segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Never coming home;

Eu atendi o telefone mudo todas as vezes que minha mente escutou ele tocar, mas eu sei que você nunca vai voltar para casa. As noites que passei em claro escutando o som já impregnado na sala composto apenas pelo barulho dos meus passos – solidão até no ruído – porque você nunca vai voltar para casa. Li todas as cartas procurando no emaranhado de palavras o seu nome, como uma pista de onde você pudesse estar, mas você nunca vai voltar para casa. Tantos desenhos fiz nos papeis avulsos espalhados pelo chão – tão desorganizados quanto eu – para passar o tempo e não pensar tanto no fato de que você nunca vai voltar para casa. O relógio já se cansou de me mostrar as horas e eu já cansei de implorar para que ele voltasse no tempo porque eu não agüento mais saber que você nunca vai voltar para casa. Talvez fosse minha culpa por ter te deixado partir, mas a culpa é mais sua porque foi você quem partiu e agora você nunca vai voltar para casa. Um dia quando esse desespero passar e eu aprender a lidar com todo esse tempo que me sobrou agora que você se foi eu possa dizer a mim mesma sem medo que você nunca vai voltar para casa.