quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Come back to me;

...E no canto do quarto escuro, vinte por vinte, com as paredes revestidas do teto ao chão, eu estava pedindo "Volte. Volte para mim, baby". Porque estive aqui durante todo esse tempo, esperando pacientemente, envolvido pela osciliação sombria da luz, penetrando pelas frestas da tão desgastada e escurecida janela, e da escuridão, reinando sobre a sala e minha mente. Do que mais você precisa para me salvar de mim mesmo, querida? Porque por você visitei vários mundos, sem sair do lugar, ganhei mil guerras, todos em seu nome, mas sem nunca ter erguido uma espada, vasculhei os mais profundos mares, sem me retirar do pertubador lugar-algum de minha insanidade.
Posso ter um pouco da companhia de meus amigos, presentes, antes, apenas em minha mente e agora moradores permanentes desse quarto de ostracismo, mas, desde que você se foi, eles tem sido minha única companhia, meu entreterimento solitário. Então volte para mim, volte para mim, porque sua ausência me trouxe a esse lugar, me trouxe a lugar algum.
Se você nunca mais voltar, se você nunca mais voltar... O que será de mim? O que será de mim sem minha vida, minha alma, minha sanidade, sem você? Se ao menos ao menos pudesse escapar desse lugar moribundo, poderia usar um pouco da sua companhia para espantar a turba que me persegue. E eu imploro de joelhos, imploro com todos os meus cabelos e desvaneios: volte para mim, baby, volte para mim...