imenso, mas ele era o calor da estrela maior. Sem ele o sol não queimava, apenas iluminava, mostrando os caminhos à frente, sem nos revelar, porém, aquilo que ninguém vê: a vida. Digo vida aquela sensação de queimar, gritar, chorar, rir, amar, enlouquecer, apaixonar e, sobre tudo, amar. Mesmo em um dia nublado eu sentia seu Sol me queimando, bronzeando minha pele. E ele estava ali, perfeito e sorrindo, perguntando como dormi, se estou bem, se sinto fome – pois se por acaso o sinto, ele prontamente irá cozinhar algo para mim, quem sabe minha comida favorita? Mas não posso. Não posso porque me falta algo. Ele é como Romeu, mas meu coração me diz que ele é Paris. Ama-me de tal forma que não consigo encontrar um defeito. Tão atencioso, tão carinhoso, tão super-homem e menino, todavia o que me falta? Amá-lo de volta.

[foto by: SilverMercury]

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?

Está vendo aquela luz piscando? É uma estrela-cadente. Faça um pedido. Não importa o que seja, você pode até desejar o impossível. Feche os seus olhos bem forte e o faça com toda a sua fé. Não importa muito se a estrela na verdade seja um avião passando pela noite, contanto que você alimente seu sonho. Então, com toda sua fé, deseje que aquele avião seja uma estrela cadente e faça seu pedido.

[foto by: MiekoMiley]

sábado, 14 de agosto de 2010

Melodia;

I want to love you but I better not touch; I want to hold you but my senses tell me to stop; I want to kiss you but I want it too much; I want to taste you but your lips are venomous and poison. You're poison running through my veins.
[foto by: nikosalpha]

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Além de mim;

O arcano insondável da vida. Sou matéria, apenas matéria orgânica e falante. Seria eu, e todo o universo, apenas matéria e não alma? Teria Deus um motivo maior para colocar em mim, ser ríspido e estrábico, sua divina bondade e supremacia celestial, ao ponto de me dar uma alma? Humanóide estranho, diverso, eis aqui sua prova de incompetência maior. Mereceria eu uma alma? Outra chance para prosseguir, continuar e evoluir quando eu, hipócrita e maléfico, fiz outros, puros e árduos no caminho para a bondade, desviarem suas vistas e seguirem o curso do Mal? Mereço eu uma alma? Deus saberia me responder, mas me recuso a lhe perguntar se eu, hipócrita, mereço sua atenção.
Só faço perguntas e nunca dou respostas, nem para mim mesma. Não mereço sua atenção Deus, Pai Divino, mas preciso que me dê atenção o suficiente para responder minhas insanas perguntas. Sou matéria, disso sei, mas também sou alma divina? Sou alma perdida? Sou nebulosa e bruma, sou tubérculo incansável da maldade, na perdição daqueles que prosseguem em suas escolhas puras, sou a perdição e as emboscadas, mas não sou o Diabo. Sou servo dele. Mereço, meu Deus, uma chance? Diga-me o que sou! Por que vago e vago e não encontro o inquestionável? O nítido, o inteligível está-me turvo e embaçado.
Não acredito mais no céu. Não há como acreditar! Vejo trevas e trevas e elas reinam em mim e a minha volta. Onde está o amor? Dentro de mim? Inside my pour and hopeless heart? I’m a warrior, Christ, not a slave! Compreende? Acenda a luz para mim, traga a luz do mundo: o amor. O mundo é trevas, escuridão, mas há o amor. O amor é a luz que ilumina o luto, as trevas. As pessoas têm medo de amar, tem medo de acender essa luz. Quem ama emana uma luz própria, um louvor, tira tudo da escuridão, não há trevas com o amor. Deve-se amar. Por que ter medo de amar? Entregar-se? O que ilumina o mundo é apenas o amor. Amar os inimigos amar os amigos. Amar. Apenas amar! É tão difícil assim? O amor é a resposta.

[foto by: SweetySara]

sábado, 3 de julho de 2010

Grace;

Feche os olhos. Feche os olhos, minha pequena criança, porque de olhos fechados nada irá te atormentar. Feche com força, vamos – não há o que temer, certo? Estamos aqui, estamos segurando sua mão com força. Os gritos que escutar ignore, são apenas coisas da sua cabeça, coisas de sua fértil imaginação. Está quase acabando, quase acabando com sua vida. Não, não precisa gritar nem temer, apenas queimaremos seu coração. Agora só um arranhão. Não, não, minha criança, só irá doer um pouco, apenas o bastante para que seus timpanos estourem com seu grito. Sua pele, sua carne, suas lágrimas – eu quero você. Um pedaço apenas e tudo vai passar, apenas mais um pedaço da sua carne alva em meus dentes e unhas. Oh, por favor, não chore, por favor, pois isso só irám aumentar mais meu desejo por você.
Sim! Grite! Eu nunca mais irei parar e isso é uma promessa: nunca mais irei parar. Quero arrancar uma parte de você e colocar em mim, como se costurando nossas almas juntas – agora você é uma parte de mim.
Esse é o meu amor por você, esse é o meu amor por você. Você pode me escutar? VOCÊ PODE ME SENTIR? ESSE É O MEU AMOR POR VOCÊ! Meine Haut gehört Ihnen und Ihrer Haut ist meins. MEINE HAUT FUR DICH! MEINE LIEBE! Warum du mich nicht liebst? WARUM? Ich liebe dich...Ich liebe dich und es ist nicht genug! LIEBE DU MICH!
Agora, feche os olhos pela última vez...Você é minha, você é SÓ minha...Guten Abend, gute Nacht, mit Rosen bedacht, mit Näglein besteckt. Schlupf unter die Deck. Morgen früh, wenn Gott will, wirst du wieder geweckt. Guten Abend, gute Nacht, von Englein bewacht. Die zeigen im Traum, dir Christkindleins Baum. Schlaf nun selig und süß, schau im Traum's Paradies.

sábado, 26 de junho de 2010

Creio;

What is the difference between Heaven and Hell? Aren't they just far places from Earth? Don't they keep you away from me? Maybe both or maybe one cages you in. Between the noise of the falling rain on the fields and the scream on your ear - they're like the same since you're not here. And the days are like nights, and the nights like dawns, nothing seems the same. From breaking down and search a place to lie down, even your smile from the feeling of pleasure and the touch of Heaven. Can you hear me now that I'm almost yelling to you? Or are you busy flying above the blue sky? But I'm just sitting on this same old ground trying to reach your hand in the above. How I wish you were here, so we could maybe talk and not just speak; could stop asking and give some answers and then my voice wouldn't be the only sound. Trading my heroes for ghosts and just hoping to God you come down. Wishing for you to show me more than just fears and regrets; more than memories and your shadow that I can't get. God, how I wish you were here. But tell me: what the difference between Death and a Life without you?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lorca;

