quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Caleidoscópio;


Minha vida está em uma eterna encruzilhada: a direita uma vida em caleidoscópio, a esquerda um cinzento inverno londrino. O colorido do tubo óptico me forneceria uma existência divertida, contudo variável, bastaria um movimento, tanto no sentido horário quanto no anti-horário, para que nada fosse mais o mesmo - inconstância sem fim. E o acinzentado unicolorido inverno londrino me proporcionaria a tranqüilidade requisitada pela minha razão, minha paz, minha constância, mas nunca poderia sentir o sol, abriria mão do calor do vermelho, do chuvoso marrom, da alegria do amarelo... Seria como um quadro em preto e branco, permaneceria, mesmo com o passar dos séculos, no dual sem vida.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fairy tales, ain't true;


- Eu amo você, eu amo você, eu amo você, de tal forma que me é impossível evitar qualquer pensamento relativo a sua vivência ao meu lado. Amo-a a tanto tempo, mas não havia me dado conta até esse momento; amo-a de tal forma que me desmonto ao vê-la direcionar-se para longe, dói-me ao pensar que não posso tê-la. Completamente despedaçado, estou aqui, praticamente de joelhos, implorando tolamente, que conceda apenas um pouco de seu tempo para escutar essas palavras absurdas. Estou enfeitiçado pelos seus olhos, preso dentro de seu doce olhar, sob o feitiço de sua voz, como um marinheiro encantado pelo canto da sereia, fascinado pela sua imagem a janela contando as estrelas, que nem ao menos se atrevem a aparecer em sua presença, envergonhadas e receosas de serem comparadas a sua imensurável beleza. Não tenho certeza de como devo agir, estou, a medida que me apaixono mais por você, intensamente perdido, e sei que não me resta nada, apenas isto: eu a amo com todas minhas forças. Minha vida não importa mais, porque ela se materializou em sua figura, sua existência. Minha querida, tens-me em suas mãos, ao redor de seus dedos, circundando em sua garganta como um escravo. Apenas uma palavra, uma, pode erguer o império imaginário que construi, sem seu consentimento – perdo-me por isso, mas não pude controlar meus sentimentos desenfreados e ansiosos por um grão de esperança – para nós, contudo, apenas uma palavra, também, pode fazer esse império, ao seu desejo, definhar em fragmentos até pó. Diga-me, então, você passaria o resto de seus dias ao meu lado, como seu amigo, amante e marido?
- Não (:

Carta;


Querido Romeu,




Venho esperado a tanto tempo por você que acabei me enchendo o saco de toda essa babozeira de contos de fadas e derivados. Se pretende aparecer, então apareça logo, se não, então vá ao inferno – tanto faz para mim. Então, só para você ficar sabendo, eu prefiro ficar com os sapos que encontrei pelo lago do que continuar esperando por você, afinal, se não posso ter qualidade, terei ao menos quantidade.



(Nunca) sua,

A desiludida Julieta.



P.S. Não me ligue.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

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"Eu sofri..." - eu disse a ele com os lábios trêmulos. Estava parcialmente mentindo: não estava sofrendo naquele momento, mas até aquele momento. Meu sofrimento se prolongou, se estendendo pelos anos da ausência, e provavelmente se estenderia até os anos futuros. Ele não o saberia, se o contasse estaria sendo sádica, somando mais uma parcela de dor a essa montanha de sofrimento e eu não poderia. Vê-lo sofrer era como se desmontar, algo vivo e vazio dentro de mim se manifestava, tomava conta do meu ser de uma forma que eu precisaria me encolher, retrair-me para dentro de mim para que os pedaços ficassem juntos formando uma única estrutura, meu corpo. De qualquer forma já não era eu, por assim dizer, era pedaços de um eu anteriormente inteiro, nada muito memorável, o resto de uma sobrevivência precária, como costumava pensar. Era como ver uma ferida curando, demoraria, no meu caso, quase uma eternidade para que eu pudesse sair da cama e voltasse a usar a parte danificada e, mesmo quando ela curasse, ostentaria uma grande cicatriz, como um souvenir me lembrando que o passado foi real. E pode apostar que foi real. Talvez mais real do que eu mesma, o passado costumava aparecer na minha janela, cantarolando o seu adeus afiado e projetando sombras na parede do quarto. Adeus afiado... Afiado adeus. Depois daquela despedida pude perceber o quanto posso me cortar nas bordas das palavras, e até das letras que as compõem. Com os olhos fechados senti cada palavra passar por mim, deixando sua marca e, no final, cada milímetro de meus átomos pareciam dilacerados o bastante para se desfazerem. Esse era o jeito dele de dizer "acabou": cortando-me por inteiro até que eu levantasse minha bandeira branca e corresse pelos campos de guerra pedindo por trégua - humilhantemente eficaz, pois eu nunca voltaria atrás dele. Não voltaria fisicamente, mas mentalmente, cutucando as lembranças com vara curta, incitando minha imaginação a fazer conexões com qualquer figura exterior e interior. Masoquismo voluntário, contudo inevitável, precisava alimentar minha fome por ele antes que enlouquecesse de vez. Somando a ausência, os cortes, minha fome e o masoquismo, tive como produto uma dor imensurável e, como se não bastasse, a presença dele evocou todos os fantasmas trancafiados em meu coração, as memórias proibidas. Como não tinha nada a perder, apenas cuspi as palavras em seu rosto, de qualquer forma estaria sofrendo. Com ou sem ele, o sofrimento era eminente demais para ser ignorado.
"...mas me recompus" - acrescentei rapidamente, tentando ser presunçosa ante a sua expressão de dor, ou talvez de pena. Poderia morrer ali na sua frente, mas seria em silêncio. Jamais iria gritar de agonia, não me permitiria. Sei que ele não se sentiria bem me vendo cair de joelhos bem ali na sua frente, seu altruísmo era imensurável, mas não só por ele, mas também por mim, pelo eu orgulho, precisava manter-me erguida. Toda a minha auto-preservação gritava em meus ouvidos "não caia de joelhos! Você não está sofrendo!". Respirando fundo, puxando um bocado de ar para dentro dos pulmões, provavelmente mais do que o necessário, esbocei o sorriso mais fingido. E seus lábios se contorceram em um meio sorriso, aquele estado de deboche estava começando a surgir em seu rosto. Naquele exato momento eu sabia: minha mentira não conseguiu convencê-lo. Era como se cada pedaço quebrado de mim estivesse dançando alguma dança mexicana, e ainda tinham a ousadia de cantar "para bailar la bamba se necesita una poco de gracia", em desfile exclusivo de carnaval. Da forma mais odiosa possível sua expressão de sarcasmo se intensificou: é que rir, para ele, era a única forma de demonstrar dor. Após aquilo estava bem claro que havia feito tudo errado. Ali iríamos nós de novo...

