sábado, 6 de dezembro de 2008

Desabafo II;

Passaram tanto tempo dizendo que eu era determinada coisa que agora passei acreditei ser essa determinada coisa. Depois de tanto tempo escutando que você é um nada você pode acabar acreditando que sua existência é nula. Por algum motivo desejo, amanhã, provar que não sou um nada ou pelo menos que o nada também existe.
Estou andando em um caminho conturbado e imprevisível, talvez eu caia, talvez eu fique de pé, talvez eu corra, talvez eu permaneça tudo depende da sorte e a sorte depende de Deus. Engraçado como eu, a algum tempo, havia me esquecido de Deus, mas ele venho me mostrando que não havia se esquecido de mim. Por algum motivo Deus não consegue me esquecer e parece lutar pelo meu sucesso.
Preciso manter minha fé porque se eu não acreditar em mim mesma ninguém o fará, preciso procurar uma maneira de deixar minha mente sã e eqüilibrada antes que eu perca totalmente meu rumo e faça da minha única oportunidade apenas uma prova de minha incapacidade.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Desabafo;

Já estou de saco cheio de algumas coisas, por isso preciso desabafar para o nada, pois "ele" é o único que irá escutar tudo e não me julgará por nada. Não que eu me importe com julgamentos, mas eles ferem de vez enquando.
Ando sem paciência - talvez fruto da acontecimentos recentes - e querendo desesperadamente aniquilar todos que insistem em se mostrar superiores a mim. Sim, isso é um fato e fatos como esses me irritam. Queria fazer tanta coisa, mas o tempo e a coragem não deixam. É difícil ser algo que as pessoas não compreendem ou interpretam de outra forma, é duro ser o que se é quando desejam que você seja algo diferente, mas no fim eu sou o que sou! Não posso mudar e NÃO vou mudar! Ninguém nunca mudou por mim então porque eu devo mudar para o mundo se o mundo sempre foi inexorável comigo?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

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Por que você não sai da minha mente? É tão dificil para você viver fora dos meus pensamentos? Você não consegue viver sem assombrar minhas noites? Queria saber porquê é tão dificil deixar para trás, porquê é tão complicado lidar com o "adeus". Eu sabia que um dia você iria embora, mas agora você nunca mais irá passar pela minha porta eu sinto como se nada mais estivesse bem.
Você me trouxe a paz, você me trouxe o sorrisso, então por que precisa partir? Por que precisa deixar minha vida do jeito que está? Ela nunca mais irá ser a mesma. Estou limpando e recolhendo os estilhaços de planos, de sonhos, de suspiros enquanto você está sorrindo ao lado de outras pessoas.
Quero apenas que meu coração liberte você do meu amor para que eu consiga finalmente dormir, para que eu me permita sonhar sem lhe incluir em meus sonhos.
Liberta minha mente de você...

sábado, 27 de setembro de 2008

Farewell;


Era o fim? Sim, era. Não era o fim de tudo, mas era o fim da metade, não era o fim do mundo, mas era o fim dos meus planos. Aquela velha poesia dos amores, dos sonhos, dos desejos se esfarelou e virou apenas um soneto da separação. O riso se fez pranto, das gargalhadas se fez o vazio do adeus. A minha voz, tremula pelo medo, balbuciou palavras, na ordem errada, insensatas esperando qualquer coisa que não fosse um simples silêncio. O teu silêncio foi como um grito para os meus ouvidos e espirito, era o silêncio da dor. Do silêncio se fez tuas lágrimas, teus lábios sendo mordidos e teu braço tremendo, era isso o que eu mais temia. Como quem dispõem um quebra-cabeça no chão e tenta encaixar as peças erradas, teus lábios pronunciaram as palavras sem sentido. Você me disse que era egoismo e talvez fosse só egoismo e medo, mas não era um egoismo para mim nem por mim e sim um egoismo para ti e por ti. Eu prefiro qualquer coisa nesse mundo, menos te ver na solidão esperando por uma incerteza tão variavel. Tenho mesmo essa mania de procurar sempre o teu bem até mesmo quando você não o quer. Seja como Deus quiser, ele sabe o que faz, mas se um dia você conseguir tenta se lembra do felicidade que você me causava. Esquece do adeus e se lembra dos sorrisos, se lembra das piadas, das brincadeiras, dos telefonemas, das cartas, das palavras, das horas, da chuva, das músicas. Você sempre estará lá, sempre estará aqui, sempre será você em minha mente quando a felicidade for citada.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Remate;