Eu pronuncio teu nome nas noites escuras [...] E me sinto oco. Eu pronuncio teu nome, nesta noite escura, e teu nome me soa mais distante que nunca. Mais distante que todas as estrelas e mais dolente que a mansa chuva.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Creio;

Acredita em mim? Então preciso te dizer que as horas estão voando, como se esgorregando pelos meus dedos para em seguida sumir no vento. Preciso ficar repetindo isso? Mas não, as horas estão as mesmas, acontece que agora estou vivendo as suas horas, o seu tempo. Não posso mais sair desse ciclo vicioso, então você precisa confiar em mim e em cada palavra que digo: não consigo desviar meus olhos dos seus - e toda vez que tento, apenas fracasso. E você nem ao menos precisa tentar chamar minha atenção, porque tem tudo de mim sem ao menos perceber. Preciso que pegue minha mão, vamos sair daqui para sempre, pois você poderia ter tudo se apenas acreditasse em mim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Creio;

Será que as palavras "eu ainda te amo" te deixam segura? Ah, eu tinha esquecido, você precisa me ter por perto para conseguir sentir que é capaz de continuar sem mim. Apenas três palavras: eu te amei, porém mais do que deveria; três palavras: eu te amo, contudo não mais o suficiente. Precisava somente dizer "eu te amo também", mas preferiu flutuar para longe de mim, afogando minhas últimas palavras de desculpas em sua própria respiração. Não, espera, eu errei: ignorar-me te dá segurança.
Abriu a janela do quarto, após quase um século de silêncio, mas não proferiu uma palavra sequer, mesmo mantendo aqui comigo tal qual minha sombra. Age como se eu fosse capaz de te assombrar até na solidão voluntária, quando você se afasta de todos os que são capazes de te amar. Mas isso não é minha culpa. É, nada disso foi minha culpa - três palavras: você vai embora?; três palavras: por favor vá embora.
Não precisei fazer o papel de desalmado para confirmar: o gelo parou seu coração de pedra, transpassando o meu, até que eu congelasse até a morte. Mesmo tentando, iríamos errar mais uma vez, pois não estamos mais no mesmo ponto. Cansei até mesmo do seu nome, das suas roupas dentro do meu armário, ocupando espaço e bagunçando minha própria bagunça - três palavras: bastou para você; três palavras: bastou para mim.

[foto by: Amatorka]

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Creio;

Como posso acreditar em uma frase pré-programada? Como se para cada pessoa que você conhecesse precisasse dizer “você é importante para mim, meu amor”. Parece controlado, programado, sem vida: quando chora, não há lágrimas, quando ri, não ri de verdade, quando me toca, não está presente. Seu olhar é vazio – será que você ensaia tudo em frente ao espelho? Encenando perfeitamente seu ato – é tudo mentira, então?
Posso te ver aqui ao meu lado, posso te tocar, provavelmente te escutar, mas, na verdade, você não está realmente aqui, nunca o esteve porque você é sem amor. E quando diz “eu te amo”, não há amor, quando promete, não soa como se fosse cumprir, quando me olha, não olha através dos meus olhos. A única verdade é que você não ama.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Você tem medo? Se eu abrisse esse portal, como se fosse a caixa de Pandora, você por acaso temeria as pragas que saíssem do vazio até sua alma? Se você, porém, segurar minha mão bem forte, até que esta sangrasse o sangue divino, tudo passará bem rápido por nós dois. Iniciaremos, assim, nossa nova dieta de lodo e carnificina, como uma hipocondria perfeita, esperando pelo momento ideal para o fim, o apocalipse. Vamos comigo? Irá ser que nem em Hollywood, aplaudindo e contando cada praga, até que não reste nenhum milagre ou benção. Morremos assim: fazendo inveja a James Dean.

sábado, 29 de maio de 2010

Adrammelech;

As nuvens cinza se sobrepondo, formando uma maciça forma disforme sobre nossas cabeças, entre você e adrammelech, nosso ponto de referência. Meticulosamente planejado e calculado, compondo o único atalho em espiral: voltaríamos ao mesmo ponto toda vez que tentássemos fugir – está feliz agora? Isso é a felicidade para você? Porque essa será nossa eterna felicidade: retornaríamos a essas terras secas para andarmos sozinhos até que o crepúsculo nos engolisse. Transpondo-me, assim, a esse oceano de lágrimas para navegar pelos sete mares com seu galion e, então, afogar-me em meu último suspiro - estaria morrendo afogado no meio de um ciclone de ar, morrendo de tanto oxigênio. Pelo dia, depois de meu funeral atado ao meu orgulho e seu mais profundo abismo, com as serpentes amorfas em sua língua, vomitaríamos tubarões após nos servir de leões: você pode imaginar o quão épico e fantástico seriamos juntos?
Precisaria de um milhão de mentiras para tentar esquecer meus milhões de assassinatos em sua homenagem, apenas para conseguir esquecer seu nome, mas é impossível te deixar ir ou desfigurar sua beleza em minha mente. Nesse processo de dor, então, você precisa me perdoar por todas as vezes que eu, tentando te esquecer, te matei. Pois, através do perdão, o único e real assassinato, nossa Terra do Nunca, nosso escapismo localizado entre a morte e o nascimento, estaria cada dia mais próxima, cada dia mais em plenitude. Aqui nunca mais diríamos “adeus” e eu poderia parar de cavar minha própria cova enquanto você procura nesse mesmo chão as respostas para que eu continuasse a mentir por você.
Feche seus olhos, agora, e em um segundo essas palavras viraram poesias shakespearianas, assim você poderá compreender o quão insano fiquei por você – é que você é tão linda. Amor, entenda, estaremos sempre juntos, seja no bem seja no mal, eu sou seu destino, a corda sobre o seu pescoço, sou sua vida e sua morte, seu salvador e seu algoz.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Melodia;

I am alone in this bed, house, and head and she never fixes this, but at least she... I am alone, in this bedroom. She never fixes this, but at least she... makes me forget.
Prescribed pills: to offset the shakes, to offset the pills. You know you should take it a day at a time.