Creio;

I need you so much that, in your absence, I got to fight against the urgence to hurt myself. And that's the only truthful fact inside the haze fog of my thoughts, trying to deal with your gone. If this continues, if this time perpetuate, echoing all this emptiness in my home, in my room, in your empty house, so I will have to find a way to find you in this vacuum. Even if I have to pass through the lands of insanity, hurting my chest and tearing my heart in the edges of each word that forms your sharp goodbye, your illusory presence will be by my side, in the cover of my mind.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

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And then she said: "Vampires will never hurt you...that much"

domingo, 20 de dezembro de 2009

Creio;

Why you wanna die when you have it all? It's like...What more you could ask if you have all you want?

sábado, 19 de dezembro de 2009

Creio;

How, baby, how the “we” will be “you” and “me”?

Você precisa me explicar como o "nós" se partiu em um "eu" e "você"...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Come back to me;

...E no canto do quarto escuro, vinte por vinte, com as paredes revestidas do teto ao chão, eu estava pedindo "Volte. Volte para mim, baby". Porque estive aqui durante todo esse tempo, esperando pacientemente, envolvido pela osciliação sombria da luz, penetrando pelas frestas da tão desgastada e escurecida janela, e da escuridão, reinando sobre a sala e minha mente. Do que mais você precisa para me salvar de mim mesmo, querida? Porque por você visitei vários mundos, sem sair do lugar, ganhei mil guerras, todos em seu nome, mas sem nunca ter erguido uma espada, vasculhei os mais profundos mares, sem me retirar do pertubador lugar-algum de minha insanidade.
Posso ter um pouco da companhia de meus amigos, presentes, antes, apenas em minha mente e agora moradores permanentes desse quarto de ostracismo, mas, desde que você se foi, eles tem sido minha única companhia, meu entreterimento solitário. Então volte para mim, volte para mim, porque sua ausência me trouxe a esse lugar, me trouxe a lugar algum.
Se você nunca mais voltar, se você nunca mais voltar... O que será de mim? O que será de mim sem minha vida, minha alma, minha sanidade, sem você? Se ao menos ao menos pudesse escapar desse lugar moribundo, poderia usar um pouco da sua companhia para espantar a turba que me persegue. E eu imploro de joelhos, imploro com todos os meus cabelos e desvaneios: volte para mim, baby, volte para mim...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Melodia;


Stayed up late cuttin' school while lightin' cigarettes, like James Dean.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Meyer;


Ao invés de me esconder das memórias, eu andei em frente e as cumprimentei.

Dolores;


Pelo gesto sublime do verdadeiro amor,
Inspirado por quem afirmava que seu valor,
Não se comparava nem mesmo a um simples cisco.

Creio;

Apaixone-me por você. Há pesadelo infernal maior que este?

Melodia;


Girl, save his soul before you're too far gone, before nothing can be done. And I sat around - should I hold your hand? I've got no fight in me in this whole damn world. Tell you hold on, she said hold on. And I know, slip my coat off, and I'll know it's all wrong. She stands outside and holds me...

Love me;


Baby, I don't fucking care if you don't want me, 'cuz, anyhow I'm soo yours. And if I can have you, just like the way I want, no one will fucking get you. You'll be mine, you'll be mine for the rest of your life. That's how things will be, that's what I call mean to be. You mean to be with me, even if you run away. No matter how far you go, no matter how deep I get, this sick love we'll always share. And I love you, I love you, I love, anyhow. I love more than my sanity can support. That's why I'm soo disturbed and can't ignore all this feeling inside my sick and unhealth mind. You're my only paradise. be with me, be with me 'till we die in this never ending sky - our perfect sky, our fucking little and dark world. Look what I just create for us, baby. Don't close your eyes because I love you, I love you, I love you. I love all the things about you. Can't stand your absence because you're my perfect heroine. Love me, love me. That's your destiny now: love me, love me.

Creio;

Desculpe, mas eu preciso me perder dentro de alguém para me encontrar. Seria mais ou menos assim: necessito entender o outro para então tentar me decifrar. É que o meu inferno supremo apenas consegue sua paz no mundo alheio. Não tente racionalizar meus atos, seria tão fútil essa tentativa, mas tente compreender apenas isso: eu pertenço ao seu paraíso interior e, no momento em que eu conseguir ser você, tudo ficará claro para mim.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Melodia;


You have bound my heart with subtle chains. So much pleasure that it feels like pain. So entwined now that we can't shake free. I am you and you are me .No escaping from the mess we're in. So much pleasure that it must be sin. I must live with this reality. I am yours eternally. There's no turning back, we're in this trap. No denying the facts. No, no, no. No excuses to give. I'm the one you're with. We've no alternative. No, no, no. Dark obsession in the name of love. This addiction that we're both part of leads us deeper into mystery,  keeps us craving endlessly. Strange compulsions that I can't control. Pure possession of my heart and soul.

Creio;

Perdi meu caminho, entrei nas curvas erradas, embaracei o nítido. Tento me esconder em um véu de nicotina, mas acho que não tem como sumir.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Melodia;


I feel hypnotized, I feel paralized. I have found heaven. There's a thousand reasons why I should not spent my time with you. For every reason not to be here I can think of two to keep me hanging on. Feeling nothing's wrong inside your heaven. [...] Did I need to sell my soul for pleasure like this. Did I have to lose control to treasure your kiss. Did I need to place my heart in the palm of your hand before I could even start to understand.

