domingo, 28 de março de 2010

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Seu sumiço me custou uma folha de papel, um tempo contando pela quantidade de desenhos futeis que rabisquei, três músicas românticas em meu computador, uma sensação constante de solidão, várias pedras sobre minha janela - mera superstição análoga a Romeu e Julieta, uma dúzia de sonhos despedaçados, trinta e quatro visitas as suas fotos secretas e dezenas de textos que jamais seram lidos, nem por você nem por ninguém. Será que agora, se não for pedir muito, claro, você pode aparecer? Nem que seja para dizer "Oi, meu dia foi um saco. Xau"? Para mim, e minha carência estúpida, seria o suficiente. É que qualquer dia sem você fica nublado - entendeu a analógia boba aos seus cabelos? Provavelmente, se você ao menos soubesse que escrevo, e escrevo pensando em você, seu riso ficaria tão nítido que me irritaria. E eu te pediria "Para, sério, para", mas no fundo tudo o que eu adoraria escutar era seu riso prolongado. Faz um favor e aparece.