sexta-feira, 31 de julho de 2009

Meu conto-de-fadas;

Éramos eu e você, você e eu. Tudo perfeito no nosso mundinho colorido: você me amava e eu te amava. Ponto final certo? Então havia um “e viveram felizes para sempre” antes do ponto final. Você era o príncipe encantado que me tirava da torre com dragões e me levava para a terra do nunca - ou seja lá para onde os casais de contos-de-fadas vão no final da história. Nós andávamos pela nossa terra de maravilhas, com o meu fiel escudeiro me auxiliando, para reinar sobre os nossos súditos perfeitos dentro do nosso castelo de cristal e você, o amor da minha vida, sempre tão belo. Éramos, assim, felizes. Mas então houveram guerras: lutei contra uma bruxa que queria nos separar, contra um cavaleiro negro que queria me seduzir, contra plebeus infiéis que caluniavam contra você, contra uma rainha e um rei que nos invejavam, contra uma princesa que te odiava. Lutei e lutei enquanto você estava sempre ausente. Eu te pedia por ajuda, mas você estava sempre tão ocupado nos aposentos reais com sua com seus entretenimentos musicais, te chamava para guerrear ao meu lado, contudo sempre me dizia a mesma desculpa “estou cansado, com sono” para após adormecer sobre a cama, implorava por reforços na guerra enquanto você me dizia que seus pais não te deixavam gastar mais nenhuma moeda de ouro com novos cavaleiros ou novas armas. Nunca podia me ajudar e sempre ficava parado, criticando nossos inimigos, sem nunca agir. No final era apenas eu e eu já que na confusão das guerras e batalhas você nunca estava. Mas eu te amava e você dizia me amar então eu poderia enfrentar tudo aquilo por você. Poderia enfrentar as guerras com o que tinha e voltar ao nosso castelo sabendo que teria seus abraços, suas juras de amor, as frases românticas e o brilho no seu olhar, mas os abraços ficaram frios, as juras de amor foram se esfarelando, as frases românticas sumindo, o brilho no olhar apagando. Após percebi que, de princesa feliz, havia me transformado em um cavaleiro da corte por você – eu estava fazendo o seu trabalho e as suas obrigações. E cada vez mais entendia que estava longe do meu conto-de-fadas, pois aquela não era a minha terra de maravilhas, aquele não era o meu fiel escudeiro, aqueles não eram os meus súditos perfeitos, aquele não era o meu castelo de cristal e você não era o amor da minha vida. Aos poucos vi que a minha terra de maravilhas era na verdade a sua rua esburacada, que os meus súditos perfeitos eram seus amigos perdedores, que o meu castelo de cristal era sua casa calorenta e pequena, meu fiel escudeiro era o seu melhor amigo e o meu príncipe encantado era um garoto baixo, fedorento, viciado incubado e frustrado. Olhei ao meu redor: sua ex namorada maluca que tentava nos separar – é, a antes “bruxa” – estava mais para uma fada tentando me tirar de um pesadelo. Ah! E o cavaleiro negro – o meu ex namorado – era um príncipe de terras distante me vendo em plena confusão; e os plebeus infiéis, na verdade meus amigos, tentando me ajudar; e o rei e a rainha que nos invejavam meus pobres pais tentando me alertar; e a princesa que te odiava apenas minha irmã que nunca gostou de você. Assim, ergui minha espada com bravura e me uni aos meus antigos inimigos e atuais amigos para lutar contra o meu verdadeiro inimigo: você.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Melodia;

All you want from me are three little words, but you just get me laughing - a quiet sound. I know I'm with you now, but this all might end so save all the "I love you"s and let's not pretend. Cause you won't hear it now and you won't hear it then: I love you, no. Those three words that begin with three words always end. You can be a little full-on cause I know what you need - that really doesn't mean you'll get it from me.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Por que raios eu insisto em agir igual uma criança - como se estivesse tentando te achar em todos os lugares mais improvaveis? Será que eu não entendo que você não vai estar na esquina da minha casa esperando por mim? Será que estou tão deprimente iludida que não consigo entender que você não é os meus amigos e por isso não tem lógica alguma em continuar a conversar com eles como se eles fossem você. Eu cheguei a tal ponto que procuro o seu semblante nas sombras dos objetos da casa. Será que você pode colocar um fim em tudo isso e aparecer? Desde que você sumiu eu ando sem foco, sem noção do tempo e sem saber o que fazer com tanto tempo em minhas mãos. Se isso continuar...