Isabella Swan;


Completamente deslumbrada e inebriada por você, não consigo manter meus pensamentos coerentes dessa forma. Pede-me para não cruzar os limites, mas ainda não percebeu a impossibilidade existente para mim de vencer sua luta interior quando estou guerreando comigo mesma. Já passou pela sua cabeça que não posso ganhar sua luta perdida todo o tempo? Estou ainda tentando colher o que sobrou da minha coerência, para depois manter uma idéia concreta de como cheguei até aqui com você. Isso me atormenta, me perturba: odioso ser tão humanamente normal quando você é tão insuportavelmente além. Não tente atenuar tudo com a idéia de que estou exigindo demais de mim mesma, a verdade está sobre a mesa para que todos percebam a diferença tangível entre nós.
Seu gênio irritadiço me questiona porque me preocupo tanto com os detalhes e ignoro o ignorável, mas a resposta é que, mesmo não compreendendo completamente a parte animalesca de você, meu desejo é apenas formar um nós eterno. Poderia, mas certamente não conseguiria, correr para longe de tudo o que construímos inconscientemente, pois minha vida está girando em torno do seu nome, da sua existência nela. Entenda: afastar-me é cortante, como cair em mil pedaços espalhados pelo piso.
Se eu tentar ignorar, se eu tentar pensar em qualquer outra coisa que não seja seu halo perfeito, tudo gira vertiginosamente. Coloco os pés pelas mãos toda vez, trocando os nomes e os convertendo no seu. Não me faça tentar mais uma vez porque é como se você estivesse em todo lugar.
Basta você estar aqui, até mesmo de mal humor, para as palavras saírem da minha boca. Quando dou conta de mim estou tentando pegar o ar novamente, toda vez esqueço de respirar. Você tem algum tipo de mágica? Algo hipnótico o bastante para parar o tempo a nossa volta e criar uma bolha no nosso mundinho. No final não lembro mais o que falei, apenas entendo que o quero comigo, mesmo colocando minha vida em risco. Se não fosse você, então quem seria? Se não fosse você, então porque estaria aqui enfrentando a morte e a vida?

Edward Cullen;


E de alguma forma eu queria possuir você, ter sua pele em minhas mãos impetuosas, participar dos seus sonhos, pela simples sensação de estar nos limites do seu corpo. Mesmo deslumbrando, face a sua incapacidade de pensar descodificadamente, precisava me afastar da névoa rubra em torno dos meus pensamentos confusos por você. Um antagonismo, porém, me coíbe: sua presença me embaraça, sua ausência me perde - é difícil ser o que sou tanto perto quanto longe de você.
Não deveria, contudo, arriscar tanto, cruzar os limites que tracei cuidadosamente entre nós dois, apenas para chegar perto da sua face alva, tentando roubar um pouco de sua essência para mim. Mas não é o bastante, não chega nem perto do suficiente, te ter por perto, preciso ir além de sua presença física e conseguir seu cerne, seu intimo profundo. Um pouco de tudo de você, apenas um pouco, evocaria meu frenesi escondido, mas nada de você, nem mesmo uma faísca, alastraria uma doença pelo meu corpo lívido.
Estamos tão perto da morte, de sua morte, do meu fim. A cada passo que damos em direção ao outro, nos aproximamos do erro perfeito. Seria um desastre imensurávelmente imperdoável para meu orgulho, meu ser. E você, já tão teoricamente distante de mim, estaria totalmente intangível. Entretanto, questiono-me todos os dias: como negar o convidativo?
Já cometei vários pecados, alguns dos quais você teria medo. E de todos os erros e heresias em minha vida, a maior foi te desejar. Não me arrependo, porém, e no fim tanto faz, minha alma estará condenada ao inferno de qualquer forma. Se for para escolher, então escolho queimar-me por completo ao seu lado como seu prisioneiro e dono, como seu predador e presa.

Gedeão;


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém. Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível: com ele se entretém e se julga intangível. Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu, sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito, que o respirar de um só, mesmo que seja o meu, não pesa num total que tende para infinito.[...] e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida, o Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

Mourão-Ferreira;


Mais do que um sonho: comoção! Sinto-me tonto, enternecido, quando, de noite, as minhas mãos são o teu único vestido.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bukowski;


Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Creio;

Não consigo controlar meu impulso de correr de estrela em estrela até o fim da noite; sou tão infantil e problemática que apenas me vejo feliz com estrelas cadentes nas mãos, ao invés de fazer como todo mundo e planejar minha felicidade sobre a visão de um céu estrelado. É que para mim não é o bastante ver, eu preciso tocar, ter, auferir, alimentar-me e degustar os pontos brilhosos. Para que minha felicidade exista, o mundo teria que inventar uma nova dimensão onde eu conseguisse, de alguma forma, ultrapassar os sentimentos. Preciso de algo além da liberdade, além do tocar; quero sair de dentro de mim, alimentar-me de tudo que amo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Creio;

Estresse, stress, stress...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Creio;


Minha mente é uma floresta negra inabitável.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Melodia;

That's why my ex is still my ex: I never trust a word HE says :) [editado]

domingo, 29 de novembro de 2009

Gullar;


Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eliot;


A heap of broken images, where the sun beats [...] And I will show you something different from either. Your shadow at morning striding behind you .Or your shadow at evening rising to meet you; I will show you fear in a handful of dust.

Creio;


My mother says that I'm a little bit depressed but I just think that my little fairytale gone bad.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Creio;

Você vai me observar correr toda essa distância apenas para alcançar borboletas imaginárias. Você vai rir da minha síndrome compulsiva de tentar explicar os defeitos alheios e hiperbolar os meus. Você vai tentar me fazer sair de dentro dessa bolha de ostracismo social para encarar a vida - e há tanta vida, segundo você.Você vai me mostrar porque reis e rainhas não podem habitar o mundo real, mesmo que sejam tão reais dentro do meu mundo interno. Você vai questionar minhas questões sobre ser e o dever ser de mim mesma e o aquém criado pelos meus amigos imaginários. Você vai quebrar todos os meus paradigmas refazendo minhas respostas absolutas. Você vai contar histórias de Romeu e Julieta sendo realistas e Paris encontrando outra saída para seu amor ineficiente. Você vai entender minhas crises existencias e minha mania de explicar o único com o todo, não sabendo separar uma parte de um bolo. Você vai correr junto comigo sobre os vales das minhas mentiras criadas para poder sobreviver. Você vai traçar minha hipocrisia sobre um quadro no ar, mostrando meus motivos. É, você vai. Mas você, antes de tudo, vai ter que existir.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Melodia;


My hand searches for your hand in a dark room. I can't find you. Help me. Are you looking for me?Secretamente para você. E mesmo que você nunca saiba, mesmo que você nem ao menos exista, todo o meu amor, toda a minha vida, toda minha essência será apenas para você, até o fim dos meus dias.Quando finalmente meus passos pararem de procurar e se estabilizarem ao te encontrar eu te confessarei o quanto esperei por esse momento, o quanto esperei para simplesmente olhar em seus olhos e te dizer que meus sentimentos por você ultrapassaram o próprio amor. Enquanto isso irei continuar a estender minha mão no meu quarto escuro, esperando que a sua mão encontre a minha e então poderemos finalmente sair desse mundo e nos enconder em nosso mundo secreto. Até lá eu peço simplesmente que você exista.


