quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Melhor;

Minha cabeça está sendo enforcada pelo o seu nó, como se suas palavras me sufocasse. Por favor, pode apertar mais essa corda, para que o impacto do meu corpo contra a gravidade ao menos quebre meu pescoço depois da queda? Ou você prefere assistir a um espetáculo? Se isto é seu melhor, então não há motivo para manter esse Coliseu, pois não sou um gladiador para enfrentar uma fera por dia; não posso te fornecer show algum para entreter sua população egocêntrica de você. Então eu desisto. Desisto de tentar ser algo além do que realmente posso ser; desisto de ser benevolente quando não há bondade dentro de mim, só escuridão. E se desistir é falhar, então que o seja, já estou sendo enforcada de qualquer forma.
Preciso curar mil doenças antes de poder tentar amar você. Sou por acaso Madre Teresa de Calcutá? Não consigo nem sanar minhas próprias feridas para te fornecer algum acalento para sua lepra. É como minhas palavras fossem adagas sob sua carne – então eu sou tua doença? O bacilo que te corrói? Mas, este é o melhor que posso fazer, como ser humano imperfeito; como mulher egoísta; como ser possesivo. Se sou a vilã, então o que é você? Minha kriptonita? Porque eu sou menos do que posso ser quando estou com você. Preciso confessar: nada disto que cultivamos me fez bem, mas eu tento. Mesmo com minha cabeça a preço e vinte feras no meu pescoço, corto a ervas daninhas em minhas sentenças e com esta precariedade te dou um buque.
Desta tempestade colhemos uma esperança falha, na qual será utilizada para ampliar teu Coliseu. Cada tijolo terá um pouco de nossas mentiras e fracassos. Somos tolos, libertamos quimeras e minotauros, porque acreditávamos na cidade dourada. É isso que é vida? Quando temos que escolher entre o meu coração ou o seu? Você tem mais alguma confissão a fazer ou prefere manter essa carnificina? Porque não podemos esquecer que este é o melhor que podermos fazer.

foto by: Bixu