Eu fechei meus olhos esperando que tudo isso passasse rapidamente por mim, pelo menos rápido o bastante para eu não sentir nada. Queria que o tempo voasse, escorregasse pelas minhas mãos até o nada. Sussurrei um nome o desejando aqui para segurar minha mão e dizer que finalmente o tempo iria dar uma trégua. Minha mandíbula tremia enquanto forçava meus músculos a prender meu grito de desespero. Minhas pernas estremeciam até o chão tentando correr para longe de tudo e todos. De joelhos entre as paredes de minha prisão tentando rezar uma oração improvisada, mas já nem sabia o que estava falando para Deus. Ciciei palavras sem sentido acreditando que alguém pudesse me escutar. Era tarde demais para esquecer e cedo demais para superar.
Quero um tempo só para mim, quero um tempo longe da minha existência para saber como é viver sem existir.
Certas palavras insistem em permanecer na mente, rodeando a sanidade, secando a única certeza existente. Aquelas palavras atravessaram minha alma e a mortificaram. Tudo o que eu era não é mais, passado, pó, cinzas. Tudo o que eu acreditava dissipou-se em frases não pensadas.
Recolho calmamente o que sobrou de mim para tentar continuar a minha existência. Milhões de estilhaços espalhados pelo chão da vergonha. Transformei-me em um quebra-cabeça impossível de ser montar. Mesmo que, por algum milagre, conseguisse juntar algumas peças nunca mais seria o mesmo. Esse é o fim do que eu era e o começo do que vou ser.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Alguém sabe como é?;

Quem sabe o que é amar com tudo que pode e não ter para si?
Quem pode entender o que sinto ao ver quem se quer tão longe assim?
Você pode compreender como é não te ter para mim?
Alguém sabe como é amar e ver partir?
Tu sabe o quando doí ter que viver a fingir?
Algum dia tu vai entender porque vivo em desavim?
Creio que só quem sabe o que é dar tudo de si
E mesmo assim não conseguir
Vai entender porque é tão difícil não te ter para mim.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cansada;

Cansada de escutar suas mentiras, cansada de tentar achar um sentido nas suas desculpas. Não vou mais tentar porque eu sei que não vou conseguir superar nem conviver com isso. Cansei de você! Cansei de tentar porque só eu estou tentando.
Eu estou pedindo um SOS porque não aguento mais ver o meu coração em dois e nunca conseguir emenda-lo.
Estou exausta de perdir desculpas pela falta de comunicação, estou sem folego para continuar a ligar e perguntar porque você sumiu. É, eu sempre fui um passatempo para você durante todo o tempo. Você disse "eu te amo" e você sabe que eu acreditei! Eu dei tudo de mim porque eu acreditei quando você disse "para sempre" porque eu pensava que "para sempre" iria durar até o fim dos meus dias.
Tive o suficiente por uma vida toda e agora está na hora de te dizer o quanto você conseguiu me controlar e manipular. Então, é aqui que nós vamos parar não é? É aqui que você quer ficar? Porque depois de tudo que eu fiz eu jurava que iriamos continuar, mas seu egoísmo e incertezas nunca vão te deixar em lugar algum.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

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Um mundo de pessoas moram em mim
Eles gritam meu nome em um alar
Cantando músicas de desavim

São seres demoníacos, bacantes
Gritam selvagerias
Uma multidão de seres errantes
Urram mil e uma heresias

Demonios
lascivos e nojentos
Caminham pela minha mente
Porque esses seres tão barrulhentos
Conseguem tudo tão facilmente?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ciclo;