Melodia;

Can't fight the devil, so just let me sign.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Deixe-me Ceder;


Permaneci e agüentei durante tanto tempo, então me deixe ceder. Do outro lado, os campos de crisântemos me esperam então me deixe ceder à escuridão. Não há o que temer quando você está por perto, quando no fim sua presença me completar, uma perfeita doação. Meus olhos, cansados pela procura, fecham-se sozinhos, aderindo à negritude a minha volta. Está sendo tão fácil, meu amor, mais fácil que lutar contra, então me deixe ceder. Sua voz me guiará pelos caminhos tortos, não vou errar o caminho. Enquanto você aponta para mim, acusando-me e me julgando pelo meu desejo mais secreto eu deixo-me ceder. É tão longe seu âmago, mas tão perto sua presença. Por favor, deixe-me ceder ao denso oceano azul, mergulhar e afogar-me no infinito desconhecido. Será como deitar minha cabeça sobre o travesseiro e adormecer pela eternidade. Deixe-me ceder a essa troca vital pela existência nos seus braços, a doce troca da vida pela morte. Deixe-me ceder a esse crepúsculo... Deixe-me ceder.

Melodia;


Down to you... You're pushing and pulling me down to you. But I do not know what I...Now when I caught myself I had to stop myself from saying something that I should've never thought; now when I caught myself I had to stop myself from saying something that I should've never thought of you of you. You're pushing and pulling me down to you.

domingo, 22 de novembro de 2009

Kerouac;


Lucille Jamais me compreenderia. Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite, e é isso o que ela faz com você. Eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão.

Sagan;


Amei até virar loucura. Aquela que é chamada loucura, para mim, é a única maneira lógica de amar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Melodia;

You'll learn to hate me.

Melodia;

She said, "oh please, I'm in love. I'm in love."

Creio;

Desculpe-me, estou cansada. Viver tem me tomado muito tempo, muito esforço, mais do que eu pretendia e esperava. De boca em boca ando, desvendo o mistério de mim. Dê-me apenas um momento para retornar minha cabeça sobre o travesseiro e nunca mais acordar ou abrir os olhos – há tanta luz me cegando. Um momento, apenas um momento longe da vida: é tudo o que peço.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Confusão;

[...] E aquela confusão era eu, era eu, era eu. Não importava o quanto me esforçasse para parecer equilibrado, a preocupação com minha própria imagem perante aos outros me tornava uma grande bagunça - não podia admitir do que gostava para não soar errado. De tanto me preocupar com o erro, tornei-me um. [...] Ninguém entenderia: eu estava preso em um tufão de idéias evitadas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Creio;

Quero partir daqui e nunca mais voltar; fazer do mundo o meu lar. Andar a passos largos e rápidos para me ver livre dessa cidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Creio;

O que é o paraíso para você?

Melodia;

You... Your sex is on fire
Hot as a fever, rattling bones
I can just taste it, taste it

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Guimarães;

Doçura de estar só quando a alma torce as mãos!Doçura que tu, Silêncio, unicamente sabes dar a quem sonha e sofre em ser o Ausente, ao lento perpassar destes instantes vãos! Doçura de estar só quando alguém pensa em nós! De amar e de evocar, pelo esplendor secreto e pálido de uma hora em que ao Seu lábio inquieto floresce, como um lírio estranho, a Sua voz!

domingo, 1 de novembro de 2009

Melodia;

Embora não tenha te visto há tanto tempo, penso em você às vezes. Foi algo que ficou em mim, algo que nunca desapareceu completamente. Droga, droga, droga, teria sido você. Eu tive a chance de novo - será que eu voltaria no tempo se eles me desse uma outra chance? Todos os sinos, coros, todos os órgãos do Céu teriam sido para nós; todos os tambores e trompetes; todas as histórias: todos ao mesmo tempo. Mas o romance era tão curto, foi algo que eu deveria ter entendido: chances como essa só vem uma vez, nunca duas. Droga, droga, droga teria sido você (o meu verdadeiro amor).

Creio;

Às vezes não se precisa entender, apenas sentir. Como uma música inteligível, por estar em outro idioma, ou uma sinfonia erudita sem letra: a vibração emanada nos conta muita mais do que mil palavras. Os sentimentos humanos são perceptível atráves de qualquer meio de expressão: propagado pelo ar, como a música, ou simplesmente eternizado em palavras, posta na literatura. Essa tendência de entender o outro, sem necessitar de um diálogo coerente, nos faz sentir.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Creio;

Como já diz Joakim Thåström: o amor é para aqueles que tem sorte.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Insensatez;

Tudo ao meu redor era névoa alvura misturado com sensações distintas: amor, terror, desejo, fome. Principalmente fome. Uma ânsia descompassada de puro apetite, sagaz e violento, pulsando em meus membros, minha pele, minha consciência, meu ser, meu âmago. Sempre tomei conta de minha essência, natureza predatória - como um animal selvagem sobre a coleira, mas tudo se exauriu, bem em frente aos meus olhos, meu auto-controlo empenou. Ondas enormes, tsunamis colossais, invadiam minha alma - todas as sensações ultrapassaram o plano corporal, atingindo minha entidade incorpórea. Entornando a racionalidade por um trabalho de Sísifo, arduamente sem fim: era essa a sensação de ajuntar novamente minha integridade moral. Poderia seguir, ou melhor, deixar-me ir com as linhas imaginárias do prazer, que rapidamente se transformavam em ondas circundadas de luxúria, mas não teria mais volta. Uma vez nos domínios de Baco, sempre guiado pela loucura do ímpeto. Não gosto da moreia, da falta de lucidez saturnal, aquela que coloca de lado a consciência mental ao agir e da-se por uma amnésia, porque tenho lembranças sobre tudo o que fiz, cada segudo que vivi de minha vida tive controle o bastante para me recordar. Andar, contudo, em passos incertos é metade do caminho para a loucura, falta de escrúpulos sedutora. Metade do caminho lúcido, metado de caminho caduco: resta apenas um passo para entrar nos campos da insanidade. O que tenho a perder então?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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- Nunca mais volte - eu disse a ele - Nunca mais. Nem que eu implore, nem que minha vida esteja por um fio, nem que seja o fim do mundo: eu nunca mais quero te ver passar por essa porta como se me pertencesse de alguma forma. Não adianta chorar, pedir, argumentar, pois você escolheu desse jeito. Porque tudo tem que ser do seu jeito, então assim o será. Você não fazia tanta questão? Pois bem, eis o que você mais queria em uma bandeja da prata reluzindo aos seus olhos. Se for para falar que fale simplesmente "adeus" - opte pelo silêncio se seus lábios decidirem pronunciar alguma coisa que não seja uma despedida. Agora passe por essa porta localizada atrás de você e a feche após sair.

domingo, 25 de outubro de 2009

Minta para mim.

