quinta-feira, 18 de junho de 2009

Incoerência;

A tua ausência é o silêncio, é a monotonia. E então as estrelas, por conseqüência, independentemente de estardes aqui ou não, são as mesmas, mas por que não consigo entendê-las como antes? De hora em hora a areia da praia reflete o finito - por que sem os seus passos marcando o caminho que percorríamos tudo é previsível. Como um redemoinho sem força, uma canção sem compasso ou melodia, permaneço caminhando pelas areias e abaixo dos céus estrelados – silêncio constante. Os passos não fazem o mesmo barulho que os seus; o riso não soa tão incoerente quanto o seu. O tempo parou? Apenas cansei de contar os minutos longe da sua presença. Mas não te amo, contudo sinto tua falta como quem ultrapassou o “amar” por que o imutável virou mutante quando a sua presença surgiu – igual o pó surge nos moveis da casa, sem sentido, sem previsão ou aviso, apenas se acumula sem a percepção dos donos. Cão que late na esquina, casal que foge para a escuridão da rua – rotina novamente. Se ao menos conseguisse invocar a sensação de instabilidade causada pelas suas ações impensadas é tarde, porém. Tuas mãos alçaram outras mãos no inconstante que mais lhe agradava. Vi teus lábios em outras bocas para, enfim, pronunciarem outros nomes. E do alar e confusões de nomes, procurei sem achar nada referente a mim. Se é ausência para mim sou mais ausência ainda para você; vácuo, inexistente, presença sem comparecimento.