[foto by: MeiyaOnimaru]

domingo, 23 de maio de 2010

Creio;

Não me importo e ponto. Você me diz: "seu coração é de pedra, garota", simplesmente porque eu não estou morrendo pelas suas causas. Entenda: exatamente nessa hora alguém em algum lugar do mundo deve estar morrendo por uma causa religiosa, causa essa que eu provavelmente nunca terei contato e nem ao menos compreenderei ou saberei o nome, e eu não me importo. Isso me faz de uma pessoa má? Não, pelo contrário, faz-me de uma pessoa madura porque tenho cabeça o suficiente para demonstrar minha personalidade, mostrar que parte dela é não me importar com uma causa desconhecida, causa esta que não me tocou. Seu problema não me tocou, por mais trágico que seja, simplesmente não me tocou. Sou insensível? Não, meu amor, apenas diferente. Aprendi, a base de muitas lágrimas, que às vezes, por mais que você se importe, alguém simplesmente não vai dar a mínima e isso, querido, é um fato, é uma máxima. Aprenda a lidar com isso, ademais, aprenda a parar de me culpar e me acusar só porque eu sou diferente de você. O que não me toca não tem um pedaço de mim, não merece minhas lágrimas. Seu sofrimento pode me tocar, não sei, talvez sim, talvez não, mas a causa do seu sofrimento, pelo menos por agora, não consegue tocar nem mesmo uma faísca de mim.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Não existe a noite, a não ser que você, ao fechar os olhos, faça a escuridão. É injusto - tudo na vida é injusto - mais injusto, porém, é virar o rosto para os raios de sol. Por que se deixar levar por um simples black-out passageiro? Medo de admitir que tudo ao seu redor pulsa, vive, grita. Há mais vida que morte, e ela está em todo lugar. Compreende isso? Compreende que basta sair de sua redoma de vidro e respirar esse céu abundante?

[foto by: scarabuss]

terça-feira, 18 de maio de 2010

Melodia;

I'm not your toy and this isn't another girls-meets-boy.

sábado, 1 de maio de 2010

Arcanjo;

Por vezes sinto a falta de qualquer coisa que jamais ousou me pertencer; que me fulmina e me fuzila com o olhar quando cometo desacertos. Tal como um anjo da guarda pelo qual me apaixonei secretamente, tão secretamente que apenas meu âmago mais intimo o sabe, jamais me abandona, sempre me guarda. Pensar em sua ausência é como pensar em um vazio, na terra de ninguém, um deserto sem fim, onde andarei sem parar até lugar algum - uma interminável busca pela felicidade extraída. No que tange sua presença, tudo se ilumina e os dias se fragmentam em pequenas ilhas, construídas com todos os momentos de alegria. Os pés andam, com a confiança de que os olhas regem cautelosamente, e as mãos movimentam-se livremente, mas sempre na esperança de encontrar outra mão para se atar. Um amor – seria amor a palavra cabível? – que exaure o ser, completando com uma solidão de companhia incorpórea, como um oceano solitário na multidão que não acompanha. Volver-me-ia em seu oceano, o seu fim, o seu meio, contanto que pudesse sentir o seu toque não apenas na imaginação e sonhos ternos. Uma mudança de plano, de contato, para transportar o oceano solitário até grandes ruas vazias de eu e você e, assim, colocar um fim na solidão de sua companhia. Mas se um fio de seu comparecimento me fosse o suficiente estaria mentindo, pois nem toda a sua essência satisfaria minha ansiosa alma - ganância de você. E, todavia, ao passo que não acho o que me apraz, ando pelos desertos e mares ermos.

[foto by: unkn0wns]

quinta-feira, 29 de abril de 2010

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Gritou. Sabia que ninguém iria escutar, pois tomou as devidas precauções para seus gritos serem abafados. Mesmo que seus tímpanos estourassem ninguém escutaria sua sinfonia desesperada. Os livros rasgados no chão eram apenas uma encenação ridícula de seu ódio e desespero. Estaria ela ainda sonhando? Presa naquele pesadelo que a assombrava desde os oito anos? O interessante daquele sonho ao avesso era que ele se encaixava naqueles tipos de delírios nos quais não importa o quanto você corra ou grite suas pernas afundaram no chão, como se sugadas pelo asfalto onírico. Ela não corria, sabia o quão patético era isso na vida real, então gritava. Ainda era patético, claro que era, mas não havia outra maneira de externalizar seus dragões interiores.
Desenhou, então, um uroboros no peito e uma lemnistica no pulso: infinita continuação do mal. O código que apenas ela saberia que, depois dos gritos, vinha o espanto com o conhecimento da verdade: ela estava só.

[foto by: lorelix04]

sábado, 24 de abril de 2010

Creio;

I mean it's not only just beacause you're not here but it's also because you don't care - when you should care. Told me that you would never let me be alone again and, for Christ sake, I belived in you, I gave up of every plans that I made just to be with you. Now here I am, without you and I feel that this is only the beginning of this nightmare. Shouldn't trust you, but you came into my life promising me salvation, and that was the only thing I needed at the time. Saw me mourning my love for you, touched my hand, I know you love me then, unbeknownst, you hoisted the flag of disaster.
How could you lie to me for five years? HOW?! Taking over my feelings for you, controlling the lies, just to control my choices and life. I could not live without the character of you, that little and sick lies you made - am I THAT lost now? The faces that I thought that belonged to you are fading to black, fading in black so let me reach your hand, I can't let this fade away. Please not now because I REALLY need your face around.
Why the mirror do not show me your smile anymore? It's because you're not real? I made it all? This was just a dream composing by me to make me feel less lonely? Was it? I do dream of you, I do still belive in you. Am I sick? I am THAT sick? Who cares anyway? I bleed, I ran, I was blind to you but NO ONE cares about my mental disease. Belive me, darling, I LOVE YOU, even knowing that you don't exist. I know the truth: you're a lie but let me be with you, let me be part of your world of lies because I'm soo alone and needy that I could take the consequences of this BIG and FUCKING lie. Take over me, haunt me, hunt me, kill me, torture me, lose me but PLEASE LOVE ME still. Say you LOVE ME yet in death or life, in war or peace. COME TO ME and I'll be safe in this lie's cage. I'll be deep enough to DIE for YOU. Baby, you don't remember me but I remember you. I lie AWAKE and try so hard not to think of you but who can decide what they dream? And dream I DO...But ONLY about YOU.
Lie to me, anyway and I'll belive you, bacause that's me: YOU LIE AND I BELIVE...

