sexta-feira, 23 de abril de 2010

Arcano;

Combati. Ergui a espada em chamas hibridas de safira e argênteo. Em punho, sobre o fogo, lambendo minha tez, derrotei os dragões e redemoinhos do Fim apocalíptico, não porque me foi ordenando, mas por ser este meu dever. Chamei-os para a guerra, iríamos guerrear até o Fim dos Tempos, para que, após os sete selos serem quebrados, surgisse uma Nova Era. O minotauro, ostentando sua tríade de hexas, não hesitava, assim como o Anjo Caído, seu líder, seu guia, a parte essencial das ciladas e embustes. Rugidos animalescos anunciavam o começo do Fim. Respirei o ar celeste, unindo forças para dentro de meu ser, abrindo as asas e o peito para digladiar contra o Mal. Iríamos guerrear agora e sempre. Os olhos fechados, as bocas em espanto observaram o mar em dois “Salve-nos!”, gritavam em nome da sequência hepta. Ele impera sobre mim, sobre nós e, na bruma impenetrável, sobre o trono no dossel ao lado dos dignos, estendia o dedo com um belo sorriso “Salve-os, filho primogênito da milícia.”, acrescentando após, “Não porque deves, mas porque podes.”. E aqueles que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas eram nossos inimigos. Com o sinal do escudo clamei pela Salvação e penetramos no alarido e emaranhado de seres cabalisticos. A guerra, nossa guerra, o combate a ser vencido, estavam deitados sobre os campos do Além. Digladiradores de Cima, digo-lhes por ventura, ergam suas espadas e não temam, a nossa hora é agora.