Talvez esteja apenas querendo provar a mim mesmo que não valho um tustão; uma grande farsa para a humanidade e que, na minha impetuosa ignorância, menti. De fato, passei minha vida mentindo sem parar. Compulsivamente e descaradamente joguei mentiras na cara de alhures como quem joga água. E sinto, agora, que de alguma forma, deveria me redimir pelos meus pecados, mas não consigo, sou incapaz. Não me arrependo de erro algum, não me arrependo de ter mentindo e usado aqueles que hoje choram. E por quê? Porque minha face é cruel, minha verdadeira face é obscura o bastante para admitir que não preciso pedir perdão a ninguém, exceto a minha consciência pelas vezes que me privei da mentira.
Porque mentir não é iludir, é mascarar o que se quer esconder com o que realmente se quer ver - uma ilusão de ótica. Não há nada de errado em omitir a realidade, fantasiando-a com fantasias imaginárias. É um escapismo natural e totalmente humano. Ninguém pode me julgar por um instinto demasiadamente mortal.
Não sou um mal para a sociedade, apenas um artista no ápice da criatividade. Minta, então, para mim; jogue nas mihas costas todas as perturbações que te afligem e eu serei doce como um santo, só para te guiar para bem longe de suas dores. Venha comigo e construiremos um oasis no meio do Saara de nossas mentes, nosso reino do deserto. Seremos reis da mentira, poetas criativos, artistas irreais.
E no fim, após tanto analisar e sonhar, tenho certeza de apenas uma coisa: posso ser sínico o bastante para afirmar tal ilusão de ótica, mas corajoso o bastante para admitir o quanto menti e o quanto mentirei.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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Você já sabe o que esperar de tudo isso, pois já sabe até que ponto chego só para desmascarar uma mentira. E é tudo culpa sua por me permitir, na verdade, nossa culpa por eu me permitir continuar mesmo sabendo toda a verdade. Entre todas as suas palavras – tentando me convencer com a sua verdade – posso sentir o gosto da verdade, mas você consegue me convencer tão bem. Pegue tudo o que você deseja menos o meu orgulho e capacidade de continuar com a sua mentira porque quando a verdade chegar tão perceptível em nossas mãos não haverá outra forma para continuar e você terá que ir embora com todas as suas ilusões. Você percebe o que fizemos? O mundo está olhando para nós como se fossemos bobos, desafiamos o único conceito existente entre nossa espécie, porém isso não consegue ser o bastante para nos afastar. É, por você eu dou até o meu sangue, minha alma, minha vida pelo resto dos dias. Mas nem você e nem eu tememos as conseqüências do que planejamos juntos – não podemos negar os nossos sentimentos mesmo nesse ponto tão critico. Vamos dar as mãos, essa é a única chance que temos para correr, vamos embora e deixar o mundo nos julgar sozinho porque não quero estar aqui na hora do nosso julgamento.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Creio;

Estou me ocupando com pensamentos tão bobos: fico imaginando eu e você. Sim, eu e você como um só. Logo você que não parece me notar pelos corredores ou até mesmo quando estou a sua frente. Acho que eu realmente não tenho amor próprio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Never coming home;

Eu atendi o telefone mudo todas as vezes que minha mente escutou ele tocar, mas eu sei que você nunca vai voltar para casa. As noites que passei em claro escutando o som já impregnado na sala composto apenas pelo barulho dos meus passos – solidão até no ruído – porque você nunca vai voltar para casa. Li todas as cartas procurando no emaranhado de palavras o seu nome, como uma pista de onde você pudesse estar, mas você nunca vai voltar para casa. Tantos desenhos fiz nos papeis avulsos espalhados pelo chão – tão desorganizados quanto eu – para passar o tempo e não pensar tanto no fato de que você nunca vai voltar para casa. O relógio já se cansou de me mostrar as horas e eu já cansei de implorar para que ele voltasse no tempo porque eu não agüento mais saber que você nunca vai voltar para casa. Talvez fosse minha culpa por ter te deixado partir, mas a culpa é mais sua porque foi você quem partiu e agora você nunca vai voltar para casa. Um dia quando esse desespero passar e eu aprender a lidar com todo esse tempo que me sobrou agora que você se foi eu possa dizer a mim mesma sem medo que você nunca vai voltar para casa.

sábado, 8 de agosto de 2009

O Fantasma de um Toque;

Quando você se foi não levou nada de mim, apenas deixou para trás uma quantidade enorme de mim, um entulho composto de tudo o que sou depositado no canto do vácuo entre eu e os objetos da casa. As noites ficaram longas, quase impossíveis de vivenciar com o seu rosto por todo o lugar. Então gostaria de saber quando você vai enjoar de atormentar todos os meus sonhos à noite, porque não consigo mais evitar sonhar com o seu rosto e as suas promessas.
Juro que tentei me convencer de que você nunca mais voltaria, contei milhares de vezes para minha mente que você se foi e eu fiquei, contudo me viciei na solidão de você aqui - não importa quantas vezes você permaneça porque sua presença é incorpórea, me deixando completamente só – do que adianta você ficar?
Andar pelos quartos me faz ficar paralisada: em cada sombra encontro a sua sombra, o seu semblante projetado em todas as paredes. Não é o bastante para você assombrar a minha mente? Você ainda precisa assombrar o mundo exterior? Acho que você cansou de impregnar minhas memórias e cantar ao meu ouvido quando estou sonolenta ou fora de mim.
Apesar de tudo eu sonho, desejo, continuo planejando planos que jamais iram se realizar sem a sua tão impossível volta. Faço dos meus gritos a sua voz em um ímpeto de te encontrar fora dos meus pensamentos. Você iria rir – e provavelmente deve rir – das minhas tentativas de encontrar um caminho para o seu caminho porque era isso o que você costumava fazer para me convencer de que tudo ficaria bem. É, você provavelmente deve estar rindo de mim.
E eu sei – você também sabe – que ninguém vai conseguir compreender o que somos juntos porque apesar de eu nunca poder te sentir você enxugou minhas lágrimas quando eu caí no chão em desespero, segurou minha mão por todo esse tempo e me cantou uma canção de ninar com o vento que só nós sabemos.
E por tudo isso você sempre terá tudo de mim: cada passo em um compasso errado, cada suspiro e expiração, cada frase hiperbólica, porém eu preciso que você volte para mim ou pelo menos me leva embora aqui.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Melodia;

Once I've drawn my final painful breath and disfigured any beauty my mind holds of you. This process of pain can be ended elegantly with no distaste no fear of soul decay. I felt betrayed, for so longI cant let go these failures dragged me down - I whither away. I will never forgive or forget: a constant reminder, your lifeless heart on a rope around YOUR neck. A Keepsake from this rusted love.
YOU are falling fast to the ground. I'd bite into your face just to DISFIGURED your eyes. I've discarded so much beauty in a lifetime. I'll stitch YOUR insides to the highest treea keepsake of this rusted love that you wish upon me. - (editado)

Porque da mesma forma que me minha mente trabalhou insistentemente para manter toda a beleza contida em você, ela trabalhou para jogar fora todas as ilusões de beleza que fiz de você.

