quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Caleidoscópio;


Minha vida está em uma eterna encruzilhada: a direita uma vida em caleidoscópio, a esquerda um cinzento inverno londrino. O colorido do tubo óptico me forneceria uma existência divertida, contudo variável, bastaria um movimento, tanto no sentido horário quanto no anti-horário, para que nada fosse mais o mesmo - inconstância sem fim. E o acinzentado unicolorido inverno londrino me proporcionaria a tranqüilidade requisitada pela minha razão, minha paz, minha constância, mas nunca poderia sentir o sol, abriria mão do calor do vermelho, do chuvoso marrom, da alegria do amarelo... Seria como um quadro em preto e branco, permaneceria, mesmo com o passar dos séculos, no dual sem vida.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fairy tales, ain't true;


- Eu amo você, eu amo você, eu amo você, de tal forma que me é impossível evitar qualquer pensamento relativo a sua vivência ao meu lado. Amo-a a tanto tempo, mas não havia me dado conta até esse momento; amo-a de tal forma que me desmonto ao vê-la direcionar-se para longe, dói-me ao pensar que não posso tê-la. Completamente despedaçado, estou aqui, praticamente de joelhos, implorando tolamente, que conceda apenas um pouco de seu tempo para escutar essas palavras absurdas. Estou enfeitiçado pelos seus olhos, preso dentro de seu doce olhar, sob o feitiço de sua voz, como um marinheiro encantado pelo canto da sereia, fascinado pela sua imagem a janela contando as estrelas, que nem ao menos se atrevem a aparecer em sua presença, envergonhadas e receosas de serem comparadas a sua imensurável beleza. Não tenho certeza de como devo agir, estou, a medida que me apaixono mais por você, intensamente perdido, e sei que não me resta nada, apenas isto: eu a amo com todas minhas forças. Minha vida não importa mais, porque ela se materializou em sua figura, sua existência. Minha querida, tens-me em suas mãos, ao redor de seus dedos, circundando em sua garganta como um escravo. Apenas uma palavra, uma, pode erguer o império imaginário que construi, sem seu consentimento – perdo-me por isso, mas não pude controlar meus sentimentos desenfreados e ansiosos por um grão de esperança – para nós, contudo, apenas uma palavra, também, pode fazer esse império, ao seu desejo, definhar em fragmentos até pó. Diga-me, então, você passaria o resto de seus dias ao meu lado, como seu amigo, amante e marido?
- Não (:

Carta;


Querido Romeu,




Venho esperado a tanto tempo por você que acabei me enchendo o saco de toda essa babozeira de contos de fadas e derivados. Se pretende aparecer, então apareça logo, se não, então vá ao inferno – tanto faz para mim. Então, só para você ficar sabendo, eu prefiro ficar com os sapos que encontrei pelo lago do que continuar esperando por você, afinal, se não posso ter qualidade, terei ao menos quantidade.



(Nunca) sua,

A desiludida Julieta.