[foto by: callmesickgirl]

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Arcano;

Combati. Ergui a espada em chamas hibridas de safira e argênteo. Em punho, sobre o fogo, lambendo minha tez, derrotei os dragões e redemoinhos do Fim apocalíptico, não porque me foi ordenando, mas por ser este meu dever. Chamei-os para a guerra, iríamos guerrear até o Fim dos Tempos, para que, após os sete selos serem quebrados, surgisse uma Nova Era. O minotauro, ostentando sua tríade de hexas, não hesitava, assim como o Anjo Caído, seu líder, seu guia, a parte essencial das ciladas e embustes. Rugidos animalescos anunciavam o começo do Fim. Respirei o ar celeste, unindo forças para dentro de meu ser, abrindo as asas e o peito para digladiar contra o Mal. Iríamos guerrear agora e sempre. Os olhos fechados, as bocas em espanto observaram o mar em dois “Salve-nos!”, gritavam em nome da sequência hepta. Ele impera sobre mim, sobre nós e, na bruma impenetrável, sobre o trono no dossel ao lado dos dignos, estendia o dedo com um belo sorriso “Salve-os, filho primogênito da milícia.”, acrescentando após, “Não porque deves, mas porque podes.”. E aqueles que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas eram nossos inimigos. Com o sinal do escudo clamei pela Salvação e penetramos no alarido e emaranhado de seres cabalisticos. A guerra, nossa guerra, o combate a ser vencido, estavam deitados sobre os campos do Além. Digladiradores de Cima, digo-lhes por ventura, ergam suas espadas e não temam, a nossa hora é agora.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

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Eu deveria te perdoar. Deveria, porque o perdão é divino, ademais, deveria esquecer o quanto você me fez sofrer e todas as mentiras embaralhadas que me fez engolir. Deveria te perdoar por ter me feito acreditar em um personagem, e mais, preciso superar esse teu personagem, cortando em minha mente o link que costumava fazer entre você e a figura monumental exposta. Deveria te perdoar, porque amar é perdoar, mas será que te amo? Ainda te amo? Talvez ainda, contudo não o bastante para percorrer as terras do duvidoso e adormecer sobre memórias inexistentes. Deveria te perdoar, assim como faço com todos aqueles que me ferem, afinal, és apenas mais um em minha vida, como a fuligem dos nossos planos, o pó no móvel da sala. Deveria te perdoar, principalmente quando você me pediu para te amar, mesmo tenho consciência das minhas cicatrizes e eu te perdoei por isso. Mas não agora. Deveria te perdoar, contudo preciso esperar até que minha mente suporte a perda de alguém que nunca foi verdadeiramente meu.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

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Cansei. A dor não me apraz mais como antes. Estou cansada. Como é possível que ninguém veja o que estou vendo? Como é possível? Fiquei cega? Meu Deus, eu fiquei cega? A Luz me cegou a tal ponto que não vejo nada, se não Luz? Perdoe-me, perdoe-me, mas me recuso! Alguém poderia, porfavor, olhar em volta e ver o quão sublime é existir?

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Você me faria amar memórias mortas ou ilusões desastrosas? Porque você me pediu para te amar e eu te amei, troquei minhas esperanças por um tipo de contrato diabolico. Agora há apenas dúvidas, dúvidas, dúvidas. Peça-me para te amar mais uma vez, só por diversão, tanto faz, mas faça parar, faça parar, faça minha cabeça parar antes que eu fique doente de você. Vejo você, vejo o Inferno, vejo visões com seu nome. Isso vai parar, certo?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Doyle;

Se o meu futuro era sombrio, era melhor enfrentá-lo como homem do que tentar iluminá-lo com fantasias da imaginação.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ela;

Saiu e voltou. A porta estava aberta – eu não a havia fechado? Olhava e sorria, no olhar era felina, no sorriso apenas uma linda garotinha. O sapato vermelho, o cabelo jogado de lado, a boca escancarada em risos tímidos e sem pudores, a mão espalmada na própria cintura: haveria alguma forma de dizer "não"? Ela era ela, mas eu também era ela. Aproximava o corpo, olhando fixamente em meus olhos, para a parede, para o chão - "Que olhar mais dissimulado, minha garotinha". Eu poderia ter o suficiente de você por uma noite? Jamais. Tornou a sair, voltando com o riso mais nítido. Minha garotinha, minha adorável garotinha tinha o jeito mais insano de se movimentar. Como se não houvesse ninguém, ela se movia até mim dizendo “Quero ser a caçadora, hoje, você deixa?”. Eu sempre seria sua caça, seu objeto, sua, sua, sua, apenas sua. Encontrou-me na cama, poderia ter feito qualquer outra coisa, mas preferiu manter o silêncio e encarar meus olhos de desejo – “Posso ser sua caçadora?” e eu permitia qualquer ato insano de sua mente criativa.

domingo, 4 de abril de 2010

Creio;

Tá vendo o que você fez comigo? Eu estou ficando insana! Estou caindo, hora no fogo, hora na água. Eu preciso de você. Preciso, preciso, preciso, preciso intensamente. Sua presença incorpórea não está conseguindo satisfazer nem meu corpo nem minha mente. Minha alma está completamente inquieta, estou ficando com insônia, por Deus! Transformei-me em um serzinho completamente egoísta, não agüento nem mais te dividir com o ar que você respira! Chama-me de insana, tanto faz, mas se eu tiver que abrir mão mais uma vez de você, dividindo-te com qualquer outra pessoa que não seja eu, irei surtar. Você pode compreender isso? Ao menos consegue? Sei que sua cabeça está cheia de problemas e sua vida lotada de imprevistos, mas não agüento mais nenhum segundo sem você. Que droga! Tá tudo errado, tudo! Até mesmo quando eu tento te explicar como estou me sentido as coisas soam erradas. Eu só preciso de você e da maneira mais insana possível, da forma mais masoquista que encontrei. Isso você pode entender certo? Pelo menos isso você pode entender? Droga! Tanto faz se entende ou não, só fica aqui comigo e diz que me ama. Enlouquece-me, diz que estou errada e ri da minha cara, tanto faz! Seduza-me da maneira mais mesquinha possível, faz-me te querer mais a cada minuto que passo ao seu lado, ou não. Apenas exista, então, exista, mesmo que não ao meu lado, acho que isso me bastaria. Bastaria sua existência para alimentar minha insanidade. Mas eu não sei por quanto tempo vou agüentar ficar insana, então pelo amor de Deus, aparece para mim...Salva-me da armadilha em que me coloquei.