terça-feira, 21 de julho de 2009

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Já parou para perceber como tudo é ela? Tudo o que você fala, pensa, sente, quer se resume apenas a ela e somente ela. Parece que eu não tenho vez no seu mundinho, nos seus pensamentos. Você diz que vai esquece-la, mas continua citando o nome referente a ela e, de tanto você falar da vida dela, minha mente ficou infestada com os detalhes do dia-a-dia dela! Eu não preciso saber do que ela mais gosta ou quantas vezes ela pode fazer tal coisa que te deixa impressionado. Sim, eu sei que ela é melhor do que eu em milhares de coisas, porém eu tenho uma vantagem: eu te amo e ela não. Então será que dá para você parar por um segundo de olhar na direção dela e olhar na minha direção?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Creio;

Faz o seguinte: desiste e volta atrás em tudo que você disse até agora porque vai ser mais fácil fingir que nenhum dos dois pensou ou quis isso do que enfrentar a verdade de que nunca haverá um "eu e você".

Devaneio;

Eu deveria, por saber como tudo acaba, perder a luta desistindo e dando as costas ou deveria continuar acreditando e apostando cartas em uma ilusão para no final suspirar e proferir aquela velha frase de clichê "eu sabia que ia acabar assim"? O que é pior: desistir de uma luta já perdida ou enfrentar as batalhas duras mesmo sabendo que irá perder a guerra? Eu realmente seria capaz de te puxar para dentro dessa útopia para afogar a nós dois em luxúria contida e impossível? Eu conseguiria ser masoquista o bastante para me ferir e sádica o suficiente para te ferir? Porque para mim nadar no mar não é o suficiente: eu sempre precisei ir fundo, ir além da superficie e me afogar; sempre precisei me afogar no mar de tormentos para convencer a mim mesma de que fui intensa, de que aproveitei cada gotícula de água salina, mas com toda essa ânsia de intensidade eu esqueço de me salvar na hora mais crítica. É tão fácil se deixar levar, porém tão complicado voltar atrás para conseguir respirar.
Mas se ao menos tudo se resumisse a mim eu poderia continuar a nadar até o fundo e saciar minha sede pelo intenso, contudo esse trajeto te inclui: se eu me afogar você também se afoga, mas quem vai ser o primeiro a parar e subir para pegar ar? Provavelmente você já que sua razão é mais estável que a minha, mas se no final eu te deixar sozinho nos redemoinhos?
Tenta entender: eu morro de sede em pleno mar, mas não deixo de degustar cada milimetro de água até me afogar, porém você será capaz de, mesmo morrendo de sede, tomar a água intragável?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nietzsche;

"Torne-se quem você é"

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Não evoque dragões sem antes saber como enxotá-los.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Creio;

Mas se você se permitir o bastante para conseguir se deixar levar sem pensar...Se você ao menos se permitisse poderiamos mudar tanto! Então será que você pode se permitir?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Melodia;

I want to hold you closeSkin pressed against me tight. Lie still, and close your eyes girl. So lovely, it feels so right. I want to hold you close. Soft breasts, beating heart. As I whisper in your ear: I want to fucking tear you apart.

Melodia;

She's in the bathroom, she pleasures herself.

Melodia;

She was a bad bad girl, so he told her so.
[...]
When he said you better lie down cuz the angels are watching. She closed her eyes and said quit the talking: you can hurt me do whatever youd like. So he said shut your mouth girl the angels are listening.

Melodia;

It's only just a crush, it'll go away; it's just like all the others it'll go away or maybe this is danger and you just don't know. You pray it all away but it continues to grow.

Melodia;

The lights, they glow sideways and up and down, the beat takes you over and spins you round. Our hearts steady-beating, the sweat turns to cold. We're slaves to the DJ and out of control .

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Creio;

Eu queria poder fazer as pessoas acreditarem na vida e ter forças para lutar por ela; queria fazer o mundo acreditar que sim, a vida vale a pena, cada instante dela mesmo os momentos de dor e perda valem a pena. Cada suspiro que você deu até hoje, cada lágrima que derramou, cada vez que o seu coração foi quebrado, cada decepção, cada mentira, cada dor: tudo valeu a pena.

domingo, 5 de julho de 2009

Melodia;

I close my eyes on the dance floor and forget about you; I lose myself in flashing colors. I've gotta see it through.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

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[...] E então o príncipe encantado nunca apareceu para salvar a princesa...
The End.

