sexta-feira, 19 de junho de 2009

Escarlate;

Escorria pelas suas mãos lentamente, escarlate e brilhoso. Como poderia ser tão tentador? Tão fascinante e ao mesmo tempo tão convidativamente demoníaco? Era como desejar ardentemente o único veneno capaz de te matar simplesmente por não conseguir resistir ao seu poder entorpecente. Ardia, queimava em brasas seu desejo e era tão incontrolável. Constantemente virava o rosto desviando o olhar, mas logo fixava novamente os olhos nas mãos com a boca salivando: era tentador demais para sua razão.
Não havia escapatória, não poderia correr ou evitar; era seu fim...