Luz;

Não vejo escuridão, não mais a vejo, porque cansei de fechar os olhos. Perceba, estamos debaixo de um zênite sublime. Há tanta luz, você é que está mantendo os olhos fechados, recusando-se a observar a luminosidade. O Sol está em todo lugar, a luz está em toda parte, estamos em pleno meio-dia. Você, contudo, continua apertando os seus olhos, deixando-os bem fechados. É mais fácil, para você, ver a escuridão que perceber a luz? Entenda, porém: as trevas vem quando os olhos se fecham, para que haja luz é preciso mante-los bem abertos. É preciso, ademais, ter luz nos olhos, luz interior, para poder perceber a luz a sua volta, pois, se tudo o que vejo é escuridão, então quanta escuridão há dentro de mim?


[foto by: 1maliniak1]

sábado, 3 de abril de 2010

O Quarto;

Gostaria de saber como o bem irá prevalecer se, para todos os lados que olho, o mal triunfa. Talvez, se meu conceito de mal estivesse errado, tudo fizesse sentido, e Deus poderia me dar um alivio. Passarei, então, o resto dos meus dias rezando para que minha visão sobre a maldade esteja turva - mas e se não? Se a maldade for mesmo a maldade? Peço, nesse caso, que meus conceitos mudem e que o otimismo surja em mim, porque uma vida de ilusão é melhor que uma vida na escuridão. É que sou covarde demais para despertar, abrir os olhos - não há ninguém para segurar minha mão e isso me atormenta.
Faremos assim: segura minha mão, estamos em um quarto escuro agora, então, por favor, não ouse soltar minha mão. Caminharemos às escuras, os moveis podem estar em qualquer lugar e podemos tropeçar, mas se você segurar minha mão tudo ficará mais fácil. No fim não há nada, não há luz nem trevas, apenas uma continuação da sala. Então, por que vamos continuar? Porque a inércia é deprimente - prefiro prosseguir pelas trevas que permanecer nas trevas. Iremos, eu e você, até o final do quarto sem fim, regidos pela esperança de que alguém com visão noturna encontre o interruptor e faça surgir a luz. Quanto tempo até lá? Provavelmente anos, uma vida inteira, mas é isso que é viver: transitar por um quarto escuro sem fim.
Além do quarto há o desconhecido, a mudança de plano, como um abismo. Podemos tentar chegar até lá, contudo teremos que esperar um pouco. Nem sempre está na hora de cair dentro dele, é preciso muita coragem ou muita covardia, depende do seu ponto de vista. Talvez eu seja um pouco covarde...Mas você vai me julgar por isso? Pela minha vontade súbita de cair no abismo? No meu conceito doentio, contudo, nenhuma covardia pode ser julgada perante a dor individual, o martírio que cada um guarda – em silêncio ou não, não importa – é inimputável. Dor é sempre dor, na luz ou na escuridão, agora ou depois. Quem será, então, capaz de medir a sua dor e a dor alheia e, com total arrogância, criar um parâmetro distinguindo “pouca” dor de “muita” dor? Deus? Não o meu Deus, talvez o seu, ou sua entidade sagrada. Mas não importa, não importa! Ainda estamos no quarto escuro e nada disso, nenhuma dessa perda de tempo com perguntas sem sentido, vai nos tirar daqui. Somos cegos, mesmo vendo, então por que ainda estamos correndo quando há o perigo de cair? Isso é “ariscar”? Correr no meio da escuridão é ariscar ou suicídio? Que importa? Só tenta compreender uma coisa: eu não posso caminhar sem que você segure minha mão.

[foto by: erikagaci]

sexta-feira, 2 de abril de 2010

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Eu só queria ser nada para você, lixo, insignificante, mas agora me tornei o gatilho da sua arma, a bala na sua cabeça.

[foto by: ashleykband]

quarta-feira, 31 de março de 2010

Melodia;

Where have I been all this time? Lost, enslaved, fatal decline. I've been waiting for this to unfold, but the pieces are only as good as the whole. Sever myself from my own lie and cut up the only thing that was right.  What if I never saw you again? I'd die right next to you in the end.

[foto by: monislawa]

Conveniência;

Gosto das suas sobrancelhas. Por quê? Sei lá, provavelmente porque elas são as SUAS sobrancelhas, e não só pelo motivo obvio de que gosto de sobrancelhas grossas; o seu sorriso de lado - irônico até demais - só pelo fato dele pertencer a você, a mim. Não seria apenas pela conveniência obvia da sua figura monumental, mas pela lógica fática de seu ser interior, que eu já não penso em mais nada, já não respiro mais nada: só você. Pode não acreditar, e você nunca acredita, não importa, porém, sou dona de minha mente e vejo o quanto insana ela fica com a sua ida. Preciso fingir, canto algum blues antigo, ou até mesmo Jonas Brothers - acredita nisso? Mas basta você me dizer que precisa ir dormir, para no dia seguinte passar no mínimo doze horas longe de mim, para que nada faça sentido. Deveria dar um tempo nessa loucura, mas ela é tudo o que tenho quando você se vai. Posso fazer assim? Vou continuar cantando até essa abstinência passar - isso se ela passar - então você vem e me salva de mim mesma.

[foto by: 6igella]

terça-feira, 30 de março de 2010

Theorein;

Vejo você, e é isso o que importa; vejo o que és e o que serás. O mundo é um borrão ante sua figura, nada existe de forma concreta, são apenas vultos como plano de fundo, movimentando-se em trajetórias errôneas, bruxuleios fantasmagóricos. Nada consegue captar minha atenção: o céu, a terra, o fim do mundo, o fim de mim, minha insanidade mutante - que importa, afinal? Nada poderia importar mais que manter minha cabeça girando em torno de você, em uma elipse perpendicularmente próxima ao seu planeta, como seu satélite. Vi e continuo vendo você, através das neblinas densas, além dos olhos esverdeados e insanos, como dissimulados demais para se manterem quietos. E as nebulosas se dissiparam, a atmosfera bipartiu-se em dois pontos de referência: com e sem você - com você eu sou tudo, incluindo felicidade, sem você eu sou tudo, menos felicidade. Como se em transe, perdida no meio de uma miragem, nossa miragem, tudo o que vejo é você, é você, é você...

Palavra grega theorein: ver com os olhos do espírito.
[foto by: bouloulou]

domingo, 28 de março de 2010

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Seu sumiço me custou uma folha de papel, um tempo contando pela quantidade de desenhos futeis que rabisquei, três músicas românticas em meu computador, uma sensação constante de solidão, várias pedras sobre minha janela - mera superstição análoga a Romeu e Julieta, uma dúzia de sonhos despedaçados, trinta e quatro visitas as suas fotos secretas e dezenas de textos que jamais seram lidos, nem por você nem por ninguém. Será que agora, se não for pedir muito, claro, você pode aparecer? Nem que seja para dizer "Oi, meu dia foi um saco. Xau"? Para mim, e minha carência estúpida, seria o suficiente. É que qualquer dia sem você fica nublado - entendeu a analógia boba aos seus cabelos? Provavelmente, se você ao menos soubesse que escrevo, e escrevo pensando em você, seu riso ficaria tão nítido que me irritaria. E eu te pediria "Para, sério, para", mas no fundo tudo o que eu adoraria escutar era seu riso prolongado. Faz um favor e aparece.