Creio;

Erra-me, porfavor. Pelo amor de Deus, você pode me errar?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Creio;

Dai você me perguntou: "por que você sumiu?" e eu respondi com um sorrisso forçado "ando sem tempo", mas eu tinha tempo para parar e falar contigo, você sabia disso, contudo pretendia fingir para não tornar tudo isso mais duro; então sorriu gentilmente perguntando como se fosse ao acaso "faculdade?". Semprei gostei do seu jeito de tornar tudo mais fácil e bem menos doloroso entre nós; sempre sabe o que falar e como colocar os pontos nos is - como você mesmo gosta de dizer. Eu tinha que continuar com o fingimento - como se fosse um jogo entende? Perde o primeiro que jogar a verdade na mesa - para o meu próprio bem. Afirmei com a cabeça mostrando um sorriso tímido "pois é...". Um silêncio sepulcral se instalou, tossi - não sei lidar muito bem com esse tipo de silêncio gritante - só para colocar um pouco de barrulho entre nós - então o que realmente me incomodava não era o silêncio em si, mas o vazio, o pouco espaço que ele deixa entre nós dois. Você olhou para cima fingindo apreciar o sol ou o clima e eu continuei mantendo minha vista no chão, estava morrendo de medo de te encarar e acabar entregando os pontos: eu nunca conseguiria te superar facilmente - é que eu sou tão previsível, é como se estivesse tudo escrito nos meus olhos e eu temia que você, com seus olhar analista, lesse isso em mim. Deveriamos, então, face a situação, dizer algo como um "xau" bem rápido e continuarmos nossos caminhos, é, nós deveriamos, porém não fizemos: você me fez a última pergunta com toda a calma possível "quando você vai voltar?". Aquilo era um código e eu sabia, era um código para a pergunta mais crucial: "quando você vai superar, para finalmente voltar a ser o que era antes comigo?". Tive que dar um meio sorrisso - meios sorrissos são sempre as melhores saídas - respondendo "não sei" porque na verdade eu nunca saberei quando minha mente vai se privar de você.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Melodia;

When you're around everything is fun. We go to town and get quite drunk. [...] Cuz i'm never down when you're around.

sábado, 1 de agosto de 2009

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Eu quero você. Não quero outra pessoa, outra informação, outro motivo, outra oportunidade, outra definição e afirmação de que nunca poderiamos ficar juntos. Desculpa, mas dessa vez não vai dar certo porque eu não enfrentei um dia duro e estressante hoje para te deixar me convencer com palavras frívolas. Porque das vinte e quatro horas que precisei enfrentar com certeza quinze delas foram com você em mente.

Sócrátes;

"O amor é a insuficiência de algo e o desejo de conquistar aquilo de que sentimos falta."

Sempre sentirei sua falta, mesmo que você esteja aqui ao meu lado
Sempre sentirei aquele vazio - jamais esvaziado
Como você pode estar tão perto e ainda estar tão distante?
Não entendo: não consigo completar o vácuo
Nem a sua presença, nem a sua ausência me bastam
Porque o meu desejo não é apenas sua comparência
Mas a sua existência dentro de mim
Seria isso então vontade de conquistar aquilo de que sinto falta?

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Estou esperando por você a algumas horas, porque entrar no MSN não tem mais graça sem você, porque permanecer no escritório em frente ao computador só faz sentindo com a sua, mesmo que limitada, presença. A cada segundo olho, ansiosa até demais, para aquele bonequinho verde - esperando que ele anuncie a sua chegada.
Coisa de adolescente mesmo, coisa de esperar pelo outro e acreditar que vamos dar certo, de acreditar em casamento, mesmo tendo conciencia da distância. Você anulou o meu lado adulto, o meu lado lógico, frio e me transformou em uma adolescente ansiosa. Agora conto os segundos - por que raios eles não passam?!? - como quem conta os dias.
Você tirou o meu sono e agora é difícil demais dormir sem antes falar com você, sem antes escutar sua voz e saber que você realmente me ama, que você realmente vai tentar ficar comigo, mesmo que o diga da boca pra fora.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Meu conto-de-fadas;

Éramos eu e você, você e eu. Tudo perfeito no nosso mundinho colorido: você me amava e eu te amava. Ponto final certo? Então havia um “e viveram felizes para sempre” antes do ponto final. Você era o príncipe encantado que me tirava da torre com dragões e me levava para a terra do nunca - ou seja lá para onde os casais de contos-de-fadas vão no final da história. Nós andávamos pela nossa terra de maravilhas, com o meu fiel escudeiro me auxiliando, para reinar sobre os nossos súditos perfeitos dentro do nosso castelo de cristal e você, o amor da minha vida, sempre tão belo. Éramos, assim, felizes. Mas então houveram guerras: lutei contra uma bruxa que queria nos separar, contra um cavaleiro negro que queria me seduzir, contra plebeus infiéis que caluniavam contra você, contra uma rainha e um rei que nos invejavam, contra uma princesa que te odiava. Lutei e lutei enquanto você estava sempre ausente. Eu te pedia por ajuda, mas você estava sempre tão ocupado nos aposentos reais com sua com seus entretenimentos musicais, te chamava para guerrear ao meu lado, contudo sempre me dizia a mesma desculpa “estou cansado, com sono” para após adormecer sobre a cama, implorava por reforços na guerra enquanto você me dizia que seus pais não te deixavam gastar mais nenhuma moeda de ouro com novos cavaleiros ou novas armas. Nunca podia me ajudar e sempre ficava parado, criticando nossos inimigos, sem nunca agir. No final era apenas eu e eu já que na confusão das guerras e batalhas você nunca estava. Mas eu te amava e você dizia me amar então eu poderia enfrentar tudo aquilo por você. Poderia enfrentar as guerras com o que tinha e voltar ao nosso castelo sabendo que teria seus abraços, suas juras de amor, as frases românticas e o brilho no seu olhar, mas os abraços ficaram frios, as juras de amor foram se esfarelando, as frases românticas sumindo, o brilho no olhar apagando. Após percebi que, de princesa feliz, havia me transformado em um cavaleiro da corte por você – eu estava fazendo o seu trabalho e as suas obrigações. E cada vez mais entendia que estava longe do meu conto-de-fadas, pois aquela não era a minha terra de maravilhas, aquele não era o meu fiel escudeiro, aqueles não eram os meus súditos perfeitos, aquele não era o meu castelo de cristal e você não era o amor da minha vida. Aos poucos vi que a minha terra de maravilhas era na verdade a sua rua esburacada, que os meus súditos perfeitos eram seus amigos perdedores, que o meu castelo de cristal era sua casa calorenta e pequena, meu fiel escudeiro era o seu melhor amigo e o meu príncipe encantado era um garoto baixo, fedorento, viciado incubado e frustrado. Olhei ao meu redor: sua ex namorada maluca que tentava nos separar – é, a antes “bruxa” – estava mais para uma fada tentando me tirar de um pesadelo. Ah! E o cavaleiro negro – o meu ex namorado – era um príncipe de terras distante me vendo em plena confusão; e os plebeus infiéis, na verdade meus amigos, tentando me ajudar; e o rei e a rainha que nos invejavam meus pobres pais tentando me alertar; e a princesa que te odiava apenas minha irmã que nunca gostou de você. Assim, ergui minha espada com bravura e me uni aos meus antigos inimigos e atuais amigos para lutar contra o meu verdadeiro inimigo: você.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Melodia;

