quarta-feira, 2 de abril de 2008

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Sempre matamos aquilo que mais gostamos, mesmo sem perceber cravamos uma espada em seu peito e o deixamos morrer. Se não o matássemos não seriamos humanos.
É preciso, porém, liberta-lo para não mata-lo; é preciso deixa-lo ir mesmo que aos poucos, soltar a mão nem que seja por um segundo, desviar o olhar duramente e se soltar no vento sozinho.
Mas libertar é impossível, como deixar ir embora aquilo que trás a vida? Se o deixamos ir morremos por dentro, mas se mantê-lo aquilo o mataremos. O que vale mais: a sua felicidade ou a felicidade do outro como um cadáver?
Quanto a mim sou um sangue-suga, aprisono aquilo que mais amo, não pela paixão, mas por mim mesmo. Se peco, se sou imoral ou egoísta não me importo.
Amar é libertar, apaixonar-se é aprisionar, mas quanto vale a liberdade do seu amor? A sua felicidade.