Às vezes me sinto em um ciclo imutável. Um ciclo enjoativo e infinito no qual eu nunca poderei me ver livre. Ele age como uma prisão interna intransponível, sem chaves ou saída; reage como um inferno paralelo onde eu sou o Diabo e Deus.
Preciso de um tempo só, longe da minha cidade, do meu bairro, do meu planeta. É preciso sumir de vez enquando só para conseguir pensar melhor, mas há tantas coisas que me deixam presa a um momento, um pensamento e sonhos que não me pertencem ou que são impossíveis.
Passei uma vida atrás de coisas que não me pertenciam, lutei em batalhas que não me engrandeceriam, matei por deuses inexistentes para mim, reverenciei reis e majestades vazios. Desperdicei horas em coisas vãs.
Só me resta sentar no chão e olhar todas as oportunidades que deixei passar, observar todo o esforço em vão e mentir para mim dizendo que valeu a pena sonhar sonhos que não eram meus.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

De novo;

"Não só foi dessa vez. Prometo não fazer mais." quantas vezes não escutei essa frase de você? Era para ser só daquela vez, nada iria se repetir, mas tudo se repetiu de novo e de novo e mais uma vez...Perdi as contas de quantas vezes precisei te pedir para não me iludir, para não mentir, para não esconder, para não fingir.
"Prometo que dessa vez vai ser diferente." era o que você sempre me dizia e repetia, então eu acreditava, afinal porque não acreditar? O há demais em dar uma segunda chance? Mas eu deveria saber que aquela não era a segunda chance e sim uma quarta chance.
"Desculpa, não fiz por querer." e eu dava um sorriso forçado enquanto chorava. Você é humano, pode errar, tem o direito de errar. Fez sem perceber, sem entender que poderia estar me machucando, mas eu sou tão humana quanto você e tenho o direito de procurar o que me traz vida e não o que me rouba forças.
Só vai embora...Liberte-me de você.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

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Você sempre está certo e eu estou sempre errada.
Não importa: você está sempre com a razão.
Sempre é você, nunca eu, jamais eu.
Mas se não me quer então me deixar ir embora.
Enterre em mim a chave dessas algemas e me liberte.
Você é tão orgulhoso quanto eu, então não há chances.
Nunca serei o suficiente, nunca estarei perto o bastante.
Nunca será desse jeito, nunca conseguirá ser.
Diz que me ama, mas ainda não ama o bastante.
Você precisa entender o "eu" para eu poder entender o "você".
A porta está trancada agora.
Mas ela abrirá se você for verdadeiro.
E no final se isso doer muito então vamos sair daqui.
Vamos seguir nossos caminhos como antes faziamos.
Não é tão difícil assim se você tentar não olhar para trás.
Agora que estamos aqui encurralados e mudos.
Podemos perceber porque nunca poderia ser eu e você.
Vamos virar a página, colocar uma pedra em cima.
O passado pode ficar para trás assim como você.
Pode não ser tão doloroso assim se eu fechar meus olhos.
Não importa mais o que você disse ou pensa.
Nada irá ser como antes.
Porque você é tão imperdoável quanto eu.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Gone;

Você passou pela porta e nem ao menos olhou para trás, disse aquelas mesma palavras de sempre, mas elas soaram tão diferentes naquele momento. Chamei-te, mas você não parou. Eu não sabia ainda, mas aquele era o fim.
Há algo que eu possa fazer pra te fazer mudar de idéia além de ficar horas me perguntando o porquê? Agora todos os dias vão ser assim. É, eu acho que essa vai ser a minha vida sem você.
Tenho todos os lugares do mundo para ir, a oportunidade de conhecer todas as pessoas, mas nada disso vale de alguma se quem eu mais quero está tão perto de mim e mesmo assim tão distante.
Você poderia ligar, pelo menos fingir, dizer "Eu te amo" até por brincadeira só para me deixar um pouco mais feliz.
Queria saber quais palavras te dizer quando você aparecer para pegar suas coisas. Deveria te encarar e te perguntar se vai ser assim mesmo? Mas eu irei cair de joelhos aos seus pés, porque só agora eu percebo: eu não existo quando você não está por perto.
Minha mente nunca vai conseguir apagar você das minhas memórias.
Suas fotos parecem me assombrar, me rodeiam...O que eu vou fazer se agora eu nunca mais irei poder te tocar e te chamar de "minha"?