All you want from me are three little words, but you just get me laughing - a quiet sound. I know I'm with you now, but this all might end so save all the "I love you"s and let's not pretend. Cause you won't hear it now and you won't hear it then: I love you, no. Those three words that begin with three words always end. You can be a little full-on cause I know what you need - that really doesn't mean you'll get it from me.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

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Por que raios eu insisto em agir igual uma criança - como se estivesse tentando te achar em todos os lugares mais improvaveis? Será que eu não entendo que você não vai estar na esquina da minha casa esperando por mim? Será que estou tão deprimente iludida que não consigo entender que você não é os meus amigos e por isso não tem lógica alguma em continuar a conversar com eles como se eles fossem você. Eu cheguei a tal ponto que procuro o seu semblante nas sombras dos objetos da casa. Será que você pode colocar um fim em tudo isso e aparecer? Desde que você sumiu eu ando sem foco, sem noção do tempo e sem saber o que fazer com tanto tempo em minhas mãos. Se isso continuar...

terça-feira, 21 de julho de 2009

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Já parou para perceber como tudo é ela? Tudo o que você fala, pensa, sente, quer se resume apenas a ela e somente ela. Parece que eu não tenho vez no seu mundinho, nos seus pensamentos. Você diz que vai esquece-la, mas continua citando o nome referente a ela e, de tanto você falar da vida dela, minha mente ficou infestada com os detalhes do dia-a-dia dela! Eu não preciso saber do que ela mais gosta ou quantas vezes ela pode fazer tal coisa que te deixa impressionado. Sim, eu sei que ela é melhor do que eu em milhares de coisas, porém eu tenho uma vantagem: eu te amo e ela não. Então será que dá para você parar por um segundo de olhar na direção dela e olhar na minha direção?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Creio;

Faz o seguinte: desiste e volta atrás em tudo que você disse até agora porque vai ser mais fácil fingir que nenhum dos dois pensou ou quis isso do que enfrentar a verdade de que nunca haverá um "eu e você".

Devaneio;

Eu deveria, por saber como tudo acaba, perder a luta desistindo e dando as costas ou deveria continuar acreditando e apostando cartas em uma ilusão para no final suspirar e proferir aquela velha frase de clichê "eu sabia que ia acabar assim"? O que é pior: desistir de uma luta já perdida ou enfrentar as batalhas duras mesmo sabendo que irá perder a guerra? Eu realmente seria capaz de te puxar para dentro dessa útopia para afogar a nós dois em luxúria contida e impossível? Eu conseguiria ser masoquista o bastante para me ferir e sádica o suficiente para te ferir? Porque para mim nadar no mar não é o suficiente: eu sempre precisei ir fundo, ir além da superficie e me afogar; sempre precisei me afogar no mar de tormentos para convencer a mim mesma de que fui intensa, de que aproveitei cada gotícula de água salina, mas com toda essa ânsia de intensidade eu esqueço de me salvar na hora mais crítica. É tão fácil se deixar levar, porém tão complicado voltar atrás para conseguir respirar.
Mas se ao menos tudo se resumisse a mim eu poderia continuar a nadar até o fundo e saciar minha sede pelo intenso, contudo esse trajeto te inclui: se eu me afogar você também se afoga, mas quem vai ser o primeiro a parar e subir para pegar ar? Provavelmente você já que sua razão é mais estável que a minha, mas se no final eu te deixar sozinho nos redemoinhos?
Tenta entender: eu morro de sede em pleno mar, mas não deixo de degustar cada milimetro de água até me afogar, porém você será capaz de, mesmo morrendo de sede, tomar a água intragável?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nietzsche;

"Torne-se quem você é"

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Não evoque dragões sem antes saber como enxotá-los.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Creio;

Mas se você se permitir o bastante para conseguir se deixar levar sem pensar...Se você ao menos se permitisse poderiamos mudar tanto! Então será que você pode se permitir?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Melodia;

I want to hold you closeSkin pressed against me tight. Lie still, and close your eyes girl. So lovely, it feels so right. I want to hold you close. Soft breasts, beating heart. As I whisper in your ear: I want to fucking tear you apart.

Melodia;

She's in the bathroom, she pleasures herself.

Melodia;

She was a bad bad girl, so he told her so.
[...]
When he said you better lie down cuz the angels are watching. She closed her eyes and said quit the talking: you can hurt me do whatever youd like. So he said shut your mouth girl the angels are listening.

Melodia;

It's only just a crush, it'll go away; it's just like all the others it'll go away or maybe this is danger and you just don't know. You pray it all away but it continues to grow.

Melodia;

The lights, they glow sideways and up and down, the beat takes you over and spins you round. Our hearts steady-beating, the sweat turns to cold. We're slaves to the DJ and out of control .

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Creio;

Eu queria poder fazer as pessoas acreditarem na vida e ter forças para lutar por ela; queria fazer o mundo acreditar que sim, a vida vale a pena, cada instante dela mesmo os momentos de dor e perda valem a pena. Cada suspiro que você deu até hoje, cada lágrima que derramou, cada vez que o seu coração foi quebrado, cada decepção, cada mentira, cada dor: tudo valeu a pena.

domingo, 5 de julho de 2009

Melodia;

I close my eyes on the dance floor and forget about you; I lose myself in flashing colors. I've gotta see it through.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

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[...] E então o príncipe encantado nunca apareceu para salvar a princesa...
The End.

