quarta-feira, 17 de março de 2010

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Acho que sou suicida. Sim, provavelmente devo ter alguma inclinação para o suicídio e pelo caos. Pelo caos constante, pois clamei pelo adormecido, o cão de vinte cabeças, cada uma representando um ano de minha vida. Pintei o cenário perfeito, preto e branco, para tornar minha visão monocromática e perder os detalhes rubros do meu próprio sangue. Brincar com o fogo não tem a mínima graça quando não me queimo por inteiro, quando essa cortina cinzenta de nicotina não me traga, como seu cigarro preferido. Posso te oferecer algo? Minha vida, minha alma, pelos seus pulmões - pela possibilidade de ter mais fôlego ao gritar. Entende: não estou perdido, só me agrada o cheiro do suicídio.