terça-feira, 22 de abril de 2008

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Indecifrável.
Bicho de oito cabeças invariável.
Inexpressível!
Uma incógnita interpessoal,
Animal das trevas repugnante,
Inexorável.
Do inferno para a terra.
Solta veneno pelos olhos!
Beleza que enfeitiça, distrai, vicia - e como vicia!- a todos.
Um dia finge que é caça outro dia é caçador.
Demônio sedutor,
Incompreensível, incomprieendido.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

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Você não me deixa partir, mas também não me quer aqui.
Diz que me quer, mas dá as costas sussurrando que tanto faz.
Grita por mim, mas me ignora no último momento.
~~
Lá vamos nós de novo na mesma linha de sempre com os mesmos sentimentos de sempre. Você com seus doces nadas para me dizer e eu com meu barrulhento silêncio para confirmar nossa situação.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

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Quem sou? Onde começo e onde termino?
Onde estão "eles" e onde está o "eu"?
Sou apenas um pseudónimo deles ou eles são pseudónimos de mim?
Serão eles os ortónimos e eu o heterônimo?
Antíteses paradoxais e enjoativas voam pela minha cabeça.
Deveria eu ser o heterônimo?
Será que eles são apenas pseudónimos de mim?

Não sei até que ponto sou eu e até que ponto sou eles.
Até que ponto minhas idéias são meus sentimentos e até que pontos minhas idéias são um reflexo dos sentimentos deles.
O que sinto é verdadeiramente o que eu, como eu, sinto?
Minhas vontades são verdadeiras?
Sou um espelho ou só um reflexo?

Perdi-me em pessoas que criei e inventei para ter certeza que poderia ser completa.
Elas me fizeram perder o caminho, mas como seres fictícios podem me afetar?
Eu os criei, eles não existem!
Mas o meu "eu" não sabe mais ser ele, só sabe ser eles.
Não sei distinguir quem é quem.
Sou um ortónimo de um heterônimo com heterônimos de mim que fingem ser pseudónimos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tempo²;


Não sei mais quantos dias se passaram, quantas noites passei a claro pensando em você. Como fomos parar aqui? Quando tudo começou? Eu deveria ter te parado antes que fosse tarde demais, mas você é tão impassível quanto eu. O tempo se arrasta, segundos demoram mais que dias, semanas...Como conseguimos ser tão impiedosos?
Estou preso as correntes do ensejo, você nunca vai mudar, eu nunca irei mudar, nunca mais será o mesmo. Retornaremos a esse ciclo assassino.
~~
Não posso esperar nem mais um dia. Eu preciso de você, preciso dos seus toques, seus lábios, sua respiração, suas mãos, preciso de você aqui pra me guiar, porque quando você me guia tudo fica mais fácil.
Eu quero pegar o próximo avião e ir pra perto de você, quero me jogar aos seus pés e te dizer que não consigo mais passar um dia sem você. Preciso manter minha mente longe disso antes que eu saia daqui correndo.
Só queria você perto de mim, porque eu sei que você ficaria para sempre. Eu e você durante todos os dias.
Já cortei todos os dias do calendário, será que esse mês vai passar? Não aguento mais contar os dias! Preciso de você...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

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Sempre matamos aquilo que mais gostamos, mesmo sem perceber cravamos uma espada em seu peito e o deixamos morrer. Se não o matássemos não seriamos humanos.
É preciso, porém, liberta-lo para não mata-lo; é preciso deixa-lo ir mesmo que aos poucos, soltar a mão nem que seja por um segundo, desviar o olhar duramente e se soltar no vento sozinho.
Mas libertar é impossível, como deixar ir embora aquilo que trás a vida? Se o deixamos ir morremos por dentro, mas se mantê-lo aquilo o mataremos. O que vale mais: a sua felicidade ou a felicidade do outro como um cadáver?
Quanto a mim sou um sangue-suga, aprisono aquilo que mais amo, não pela paixão, mas por mim mesmo. Se peco, se sou imoral ou egoísta não me importo.
Amar é libertar, apaixonar-se é aprisionar, mas quanto vale a liberdade do seu amor? A sua felicidade.