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Você perguntou o que eu sou, e eu disse "Nada", então você argumentou que eu era eu, mas para mim isso é nulo, pois não sou sua: ou seu tudo ou seu nada, tanto faz, apenas sua.

Dying to breath in these abundant skies;

Minha cabeça está girando fora de sua própria órbita. Girando e girando pelo vácuo, pelo espaço, ao redor de você. Tudo está errado, tudo ficou errado porque há tanto ar que não consigo respirar, afogo-me nessa ambudância de oxigênio. Não faz sentido, não faz sentindo algum: o único ar que almejo respirar é o mesmo que entra e sai dos seus pulmões. Agindo igual uma criança imatura, recuso-me a inspirar até que você esteja aqui. E eu rezo, acreditando na paciência de Deus, ou qualquer outro ser superior a mim, para comigo, mas ninguém consegue compreender exatamente: a minha única esperança perdeu-se em sua mente. No mar de gás atmosférico toda minha visão se resume a nós, um corpo completo, toda minha atenção volta-se para qualquer planeta longe de mim, porém habitado por você. Ainda estou rezando - isso faz sentido? - porque sua existência é a única coisa que importa. Então deitarei minha cabeça sobre o travesseiro, se eu dormir tudo bem, mas se a insônia persistir não mudará nada, só quero sonhar com você, permanecer aqui até o momento da sua volta. Ninguém entende, ninguém compreende, como se eu estivesse colocando três pontos sobre o "i", trocando as reticências por uma pausa prolongada, porém nós entendemos, conseguimos ir até o fundo tornando o incompreensível em alto nítido, exposto sobre a mesa. É essa a forma como dizemos "Eu te amo", afogando a nós mesmos em cada letra, porque faz a diferença quando você pode sentir o mesmo que eu. Mas o "eu" não importa mais, não existe, só existe "nós". Aprendi a engatinhar, mas somente em sua direção, aprendi a viver, mas apenas uma vida com você, aprendi a cair, mas segurando sua mão. Vem comigo porque, agora, ninguém te entende como eu.

[foto by:  fhrankee]

sábado, 27 de março de 2010

Sweet Valium;

I think I'm sick. Yes, I'm soo sick. Without you I can badly breath, and I REALLY mean it. Can not be, can not see, can not exist because now you're my disease.

[foto by: CurseDark]

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Fiquei tão obcecada pelas minhas mentiras que qualquer fato me soa falso. Mesmo que me jogue verdades, mesmo que tudo seja verdade, dentro da minha cabeça nada disso vai passar de mentira e ilusão. Você não existe, você é irreal demais para ser real.

sexta-feira, 26 de março de 2010

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My sanity is in yours hands, baby. Can't you see it? My fucking sanity is lying in your soft hands. I'm your king, I'm your slave, I'm your queen. I don't exist if you don't love me. I do not be if you're not. Here is a song for my sanity, for my mind, for my disturbed soul. Can you love me now? Just for fun, just to save my life from  madness.

[foto by: DarkdrAgonprincesss]

terça-feira, 23 de março de 2010

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Queria que você me amasse - isso é um pecado? Queria que você falasse "Eu preciso de você" - há algo de errado nisso? Eu só queria alguém capaz de me amar pelo o que sou, pelos meus erros e acertos, mesmo que isso incluisse horas de discussões sobre o certo e o errado. Estou com medo de não te encontrar, estou tremendo de medo porque, ao tentar te encontrar, eu me perdi. Agora você pode me amar? Porque nem mesmo a sanidade me faz companhia - e isso me afeta. Seu nome está em toda parte, sua voz agora é a minha, isso quer dizer que, na minha falta de consciência e amor-próprio, eu estou me transformando em você? Nada mais faz sentido, nada pode fazer sentido só porque você se foi e, agora, eu não consigo respirar. Queria que você parasse de mentir e começasse a me explicar - isso é ruim? Queria parar de te perguntar e começar a te responder - estou errado por isso? Preciso que você me ame.

segunda-feira, 22 de março de 2010

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Por que as pessoas não conseguem ver o que eu vejo? Por que elas não sentem o que eu sinto? Tem algo de errado comigo? Apenas não consigo desperdiçar uma gota de sentimento, por menor que seja. O amor, o carinho, a beleza e até mesmo o horror fazem parte de mim, estão em mim, mesmo que em uma quantidade mínima, porque eu não sou o planeta, sou a nebulosa sobre a órbita, sou o planeta longínquo, sou nada e tudo. É tão díficil assim de compreender? Sou um código, mas a chave está logo ali em cima da mesa, basta ter coragem para olhar e paciência para resolver. Então jogue suas cartas, seu "às" será descartado dessa vez, e me decifra.

sexta-feira, 19 de março de 2010

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Naquele dia ela era caçadora e eu a caça. Com os cabelos negros soltos e os olhos claros, sempre atentos, ela me fitava, observava e estudava minhas reações. E ela dizia "Vem", com os cabelos negros dispostos sobre o travesseiro e eu ia. Com as mãos espalmadas e a boca em meio sorriso ela ria. Brincava de "Seu Mestre Mandou" e me dizia sempre "Vem!". Quando eu lhe pedia "Vem" ela sorria e dizia "Hoje eu sou a caçadora e você a caça.".