Vampires will never hurt you;

Sangue! Como não havia pensado nisso antes?! Toda sua insaciável sede, todo o seu incontrolável desejo – cruzando os limites até chegar a luxúria, toda a vontade incontestável se resumia a apenas o fluido rubro. Era tão intenso todo aquele desejo que ele podia sentir o cheiro das hemácias, as vibrações que elas provocavam ao se locomover lentamente pelas veias de seu vitima, o som de sua existência no corpo da mulher, o gosto único de cada uma, o cheiro enlouquecedor e incomparável. Tremeu subitamente ao olhar nos olhos dela – tão imaculada, inocente e frágil. Como conseguiria matá-la sem sentir culpa? Como conseguiria reunir forças para colocar para fora toda sua compaixão e remorso? Ela estava ali bem abaixo de seu corpo respirando descompassadamente – medo ou luxúria seria a causa dessa respiração tão errônea e ofegante? – sem que nada pudesse ser capaz te tira-la de lá. Ela tinha o que ele ansiava, tinha o fluido de que ele necessitava para sobreviver e conseguir calar o animal feroz dentro dele que gritava por aquilo, capaz de apagar todo o desejo em sua garganta. Mas não... Não podia! Não devia! Por mais saboroso e tentador que fosse ele não seria capaz de matar para obter o que mais desejava. Era errado, era frio e não era humano, mas... O que ele era agora? Se ele ansiava por aquilo então de alguma forma ele não era mais humano. Humanos não desejam sangue, humanos não sentem as hemácias no fluido rubi! Então o que ele era? Um monstro? Um monstro que necessitava de sangue! Um vampiro? Vampiros eram lendas, histórias criadas para assustar crianças a noite. Suspirou: a vontade estava ficando mais forte era quase impossível controlar. Precisava, a cada segundo, mais e mais do sangue dela. Necessitava a tal ponto que não se via capaz de imaginar sua existência sem o seu objeto de desejo – igual a homens ambiciosos ou possessivos ele não conseguia se projetar no futuro sem o que mais almejava. Era tarde demais para recusar, pois já a tinha ali imóvel: bastava um pequeno gesto para que todo o desejo gritante fosse silenciado. Mordeu lentamente seu pescoço enquanto a mulher gemia silenciosamente – estava incapaz de gritar? Estava tão hipnotizada e fascinada com a beleza dele que se encontrava em tal estado deplorável no qual ela não conseguia gritar para expressar sua dor? Sugava lentamente degustando cada milímetro do fluido – então, talvez, ele devesse sugar o bastante para saciá-lo e não matá-la, mas como?! Ele não se via em uma situação confortável onde pudesse parar. Não! Ele não podia parar! Cada parte que entrava em sua garganta, cada hemácia, cada milímetro entrando gritava por mais. Sua mente estava descontrolada, ela gritava “não pare!” e ele não parava. Sugava mais forte a cada instante, queria aquilo, iria até o fim para conseguir até a última gota, se afogaria em toda a extensão do sangue até que seu corpo transbordasse, até que sua sanidade quebrasse a tênue linha que a separava da loucura. Nem todo o sangue era o bastante! Ele tinha que ultrapassar o bastante, tinha que obter além do “todo”. Era fogo! Brasa! Queimava seus instintos e boca! Não queria parar, não conseguia parar! Sangue...Era tudo o que ele almejava.
***
Retirou a boca do pescoço da garota morta e suspirou ao encarar o cadáver “que tipo de monstro eu sou?”

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Without;

Mas como você espera que eu consiga viver assim, como se eu conseguisse respirar o ar ao redor de mim. Como você pode pensar que eu consigo aspirar algo além das lembranças suas, como você pode pensar que eu consigo continuar em frente quando tudo nesse mundo soa como um atalho até você. E quanto mais eu penso que vou conseguir te deixar partir, mais eu sinto você perto de mim; eu preciso sair daqui porque você ficou e eu parti.
Nada nesse mundo soa correto é totalmente incerto, irrelevante e incoerente – será que você pode vim para acertar as coisas para mim? Já é difícil o suficiente ter que passar todos esses anos sem um traço seu no meu caminho, mas eu ainda preciso ir mais fundo até que eu possa merecer o paraíso ao seu lado. Mas é que qualquer lugar existente – até mesmo esse inferno disfarçado de mundo – se tornaria o Céu com a sua presença.
Quanto mais tempo vai demorar? Todos os segundos são como uma eternidade. Apareça, nem que seja só para ver como eu estou, e torne tudo pelo menos suportável porque a vida no inferno não é tão aceitável quanto parece.