sábado, 29 de março de 2008

Garotos não choram;


Ela me perguntou se estava tudo bem e eu disse com um sorriso no rosto que eu estava perfeitamente bem, ela me abraçou e perguntou se eu já havia esquecido tudo aquilo que aconteceu e eu respondi rindo que tudo era passado, ela me olhou e disse que eu havia perdido o brilho no olhar e eu rir, porque só com um sorriso eu posso esconder todas as lágrimas dos meus olhos, só rindo eu posso enganar as lágrimas.
Eu pediria por perdão, eu diria que estava errado, eu gritaria que sou um idiota, eu imploraria de joelhos, eu iria fazer tudo que ela pedisse e iria aceitar todas as condições que ela pudesse impor, mas acho que agora ela não irá escutar meu perdão, não irá me escutar dizendo que estava errado ou até mesmo meu grito, ela não irá se importar se eu ficar de joelhos, não irá me pedir nada e nem irá impor nada.
Ela me diz que garotos são frios, não sentem nada, não se importam e não choram, mas ela não sabe que todo meu mundo está desabando em lágrimas porque eu não a tenho mais, então eu vou rir para conseguir fingir que já a esqueci, eu vou rir para conseguir superar isso, afinal garotos não podem chorar.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Não preciso de você;


Eu não preciso de você. Pode sumir, não quer ir embora? Então vai.
Não preciso de você me dizendo que o dia foi uma droga, porque eu sei que o dia para você é sempre uma droga, não preciso das suas músicas irritantes sempre gritantes, porque elas não me acrescentam nada, não preciso dos seus poemas copiados de sites estúpidos, não preciso do seu mau humor tão pessimista.
Vou te devolver as flores, afinal, elas já morreram mesmo, vou te devolver as cartas, elas já estão rasgadas, vou te devolver as fotos, elas já estão riscadas.
Vai embora, pega o proximo taxi e some da minha vida. Vai pra casa resolver seus problemas.
Não quer ir? Então vai. Aproveita e não volta.

quinta-feira, 20 de março de 2008

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São carnes pálidas e tremulas
Mulher, com ações obscenas
Ela se movimentava nessa cama nojenta

Na cama, de prazer, ela gemia
E entre beijos e mordidas eu dizia
"Você é só minha!"

Bocas, línguas, mãos
Os lábios que dizem "Não!"
Coxas que não concordavam com esse negação

O suor em gotas se via
Desesperadamente pela barriga escorria
Ali, para mim, ela era uma vadia

O seios tão salivados
De mim, dedos no corpo suado
Dela, fios de cabelos desgrenhados

Marília, talvez Vênus ou Lilith
Arranha o lençol como se fosse um convite
Maliciente, santa e doente!

terça-feira, 18 de março de 2008

Coleira;


Eu entendo a sua opinião. Claro que sei o quanto é difícil amar uma garota totalmente independente que te deixa submisso.
Tudo que você fez, só para se sentir menos dependente de mim, tudo que você disse, só para me deixar mais submissa, tudo que você escondeu, só para me mostrar que não precisava de mim só te fizeram voltar e se jogar aos meus pés. Será que você não consegue perceber que você é meu? Não há nada que você possa fazer que irá mudar essa situação. Você precisa mais de mim do que eu preciso de ti.
Você tenta se enganar, tenta dizer aos seus amigos que sabe como lidar comigo, conseguiu colocar uma coleira em mim, mas será que isso é mesmo verdade? Acho que quem está puxando a coleira não é você e sim eu.

