quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sem aprazamento;

Sou uma pessoa extremamente sensorial. Vejo o mundo impregnado de sensações e as deixo vim até mim, ou melhor, me jogo no meio delas. Todas me possuem ao mesmo tempo, sem cerimônias ou etapas. Meus poros absorvem todas como uma esponja sempre capaz de absorver mais e mais.Contudo deixo para trás o que me apraz: se há algum delas que me incomoda dou-lhe as costas. Não me obrigo a sentir o que não desejo, assim, também, como não me obrigo a pensar antes de sentir. Procuro sempre manter a liberdade para que eu me deixe levar pelas sensações, evitando, assim, qualquer linha de raciocínio antes de sentir.Não aprendi a primeiro analisar; aprendi a sentir! Sentir por completo e intensamente. Às vezes, por mais que machuque no final, eu intensifico completamente alguma sensação – mas sempre evitando transformá-la em sentimento. É que sentimentos são tão estáticos e, além de ser uma pessoa totalmente sensorial, sou volúvel, dinâmica. Sinto-me como uma criança de olhos fechados em uma montanha russa quando me deparo com a inércia do que é imutável – totalmente enjoada. Acho que desaprendi a ser sentimental. Sempre que um sentimento me aparece corro o mais rápido possível – cansei de me limitar a uma só sensação, porque é isso que consiste o sentimento: uma só sensação pelo resto da vida. Sentimento de amor, sentimento de paixão: acarretam uma única sensação. E eu não quero isso! Eu quero sentir tudo de todos. Quero uma tempestade de sensações correndo pelas minhas veias. Sou intensa, sou explosiva, sou volúvel! Pessoas como eu precisam de estímulos sensoriais mais do que as outras pessoas.