Vampires will never hurt you;

Sangue! Como não havia pensado nisso antes?! Toda sua insaciável sede, todo o seu incontrolável desejo – cruzando os limites até chegar a luxúria, toda a vontade incontestável se resumia a apenas o fluido rubro. Era tão intenso todo aquele desejo que ele podia sentir o cheiro das hemácias, as vibrações que elas provocavam ao se locomover lentamente pelas veias de seu vitima, o som de sua existência no corpo da mulher, o gosto único de cada uma, o cheiro enlouquecedor e incomparável. Tremeu subitamente ao olhar nos olhos dela – tão imaculada, inocente e frágil. Como conseguiria matá-la sem sentir culpa? Como conseguiria reunir forças para colocar para fora toda sua compaixão e remorso? Ela estava ali bem abaixo de seu corpo respirando descompassadamente – medo ou luxúria seria a causa dessa respiração tão errônea e ofegante? – sem que nada pudesse ser capaz te tira-la de lá. Ela tinha o que ele ansiava, tinha o fluido de que ele necessitava para sobreviver e conseguir calar o animal feroz dentro dele que gritava por aquilo, capaz de apagar todo o desejo em sua garganta. Mas não... Não podia! Não devia! Por mais saboroso e tentador que fosse ele não seria capaz de matar para obter o que mais desejava. Era errado, era frio e não era humano, mas... O que ele era agora? Se ele ansiava por aquilo então de alguma forma ele não era mais humano. Humanos não desejam sangue, humanos não sentem as hemácias no fluido rubi! Então o que ele era? Um monstro? Um monstro que necessitava de sangue! Um vampiro? Vampiros eram lendas, histórias criadas para assustar crianças a noite. Suspirou: a vontade estava ficando mais forte era quase impossível controlar. Precisava, a cada segundo, mais e mais do sangue dela. Necessitava a tal ponto que não se via capaz de imaginar sua existência sem o seu objeto de desejo – igual a homens ambiciosos ou possessivos ele não conseguia se projetar no futuro sem o que mais almejava. Era tarde demais para recusar, pois já a tinha ali imóvel: bastava um pequeno gesto para que todo o desejo gritante fosse silenciado. Mordeu lentamente seu pescoço enquanto a mulher gemia silenciosamente – estava incapaz de gritar? Estava tão hipnotizada e fascinada com a beleza dele que se encontrava em tal estado deplorável no qual ela não conseguia gritar para expressar sua dor? Sugava lentamente degustando cada milímetro do fluido – então, talvez, ele devesse sugar o bastante para saciá-lo e não matá-la, mas como?! Ele não se via em uma situação confortável onde pudesse parar. Não! Ele não podia parar! Cada parte que entrava em sua garganta, cada hemácia, cada milímetro entrando gritava por mais. Sua mente estava descontrolada, ela gritava “não pare!” e ele não parava. Sugava mais forte a cada instante, queria aquilo, iria até o fim para conseguir até a última gota, se afogaria em toda a extensão do sangue até que seu corpo transbordasse, até que sua sanidade quebrasse a tênue linha que a separava da loucura. Nem todo o sangue era o bastante! Ele tinha que ultrapassar o bastante, tinha que obter além do “todo”. Era fogo! Brasa! Queimava seus instintos e boca! Não queria parar, não conseguia parar! Sangue...Era tudo o que ele almejava.
***
Retirou a boca do pescoço da garota morta e suspirou ao encarar o cadáver “que tipo de monstro eu sou?”

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Without;

Mas como você espera que eu consiga viver assim, como se eu conseguisse respirar o ar ao redor de mim. Como você pode pensar que eu consigo aspirar algo além das lembranças suas, como você pode pensar que eu consigo continuar em frente quando tudo nesse mundo soa como um atalho até você. E quanto mais eu penso que vou conseguir te deixar partir, mais eu sinto você perto de mim; eu preciso sair daqui porque você ficou e eu parti.
Nada nesse mundo soa correto é totalmente incerto, irrelevante e incoerente – será que você pode vim para acertar as coisas para mim? Já é difícil o suficiente ter que passar todos esses anos sem um traço seu no meu caminho, mas eu ainda preciso ir mais fundo até que eu possa merecer o paraíso ao seu lado. Mas é que qualquer lugar existente – até mesmo esse inferno disfarçado de mundo – se tornaria o Céu com a sua presença.
Quanto mais tempo vai demorar? Todos os segundos são como uma eternidade. Apareça, nem que seja só para ver como eu estou, e torne tudo pelo menos suportável porque a vida no inferno não é tão aceitável quanto parece.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Creio;

Ando fazendo trocadilhos infantis com o seu nome só para não ter que pronunciá-lo. Doi quando eu falo cada letra e junto em sílabas o compondo. Talvez se eu continuar com isso eu supere, finalmente, o seu nome e ele pare de me perseguir.

Entrelinhas;

Será que se eu estupidamente conseguisse você ironicamente corresponderia? Entrelinhas te deixam furioso não é? Mas é que se eu falar, se eu invocar essa palavra, mesmo que apenas aqui, eu estaria provocando uma tempestade no mundo incorpóreo. Essa palavra não deve ser dita, apenas sentida; como uma sensação que dura por muito tempo: se eu falar o nome estragaria o momento. Então pega as pistas, se aproveita dos deslizes que cometo – até mesmo aqueles não intencionados – e descobre que palavra tão poderosa é essa capaz de fazer mulheres suspirarem e homens perderem sua razão, capaz de dividir o oceano no meio sem hesitar – mesmo havendo tanta hesitação contida. Tenta entender os fatos e os sinais para formar lentamente a palavra no chão – igual a um quebra-cabeça – e pensa: se eu conseguir estupidamente te amar você ironicamente corresponderia?

Byron;

"There lies the thing we love with all its charms and errors, like death without its terrors"

Pelo menos ele me entende.

sábado, 27 de junho de 2009

Almost gone;

Você pensou que só porque iria embora eu estaria agora deitada na minha cama chorando, mas engano seu. Você esta quase indo e eu estou bem, contudo só para te dar uma chance para se sentir especial vou te escrever essa prosa bem pequena e, bem no final, ditarei com todas as palavras nitidamente: "você não me faz falta". Como já dizia o Nirvana "i'm not the only one".

terça-feira, 23 de junho de 2009

Melodia;

Com você partirei: países que nunca vi e vivi com você agora sim os viverei. Com você partirei em navios por mares que, eu sei, não, não existem mais, com você eu os reviverei.