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Nunca vai ser você entrando pela porta não é?
Você nunca vai estar na próxima rua
Nem na próxima, nem na próxima não é mesmo?
Eu vou olhar em vão, vou correr em vão!
Não vai fazer diferença se olho, se finjo, se espero...
Você nunca estará aqui
Sempre será você ai, vivendo sua vida
E eu aqui, iludindo a minha
Afogando meu ser em momentos irreais e efêmeros.
Talvez a solidão seja só mais uma desculpa para o vazio.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Morra;


Morra! É, isso mesmo! Morra! Você e suas amigas! Morra! Você e seus dramas, você e seus jogos, você e seu ciúmes, você e seu orgulho, você e sua vaidade, você sendo você, você sendo você mesmo, você mil vezes! Mil vezes você! Mil vezes a morte!
Você controla, você manipula, você distorce, você me enche com dúvidas - porque dúvidas afinal? - e ainda vem até mim - quanta ousadia! - me falar que está completamente certo e eu estou completamente errado - imagina?! -
Sua falta de capacidade mental e de decisão me deixa em estado de enjôo quase vomitando palavras, palavrões, pragas! Afinal, porque eu ainda estou com você?

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Você vem - como um anjo - e me compara. Você não sabe o quanto doí não ser tão perfeito. Eu sei que tento, mas talvez eu nunca vá conseguir ser o bastante para ti.
E eu lhe digo "Não sou perfeito." e você me diz que não procura perfeição, digo-lhe que tenho defeitos e você diz "Tudo bem, então.".
Como um demônio, você me joga um feitiço, esqueço quem sou, para onde vou, porque sei...E como um enfeitiçado eu me jogo aos seus pés!
Meu atual estado é lastimável, ando, desabo, não olho, não percebo. Sinto que cada parte de mim tenta em vão.
O que queres de mim? O infinito? O mundo? As almas? O Céu? O Inferno?
E infelizmente - consequentemente - meu estado agora é irreversível e sinto agora o preço que irei pagar por amar uma Deusa, mas qual será o preço que pagarás por tentar um Humano?

domingo, 16 de março de 2008

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Era volúpia, era carnal.
Gemia, gritava, uivava.
Era menina, era mulher, era amante.
Dançava na cama como uma bacante.

Olhos que antes tremiam de inocência
Agora brilhavam em luxúria
Salivas, bocas, pele, mãos
Ela era Afrodite, amazona, Vênus.
Eu era Zeus, guerreiro, Saturno.

Ela se movia, se movia lentamente.
Movimentos tímidos deram lugar a movimentos ousados.
Seu cheiro, sua voz, seu gemido.

Ela era dona do mundo, dona da minha razão.
Tinha-me em suas mãos.
Como um bebê, eu entregava-me a ela
Sua língua, um fetiche, uma palavra sem sentido.
Eu a xingava e ela se contorcia.
Bela amante!

O lençol cobria, as mãos exibiam.
As coxas, a cintura, o quadril, os braços, os seios.
Quente, frio, ardente!

Ela dizia meu nome tremula, palpitante.
Seu nome em minha boca, em minha boca pulsando.
Dizia que me desejava.
Era santa, vadia, mulher, prostituta, virginal, saturnal.
Minha mulher, minha amante, minha menina, meu desejo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Um, dois, três, 17 anos de inferno;


Os dias passam, as pessoas passam, os momentos passam. Dias são acumulados, pessoas são amontoadas, momentos são juntados, mentiras são feitas, verdades não ditas ou ditas, colégios conhecidos, séries terminadas, amigos perdidos ou não, amores passageiros ou eternos, gostos modificados ou aprimorados, idéias diferentes ou constantes, cargos indiferentes ou exclusivos.
Mais um ano se passa tudo muda (ou não), as pessoas querem mudar, querem melhorar, os juros querem aumentar, os sonhos querem continuar, a força de vontade teima em ficar (ou não).
Nesse ano não fiz promessa, afinal, eu nunca as cumpro, mas não por não sentir uma necessidade de mudar e sim pela falta de coragem. A palavra "mudança" me deixa com uma "bela" sensação de vertigem pré-programa. Sim, eu tenho pavor de mudar, o que me deixa feliz é a rotina, contudo, esse ano isso mudará.
Uma rotina doentia e decadente me persegue a alguns anos, lê-se 17 anos, era o meu porto seguro, mas agora é minha praga!
Preciso mudar os lugares, encontrar novas pessoas, sair do ciclo pré-programado.
Vem comigo?