(Roubei a imagem do Mushi :X)

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Desisti de começar um texto de novo com a palavra "não", então começarei com um "sim", afinal, tudo começa assim: com uma simples palavra afirmativa. Quando você diz "sim" um mundo incorpóreo e hipotético gira, moldando-se a sua resposta, isto é, pois, de conhecimento universal. E eu disse "sim". Naquele dia nublado, quando eu nem ao menos queria sair de casa, estava tão entediada que tentei driblar o ócio falando com você, depois daqueles anos de silêncio. Foi um simples "como você vai?", nada pretencioso demais para minha mente pós adolescente. Você, contudo, pegou minha simples frase cordial manipulando-a ao seu modo, até transforma-la, a base de uma retórica perfeita, em um "prefiro morrer  a ficar sem você mais uma vez". E eu realmente preferia morrer a ficar sem suas teorias sobre alucinógenos baratos. Então eu cai, cai porque amar é correr, mesmo sabendo que existe um abismo logo a frente, e se jogar no vazio, apesar do chão logo abaixo de nós. Cai, cai, cai de corpo, alma e mente - e mais uma vez te peço para não me convencer que devo ser por partes, porque se jogar é preciso, recuar jamais. Nada me parece tão hipocrita quanto amar pela metade, quanto não ser. Ser é ser por completo! É transformar cada partícula sua em algo totalmente novo, estranho, diferente, sedutor ou não. Eu sou, do começo dos meus pés até a ponta dos meus cabelos. Você também é?

quarta-feira, 17 de março de 2010

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Acho que sou suicida. Sim, provavelmente devo ter alguma inclinação para o suicídio e pelo caos. Pelo caos constante, pois clamei pelo adormecido, o cão de vinte cabeças, cada uma representando um ano de minha vida. Pintei o cenário perfeito, preto e branco, para tornar minha visão monocromática e perder os detalhes rubros do meu próprio sangue. Brincar com o fogo não tem a mínima graça quando não me queimo por inteiro, quando essa cortina cinzenta de nicotina não me traga, como seu cigarro preferido. Posso te oferecer algo? Minha vida, minha alma, pelos seus pulmões - pela possibilidade de ter mais fôlego ao gritar. Entende: não estou perdido, só me agrada o cheiro do suicídio.

terça-feira, 16 de março de 2010

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Para mim o amor é um abismo no qual jogar-se é necessário - cair, perde-se de si e dentro de si. É como uma eterna queda ao desconhecido, ao nada, ao chão.

segunda-feira, 15 de março de 2010

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Vejo o azul onde as pessoas veem o preto, vejo o cinza onde há o vermelho. Não que eu não perceba a cor preta, apenas não encaro ela como a total escuridão.

sábado, 13 de março de 2010

Creio;

Você traiu minha confiança, e isso é o que mais importa no final. Poderia ter mentindo, não te culparia por isso, mas jamais teria o direito de usar de minha confiança para melhorar sua auto-estima devastada.

sexta-feira, 12 de março de 2010

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É como uma tapa instantânea, volto-me para o passado e ele me repudia, insistindo que apenas o futuro me pertence. Talvez ele, o passado, conheça minha mania de evocar dragões e trazer o hipotético mundo dos ensinamentos de volta, em uma manifestação física do que seria minha vida perfeita. Então, tentarei explicar meu complexo da anterioridade com os defeitos da atualidade e minha eterna busca pelo inexplicável, pelo o que não existe, só para continuar a remexer os móveis do sotão e encontrar fotografias antigas. É isso o que faço comiga mesma quando ninguém está por perto: debruço-me sobre o que passou esquecendo tudo ao meu redor. Assombrada por figuras que não mais me pertencem, traçarei uma linha pontilhada em minha mente, dividindo o certo e o errado, o novo e o antigo, colocando os melhores momentos de lado. É que quem vive do passado não pode caminhar nos campos do futuro.

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Quer um conselho? Não me ame, pois você irá se iludir. Se precisar de um ombro amigo, poderá contar comigo, mas não exija de mim algo maior que a amizade.

terça-feira, 9 de março de 2010

Like James Dean;

Desculpe, mas estou pouco me importando com seus conceitos e idéias do que seria saudável tanto para minha mente quanto para minha integridade física. Estou farto de toda essa boboseira ao meu redor, de todas essas pessoas me ensinando como viver a minha própria vida – como eu não fosse capaz de tal. Acusando-me de alienação, incoerência, errando o caminho, desviando do certo, mas não há um caminho certo a seguir, apenas escolhas a serem feitas.
As pessoas não entendem, simplesmente isso, mas eu sei que em algum plano superior a esse, nada vai poder me atingir, nem mesmo as opiniões hipócritas de que mais um cigarro me matará. Não importa, afinal, não importa mesmo, estou mais perto desse plano do que jamais estive antes, porque as lições eu aprendi, as verdades absolutas morreram para que minhas mentiras possam me entreter.

sábado, 6 de março de 2010

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Os sinais, considerados sagrados pelas minhas crenças, conduziram-me a um lugar ermo, distante da minha própria religião. Acabei de matar meu Deus ou apenas guiei-me ao ateísmo?

[foto by: aimeelikestotakepics]

quarta-feira, 3 de março de 2010

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Como as pessoas podem pensar que o inferno é apenas fogo, se há tantas outras coisas piores que queimar?

terça-feira, 2 de março de 2010

Creio;

Não acredito em nada absoluto ou singular. Uma idéia genial, considera absoluta, às vezes não consegue responder a pergunta mais banal. Tudo se resume a várias verdades, várias facetas, ninguém é o que acredita ser - social, timído, solitário - somos várias coisas ao mesmo tempo, lobo ou humano, caça ou caçador.

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A mentira é apenas um ponto de vista, uma verdade diferente da idéia máxima.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dane-se;

Quer saber? Dane-se as pessoas e suas complicações. Dane-se quem não sabe ser por inteiro. Dane-se quem se utiliza apenas das palavras, sem nunca agir, dando vida ao que diz. Dane-se as mentiras, principalmente as pela metade. Dane-se a distância que me incapacita de ver nitidamente a verdade. Dane-se o mistério no olhar alheio e o silêncio alheio - ODEIO o silêncio alheio. Dane-se os dias quentes demais e os frios demais. Dane-se os mimados e cegos, nunca vendo seus próprios defeitos. Dane-se a aurora solitária - todos deveriam ter uma companhia quando a aurora chega. Dane-se as palavras impensadas - não se pode soltar frases fortes sem antes pensar o que isso pode provocar. E dane-se esse post também, não vou corrigir nada nele!

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Você simplesmente virou e foi embora, sem proferir uma palavra sequer. Decidiu por mim o certo e o errado - sendo o caminho correto a seguir qualquer um que te guiasse para longe daqui, de nós. E então pegou o que costumavamos ser e partiu, "criando" duas criaturas distintas uma da outra, como se separando o todo do bolo. Não sendo o suficiente dar as costas, você, sempre arrogante, fechou a única brecha que existia, cortando nosso elo. Disse que não queria, que estava chovendo, que o tempo não cooperava, que os dias mudaram, que as tardes encurtaram. Desculpas jogadas na mesa, dúvidas retirar pelo avesso para distorcer os"eu te amo", tudo isso pelo seu orgulho e preconceito. Deveria saber, prever o nítido: nosso amor é perecível.

