quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Creio;

Você vai me observar correr toda essa distância apenas para alcançar borboletas imaginárias. Você vai rir da minha síndrome compulsiva de tentar explicar os defeitos alheios e hiperbolar os meus. Você vai tentar me fazer sair de dentro dessa bolha de ostracismo social para encarar a vida - e há tanta vida, segundo você.Você vai me mostrar porque reis e rainhas não podem habitar o mundo real, mesmo que sejam tão reais dentro do meu mundo interno. Você vai questionar minhas questões sobre ser e o dever ser de mim mesma e o aquém criado pelos meus amigos imaginários. Você vai quebrar todos os meus paradigmas refazendo minhas respostas absolutas. Você vai contar histórias de Romeu e Julieta sendo realistas e Paris encontrando outra saída para seu amor ineficiente. Você vai entender minhas crises existencias e minha mania de explicar o único com o todo, não sabendo separar uma parte de um bolo. Você vai correr junto comigo sobre os vales das minhas mentiras criadas para poder sobreviver. Você vai traçar minha hipocrisia sobre um quadro no ar, mostrando meus motivos. É, você vai. Mas você, antes de tudo, vai ter que existir.