domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dane-se;

Quer saber? Dane-se as pessoas e suas complicações. Dane-se quem não sabe ser por inteiro. Dane-se quem se utiliza apenas das palavras, sem nunca agir, dando vida ao que diz. Dane-se as mentiras, principalmente as pela metade. Dane-se a distância que me incapacita de ver nitidamente a verdade. Dane-se o mistério no olhar alheio e o silêncio alheio - ODEIO o silêncio alheio. Dane-se os dias quentes demais e os frios demais. Dane-se os mimados e cegos, nunca vendo seus próprios defeitos. Dane-se a aurora solitária - todos deveriam ter uma companhia quando a aurora chega. Dane-se as palavras impensadas - não se pode soltar frases fortes sem antes pensar o que isso pode provocar. E dane-se esse post também, não vou corrigir nada nele!

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Você simplesmente virou e foi embora, sem proferir uma palavra sequer. Decidiu por mim o certo e o errado - sendo o caminho correto a seguir qualquer um que te guiasse para longe daqui, de nós. E então pegou o que costumavamos ser e partiu, "criando" duas criaturas distintas uma da outra, como se separando o todo do bolo. Não sendo o suficiente dar as costas, você, sempre arrogante, fechou a única brecha que existia, cortando nosso elo. Disse que não queria, que estava chovendo, que o tempo não cooperava, que os dias mudaram, que as tardes encurtaram. Desculpas jogadas na mesa, dúvidas retirar pelo avesso para distorcer os"eu te amo", tudo isso pelo seu orgulho e preconceito. Deveria saber, prever o nítido: nosso amor é perecível.

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Odeio você. Não apenas odeio sem motivo, porque isso seria hipocrisia da minha parte, mas, em todo meu amor-próprio e orgulho disfarçados de auto-preservação, criei um ponto, como um alvo certeiro, para meu ódio: o fato de não conseguir parar de pensar, nem um minuto, em você. Ok, posso me intitular de louca e masoquista - disso não posso discordar jamais - contudo, é inevitável entrar em qualquer lugar sem antes pensar onde você poderia estar. É automático, sinto essa necessidade de primeiro me importar com suas coisas antes de raciocionar sobre o que farei durante o dia. Acordo todas as manhãs com uma dúvida na cabeça: será que você dormiu bem? Eu poderia, como toda pessoa normal e social, simplesmente ir até você e perguntar como foi sua noite, com o que sonhou, mas eu tenho medo de ter a certeza de que não faço parte do seu mundo onírico, que seus sonhos estão girando em torno de uma outra pessoa, em outras pespectivas. Certeza porque já tenho minhas dúvidas - e digo dúvidas apenas por orgulho e receio de afirmar minhas certezas - de que você gira em torno de mil mundos diferentes do meu inabitavelmente estranho mundo de Anne.
Dai, depois de matar seu tédio lendo as futilidades que escrevo, você vai me perguntar, com a maior cara de inocência, se eu, por acaso, já escrevi algo sobre você e, então, eu me pergunto: será que eu deveria te contar que praticamente tudo o que escrevo atualmente tem haver com você, mesmo que apenas um traço? Porque, se eu confessar, você vai começar com a longa conversa de que passou e eu perdi. Ok, ok, entendi que eu e você é passado e eu estraguei tudo, mas escutar isso pela centesima vez ao dia é tedioso - apenas não supera suas indiretas sobre sua, possível, namorada. Digo possível porque conheço suas arte-manhas para me torturar, só pelo prazer de me ver queimar de ciumes. Então, eu, como sempre, sou a errada e você, o santo, o certo. Deixe-me pagar pela besteira que fiz em silêncio, porque se for para falar irei praguejar até o fim dos meus dias. Mas, que fique bem claro, odeio você. Odeio, odeio, odeio até o dia que alguém consiga capturar minha atenção e minha mente fique, novamente, acorrentada.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

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Irônia ou não, impressiono-me com o fato de agora, quando eu realmente não me importo nenhum pouco, você passe a se importar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Creio;

Eu queria que você pasasse semanas sem conseguir dormir, virando e revirando sobre a sua, já dessarumada, cama - pensando em nós, sonhando acordado comigo, sem achar um meio para adormecer - e de manhã, quando seus olhos me vissem, sua insegurança te afogaria, prendendo todas as palavras, embaralhando suas falas.Você, totalmente imerso em mim, enlouqueceria quando pensasse na possibilidade de não poder me ter, chegando a doer fisicamente. E como eu queria que o seu "eu gosto de você" fosse além, alçando o "morro sem você" para que toda sua atenção se voltasse para minha direção, como se cada palavra minha fosse primordial e essencial. De tão engolfado nessa situação, suas mãos, olhos e boca estariam ao meu dispor, sempre prontos para mim porque cada milimetro do seu corpo me pertenceria. Posso até dizer que queria você doente toda vez que qualquer outro garoto se aproximasse, mesmo sem segundas intenções. Imagino que cada sorrisso seu seria  provocado por mim, até mesmo as faíscas de vida em você queimariam em minha homenagem. Se eu não estivesse não teria graça, se eu não fosse você também não iria, se eu não gostasse você detestaria, se amasse você imitaria. Querido, eu queria que você abrisse mão de sair com seus melhores amigos para ficar em frente ao computador me esperando, seu mundo em minhas mãos, ao meu redor porque eu seria sua obsessão, seu Valium.

[foto by: xTwistofFatex]

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

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A vingança: um prato delicioso - pelo menos por alguns minutos.

Creio;

Lembre-me de, da próxima vez que você vinher falar comigo, eu me fazer de doida. Então, toda vez que você começar com aquele papinho mole, eu posso me fazer de surda e dançar a La Bamba mentalmente - para bailar la bamba. O que acha? Sou até uma boa dançaria - provavelmente até melhor que você e seu humor negro. Então faz assim: agora eu vou te dar respostas monossilabicas, enquanto você começa uma descrição minimalista do seu dia - penso que, talvez, um pouco do seu próprio veneno te faça bem. Beijosmeliga ;*

[foto by: dorguska]

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Por que raios eu vou escrever sobre isso? Sério, por quê? Mas toda a droga do problema é que, quem não queima por completo e se afoga no próprio fogo, não me interessa, não me influência em nada. Então não me venha com verdades pela metade ou mentiras mal elaboradas, certo?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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Não me venha com aquela mesma conversa de que eu deveria ter prestado atenção justamente naquela hora, aquela em que tudo estava dando errado para mim. Cansei de desculpas e joguinhos sobre o quanto eu estou errada, o quanto eu sou grossa e o quanto você sofreu - poupe-me um pouco disso. Não, não estou exagerando, e você sabe muito bem disso, apenas me importo com o que você não dá a minima e isso não é ser imatura, mas diferente. Então, porfavor, não me peça para te poupar da minha cota diaria de sarcasmo, porque dessa ver não dá.

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Juro por Deus, se você demorar mais um pouco, eu mesma vou enterrar essa porcaria de castelo que a tua banda tanto quer enterrar nessa droga de música.

Creio;

E aquela música ridícula sobre como enterrar o castelo só me remete a você e sua mania estúpida de gostar tanto dessa banda.

Creio;

Se você, mais uma vez , me perguntar porque foi que eu, na noite anterior, não dormi direito serei obrigada a te falar a verdade: foi porque não consegui te encontrar nos meus meus sonhos noturnos.