P.S. Não me ligue.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

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"Eu sofri..." - eu disse a ele com os lábios trêmulos. Estava parcialmente mentindo: não estava sofrendo naquele momento, mas até aquele momento. Meu sofrimento se prolongou, se estendendo pelos anos da ausência, e provavelmente se estenderia até os anos futuros. Ele não o saberia, se o contasse estaria sendo sádica, somando mais uma parcela de dor a essa montanha de sofrimento e eu não poderia. Vê-lo sofrer era como se desmontar, algo vivo e vazio dentro de mim se manifestava, tomava conta do meu ser de uma forma que eu precisaria me encolher, retrair-me para dentro de mim para que os pedaços ficassem juntos formando uma única estrutura, meu corpo. De qualquer forma já não era eu, por assim dizer, era pedaços de um eu anteriormente inteiro, nada muito memorável, o resto de uma sobrevivência precária, como costumava pensar. Era como ver uma ferida curando, demoraria, no meu caso, quase uma eternidade para que eu pudesse sair da cama e voltasse a usar a parte danificada e, mesmo quando ela curasse, ostentaria uma grande cicatriz, como um souvenir me lembrando que o passado foi real. E pode apostar que foi real. Talvez mais real do que eu mesma, o passado costumava aparecer na minha janela, cantarolando o seu adeus afiado e projetando sombras na parede do quarto. Adeus afiado... Afiado adeus. Depois daquela despedida pude perceber o quanto posso me cortar nas bordas das palavras, e até das letras que as compõem. Com os olhos fechados senti cada palavra passar por mim, deixando sua marca e, no final, cada milímetro de meus átomos pareciam dilacerados o bastante para se desfazerem. Esse era o jeito dele de dizer "acabou": cortando-me por inteiro até que eu levantasse minha bandeira branca e corresse pelos campos de guerra pedindo por trégua - humilhantemente eficaz, pois eu nunca voltaria atrás dele. Não voltaria fisicamente, mas mentalmente, cutucando as lembranças com vara curta, incitando minha imaginação a fazer conexões com qualquer figura exterior e interior. Masoquismo voluntário, contudo inevitável, precisava alimentar minha fome por ele antes que enlouquecesse de vez. Somando a ausência, os cortes, minha fome e o masoquismo, tive como produto uma dor imensurável e, como se não bastasse, a presença dele evocou todos os fantasmas trancafiados em meu coração, as memórias proibidas. Como não tinha nada a perder, apenas cuspi as palavras em seu rosto, de qualquer forma estaria sofrendo. Com ou sem ele, o sofrimento era eminente demais para ser ignorado.
"...mas me recompus" - acrescentei rapidamente, tentando ser presunçosa ante a sua expressão de dor, ou talvez de pena. Poderia morrer ali na sua frente, mas seria em silêncio. Jamais iria gritar de agonia, não me permitiria. Sei que ele não se sentiria bem me vendo cair de joelhos bem ali na sua frente, seu altruísmo era imensurável, mas não só por ele, mas também por mim, pelo eu orgulho, precisava manter-me erguida. Toda a minha auto-preservação gritava em meus ouvidos "não caia de joelhos! Você não está sofrendo!". Respirando fundo, puxando um bocado de ar para dentro dos pulmões, provavelmente mais do que o necessário, esbocei o sorriso mais fingido. E seus lábios se contorceram em um meio sorriso, aquele estado de deboche estava começando a surgir em seu rosto. Naquele exato momento eu sabia: minha mentira não conseguiu convencê-lo. Era como se cada pedaço quebrado de mim estivesse dançando alguma dança mexicana, e ainda tinham a ousadia de cantar "para bailar la bamba se necesita una poco de gracia", em desfile exclusivo de carnaval. Da forma mais odiosa possível sua expressão de sarcasmo se intensificou: é que rir, para ele, era a única forma de demonstrar dor. Após aquilo estava bem claro que havia feito tudo errado. Ali iríamos nós de novo...

Creio;

I need you so much that, in your absence, I got to fight against the urgence to hurt myself. And that's the only truthful fact inside the haze fog of my thoughts, trying to deal with your gone. If this continues, if this time perpetuate, echoing all this emptiness in my home, in my room, in your empty house, so I will have to find a way to find you in this vacuum. Even if I have to pass through the lands of insanity, hurting my chest and tearing my heart in the edges of each word that forms your sharp goodbye, your illusory presence will be by my side, in the cover of my mind.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

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And then she said: "Vampires will never hurt you...that much"

domingo, 20 de dezembro de 2009

Creio;

Why you wanna die when you have it all? It's like...What more you could ask if you have all you want?

sábado, 19 de dezembro de 2009

Creio;

How, baby, how the “we” will be “you” and “me”?

Você precisa me explicar como o "nós" se partiu em um "eu" e "você"...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Come back to me;

...E no canto do quarto escuro, vinte por vinte, com as paredes revestidas do teto ao chão, eu estava pedindo "Volte. Volte para mim, baby". Porque estive aqui durante todo esse tempo, esperando pacientemente, envolvido pela osciliação sombria da luz, penetrando pelas frestas da tão desgastada e escurecida janela, e da escuridão, reinando sobre a sala e minha mente. Do que mais você precisa para me salvar de mim mesmo, querida? Porque por você visitei vários mundos, sem sair do lugar, ganhei mil guerras, todos em seu nome, mas sem nunca ter erguido uma espada, vasculhei os mais profundos mares, sem me retirar do pertubador lugar-algum de minha insanidade.
Posso ter um pouco da companhia de meus amigos, presentes, antes, apenas em minha mente e agora moradores permanentes desse quarto de ostracismo, mas, desde que você se foi, eles tem sido minha única companhia, meu entreterimento solitário. Então volte para mim, volte para mim, porque sua ausência me trouxe a esse lugar, me trouxe a lugar algum.
Se você nunca mais voltar, se você nunca mais voltar... O que será de mim? O que será de mim sem minha vida, minha alma, minha sanidade, sem você? Se ao menos ao menos pudesse escapar desse lugar moribundo, poderia usar um pouco da sua companhia para espantar a turba que me persegue. E eu imploro de joelhos, imploro com todos os meus cabelos e desvaneios: volte para mim, baby, volte para mim...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Melodia;


