quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ciclo;

Às vezes me sinto em um ciclo imutável. Um ciclo enjoativo e infinito no qual eu nunca poderei me ver livre. Ele age como uma prisão interna intransponível, sem chaves ou saída; reage como um inferno paralelo onde eu sou o Diabo e Deus.
Preciso de um tempo só, longe da minha cidade, do meu bairro, do meu planeta. É preciso sumir de vez enquando só para conseguir pensar melhor, mas há tantas coisas que me deixam presa a um momento, um pensamento e sonhos que não me pertencem ou que são impossíveis.
Passei uma vida atrás de coisas que não me pertenciam, lutei em batalhas que não me engrandeceriam, matei por deuses inexistentes para mim, reverenciei reis e majestades vazios. Desperdicei horas em coisas vãs.
Só me resta sentar no chão e olhar todas as oportunidades que deixei passar, observar todo o esforço em vão e mentir para mim dizendo que valeu a pena sonhar sonhos que não eram meus.