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Odeio você. Não apenas odeio sem motivo, porque isso seria hipocrisia da minha parte, mas, em todo meu amor-próprio e orgulho disfarçados de auto-preservação, criei um ponto, como um alvo certeiro, para meu ódio: o fato de não conseguir parar de pensar, nem um minuto, em você. Ok, posso me intitular de louca e masoquista - disso não posso discordar jamais - contudo, é inevitável entrar em qualquer lugar sem antes pensar onde você poderia estar. É automático, sinto essa necessidade de primeiro me importar com suas coisas antes de raciocionar sobre o que farei durante o dia. Acordo todas as manhãs com uma dúvida na cabeça: será que você dormiu bem? Eu poderia, como toda pessoa normal e social, simplesmente ir até você e perguntar como foi sua noite, com o que sonhou, mas eu tenho medo de ter a certeza de que não faço parte do seu mundo onírico, que seus sonhos estão girando em torno de uma outra pessoa, em outras pespectivas. Certeza porque já tenho minhas dúvidas - e digo dúvidas apenas por orgulho e receio de afirmar minhas certezas - de que você gira em torno de mil mundos diferentes do meu inabitavelmente estranho mundo de Anne.
Dai, depois de matar seu tédio lendo as futilidades que escrevo, você vai me perguntar, com a maior cara de inocência, se eu, por acaso, já escrevi algo sobre você e, então, eu me pergunto: será que eu deveria te contar que praticamente tudo o que escrevo atualmente tem haver com você, mesmo que apenas um traço? Porque, se eu confessar, você vai começar com a longa conversa de que passou e eu perdi. Ok, ok, entendi que eu e você é passado e eu estraguei tudo, mas escutar isso pela centesima vez ao dia é tedioso - apenas não supera suas indiretas sobre sua, possível, namorada. Digo possível porque conheço suas arte-manhas para me torturar, só pelo prazer de me ver queimar de ciumes. Então, eu, como sempre, sou a errada e você, o santo, o certo. Deixe-me pagar pela besteira que fiz em silêncio, porque se for para falar irei praguejar até o fim dos meus dias. Mas, que fique bem claro, odeio você. Odeio, odeio, odeio até o dia que alguém consiga capturar minha atenção e minha mente fique, novamente, acorrentada.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

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Irônia ou não, impressiono-me com o fato de agora, quando eu realmente não me importo nenhum pouco, você passe a se importar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Creio;

Eu queria que você pasasse semanas sem conseguir dormir, virando e revirando sobre a sua, já dessarumada, cama - pensando em nós, sonhando acordado comigo, sem achar um meio para adormecer - e de manhã, quando seus olhos me vissem, sua insegurança te afogaria, prendendo todas as palavras, embaralhando suas falas.Você, totalmente imerso em mim, enlouqueceria quando pensasse na possibilidade de não poder me ter, chegando a doer fisicamente. E como eu queria que o seu "eu gosto de você" fosse além, alçando o "morro sem você" para que toda sua atenção se voltasse para minha direção, como se cada palavra minha fosse primordial e essencial. De tão engolfado nessa situação, suas mãos, olhos e boca estariam ao meu dispor, sempre prontos para mim porque cada milimetro do seu corpo me pertenceria. Posso até dizer que queria você doente toda vez que qualquer outro garoto se aproximasse, mesmo sem segundas intenções. Imagino que cada sorrisso seu seria  provocado por mim, até mesmo as faíscas de vida em você queimariam em minha homenagem. Se eu não estivesse não teria graça, se eu não fosse você também não iria, se eu não gostasse você detestaria, se amasse você imitaria. Querido, eu queria que você abrisse mão de sair com seus melhores amigos para ficar em frente ao computador me esperando, seu mundo em minhas mãos, ao meu redor porque eu seria sua obsessão, seu Valium.

[foto by: xTwistofFatex]

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

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A vingança: um prato delicioso - pelo menos por alguns minutos.

Creio;

Lembre-me de, da próxima vez que você vinher falar comigo, eu me fazer de doida. Então, toda vez que você começar com aquele papinho mole, eu posso me fazer de surda e dançar a La Bamba mentalmente - para bailar la bamba. O que acha? Sou até uma boa dançaria - provavelmente até melhor que você e seu humor negro. Então faz assim: agora eu vou te dar respostas monossilabicas, enquanto você começa uma descrição minimalista do seu dia - penso que, talvez, um pouco do seu próprio veneno te faça bem. Beijosmeliga ;*

[foto by: dorguska]

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Por que raios eu vou escrever sobre isso? Sério, por quê? Mas toda a droga do problema é que, quem não queima por completo e se afoga no próprio fogo, não me interessa, não me influência em nada. Então não me venha com verdades pela metade ou mentiras mal elaboradas, certo?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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Não me venha com aquela mesma conversa de que eu deveria ter prestado atenção justamente naquela hora, aquela em que tudo estava dando errado para mim. Cansei de desculpas e joguinhos sobre o quanto eu estou errada, o quanto eu sou grossa e o quanto você sofreu - poupe-me um pouco disso. Não, não estou exagerando, e você sabe muito bem disso, apenas me importo com o que você não dá a minima e isso não é ser imatura, mas diferente. Então, porfavor, não me peça para te poupar da minha cota diaria de sarcasmo, porque dessa ver não dá.

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Juro por Deus, se você demorar mais um pouco, eu mesma vou enterrar essa porcaria de castelo que a tua banda tanto quer enterrar nessa droga de música.

Creio;

E aquela música ridícula sobre como enterrar o castelo só me remete a você e sua mania estúpida de gostar tanto dessa banda.

Creio;

Se você, mais uma vez , me perguntar porque foi que eu, na noite anterior, não dormi direito serei obrigada a te falar a verdade: foi porque não consegui te encontrar nos meus meus sonhos noturnos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fogo e Pólvora;

Éramos como fogo e pólvora: a medida que nos tínhamos nos consumíamos, queimando um ao outro, até que nada mais restasse. E ali nos encontrávamos, nos entendíamos, pois, naquele momento de paroxismo, éramos “nós”, um duo em si, ser único, deixando para trás dois seres distintos e longes de si. Você e eu, entre fogo e cinzas como Julieta e Romeu.

[foto by: todd587]

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Melodia;



I wanna watch you sleeping peaceful, resting your heart and your soul. We should never awake without the other lying by our side.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Brontë;


Os assassinados costumam assombrar a vida dos seus assassinos, e eu tenho a certeza de que os espíritos andam pela terra. Toma a forma que quiseres, mas vem para junto de mim e enlouquece-me! Não me deixes só, neste abismo onde não te encontro! Oh! Meu Deus! É indescritível a dor que sinto!
Como posso eu viver sem a minha vida?! Como posso eu viver sem a minha alma?!