Stayed up late cuttin' school while lightin' cigarettes, like James Dean.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Meyer;


Ao invés de me esconder das memórias, eu andei em frente e as cumprimentei.

Dolores;


Pelo gesto sublime do verdadeiro amor,
Inspirado por quem afirmava que seu valor,
Não se comparava nem mesmo a um simples cisco.

Creio;

Apaixone-me por você. Há pesadelo infernal maior que este?

Melodia;


Girl, save his soul before you're too far gone, before nothing can be done. And I sat around - should I hold your hand? I've got no fight in me in this whole damn world. Tell you hold on, she said hold on. And I know, slip my coat off, and I'll know it's all wrong. She stands outside and holds me...

Love me;


Baby, I don't fucking care if you don't want me, 'cuz, anyhow I'm soo yours. And if I can have you, just like the way I want, no one will fucking get you. You'll be mine, you'll be mine for the rest of your life. That's how things will be, that's what I call mean to be. You mean to be with me, even if you run away. No matter how far you go, no matter how deep I get, this sick love we'll always share. And I love you, I love you, I love, anyhow. I love more than my sanity can support. That's why I'm soo disturbed and can't ignore all this feeling inside my sick and unhealth mind. You're my only paradise. be with me, be with me 'till we die in this never ending sky - our perfect sky, our fucking little and dark world. Look what I just create for us, baby. Don't close your eyes because I love you, I love you, I love you. I love all the things about you. Can't stand your absence because you're my perfect heroine. Love me, love me. That's your destiny now: love me, love me.

Creio;

Desculpe, mas eu preciso me perder dentro de alguém para me encontrar. Seria mais ou menos assim: necessito entender o outro para então tentar me decifrar. É que o meu inferno supremo apenas consegue sua paz no mundo alheio. Não tente racionalizar meus atos, seria tão fútil essa tentativa, mas tente compreender apenas isso: eu pertenço ao seu paraíso interior e, no momento em que eu conseguir ser você, tudo ficará claro para mim.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Melodia;


You have bound my heart with subtle chains. So much pleasure that it feels like pain. So entwined now that we can't shake free. I am you and you are me .No escaping from the mess we're in. So much pleasure that it must be sin. I must live with this reality. I am yours eternally. There's no turning back, we're in this trap. No denying the facts. No, no, no. No excuses to give. I'm the one you're with. We've no alternative. No, no, no. Dark obsession in the name of love. This addiction that we're both part of leads us deeper into mystery,  keeps us craving endlessly. Strange compulsions that I can't control. Pure possession of my heart and soul.

Creio;

Perdi meu caminho, entrei nas curvas erradas, embaracei o nítido. Tento me esconder em um véu de nicotina, mas acho que não tem como sumir.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Melodia;


I feel hypnotized, I feel paralized. I have found heaven. There's a thousand reasons why I should not spent my time with you. For every reason not to be here I can think of two to keep me hanging on. Feeling nothing's wrong inside your heaven. [...] Did I need to sell my soul for pleasure like this. Did I have to lose control to treasure your kiss. Did I need to place my heart in the palm of your hand before I could even start to understand.

Isabella Swan;


Completamente deslumbrada e inebriada por você, não consigo manter meus pensamentos coerentes dessa forma. Pede-me para não cruzar os limites, mas ainda não percebeu a impossibilidade existente para mim de vencer sua luta interior quando estou guerreando comigo mesma. Já passou pela sua cabeça que não posso ganhar sua luta perdida todo o tempo? Estou ainda tentando colher o que sobrou da minha coerência, para depois manter uma idéia concreta de como cheguei até aqui com você. Isso me atormenta, me perturba: odioso ser tão humanamente normal quando você é tão insuportavelmente além. Não tente atenuar tudo com a idéia de que estou exigindo demais de mim mesma, a verdade está sobre a mesa para que todos percebam a diferença tangível entre nós.
Seu gênio irritadiço me questiona porque me preocupo tanto com os detalhes e ignoro o ignorável, mas a resposta é que, mesmo não compreendendo completamente a parte animalesca de você, meu desejo é apenas formar um nós eterno. Poderia, mas certamente não conseguiria, correr para longe de tudo o que construímos inconscientemente, pois minha vida está girando em torno do seu nome, da sua existência nela. Entenda: afastar-me é cortante, como cair em mil pedaços espalhados pelo piso.
Se eu tentar ignorar, se eu tentar pensar em qualquer outra coisa que não seja seu halo perfeito, tudo gira vertiginosamente. Coloco os pés pelas mãos toda vez, trocando os nomes e os convertendo no seu. Não me faça tentar mais uma vez porque é como se você estivesse em todo lugar.
Basta você estar aqui, até mesmo de mal humor, para as palavras saírem da minha boca. Quando dou conta de mim estou tentando pegar o ar novamente, toda vez esqueço de respirar. Você tem algum tipo de mágica? Algo hipnótico o bastante para parar o tempo a nossa volta e criar uma bolha no nosso mundinho. No final não lembro mais o que falei, apenas entendo que o quero comigo, mesmo colocando minha vida em risco. Se não fosse você, então quem seria? Se não fosse você, então porque estaria aqui enfrentando a morte e a vida?

Edward Cullen;


E de alguma forma eu queria possuir você, ter sua pele em minhas mãos impetuosas, participar dos seus sonhos, pela simples sensação de estar nos limites do seu corpo. Mesmo deslumbrando, face a sua incapacidade de pensar descodificadamente, precisava me afastar da névoa rubra em torno dos meus pensamentos confusos por você. Um antagonismo, porém, me coíbe: sua presença me embaraça, sua ausência me perde - é difícil ser o que sou tanto perto quanto longe de você.
Não deveria, contudo, arriscar tanto, cruzar os limites que tracei cuidadosamente entre nós dois, apenas para chegar perto da sua face alva, tentando roubar um pouco de sua essência para mim. Mas não é o bastante, não chega nem perto do suficiente, te ter por perto, preciso ir além de sua presença física e conseguir seu cerne, seu intimo profundo. Um pouco de tudo de você, apenas um pouco, evocaria meu frenesi escondido, mas nada de você, nem mesmo uma faísca, alastraria uma doença pelo meu corpo lívido.
Estamos tão perto da morte, de sua morte, do meu fim. A cada passo que damos em direção ao outro, nos aproximamos do erro perfeito. Seria um desastre imensurávelmente imperdoável para meu orgulho, meu ser. E você, já tão teoricamente distante de mim, estaria totalmente intangível. Entretanto, questiono-me todos os dias: como negar o convidativo?
Já cometei vários pecados, alguns dos quais você teria medo. E de todos os erros e heresias em minha vida, a maior foi te desejar. Não me arrependo, porém, e no fim tanto faz, minha alma estará condenada ao inferno de qualquer forma. Se for para escolher, então escolho queimar-me por completo ao seu lado como seu prisioneiro e dono, como seu predador e presa.

Gedeão;


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém. Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível: com ele se entretém e se julga intangível. Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu, sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito, que o respirar de um só, mesmo que seja o meu, não pesa num total que tende para infinito.[...] e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida, o Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

Mourão-Ferreira;


Mais do que um sonho: comoção! Sinto-me tonto, enternecido, quando, de noite, as minhas mãos são o teu único vestido.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bukowski;


Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Creio;

Não consigo controlar meu impulso de correr de estrela em estrela até o fim da noite; sou tão infantil e problemática que apenas me vejo feliz com estrelas cadentes nas mãos, ao invés de fazer como todo mundo e planejar minha felicidade sobre a visão de um céu estrelado. É que para mim não é o bastante ver, eu preciso tocar, ter, auferir, alimentar-me e degustar os pontos brilhosos. Para que minha felicidade exista, o mundo teria que inventar uma nova dimensão onde eu conseguisse, de alguma forma, ultrapassar os sentimentos. Preciso de algo além da liberdade, além do tocar; quero sair de dentro de mim, alimentar-me de tudo que amo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Creio;

Estresse, stress, stress...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Creio;


Minha mente é uma floresta negra inabitável.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Melodia;

That's why my ex is still my ex: I never trust a word HE says :) [editado]