sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Creio;

Querido Novembro, desculpe por renegá-lo, mas você está me custando bastante caro. Gostaria de lhe informar de antemão que você está sendo uma droga e vivencia-lo está sendo uma das piores experiencias possíveis. Imputa-lo tal descaso deriva da sua total inércia quanto a melhoria de minha vida, ou seja, Novembro: dá para mover seu traseiro e fazer algo legal para mim? Muito grata desde já.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Melodia;

And when you're lonely, I'll keep you company, like this world is only made for you and me.

foto by Foxtrot44

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Combustão;

Então eu coloquei fogo em todas as fotos na parede, porque nos colocar sobre a flama me fez ver o quanto dói queimar viva, já que a cada cinza eu sentia meu corpo arder. Por favor, nos torne em brasas para que essa fogueira crepite com todo o nosso passado antes que eu mesma entre em auto combustão. Nesta ignição, no qual todos os juramentos são pólvora, eu gritei seu nome enquanto seus lábios estavam em pirofagia, engolindo o incêndio ao nosso redor. Vamos acabar assim? Excitando cada limite dos próprios sentidos em Sati? Mas nossa pira não irá comportar tantas chamas de âmbar, querido. Inflamaremos o inflamável na nossa torre afogueada porque foram tantos momentos que precisam ser ateados, então apenas deixe o fulgor, porque ao menos estamos juntos até no fim.

foto by: creativ82

O Melhor;

Minha cabeça está sendo enforcada pelo o seu nó, como se suas palavras me sufocasse. Por favor, pode apertar mais essa corda, para que o impacto do meu corpo contra a gravidade ao menos quebre meu pescoço depois da queda? Ou você prefere assistir a um espetáculo? Se isto é seu melhor, então não há motivo para manter esse Coliseu, pois não sou um gladiador para enfrentar uma fera por dia; não posso te fornecer show algum para entreter sua população egocêntrica de você. Então eu desisto. Desisto de tentar ser algo além do que realmente posso ser; desisto de ser benevolente quando não há bondade dentro de mim, só escuridão. E se desistir é falhar, então que o seja, já estou sendo enforcada de qualquer forma.
Preciso curar mil doenças antes de poder tentar amar você. Sou por acaso Madre Teresa de Calcutá? Não consigo nem sanar minhas próprias feridas para te fornecer algum acalento para sua lepra. É como minhas palavras fossem adagas sob sua carne – então eu sou tua doença? O bacilo que te corrói? Mas, este é o melhor que posso fazer, como ser humano imperfeito; como mulher egoísta; como ser possesivo. Se sou a vilã, então o que é você? Minha kriptonita? Porque eu sou menos do que posso ser quando estou com você. Preciso confessar: nada disto que cultivamos me fez bem, mas eu tento. Mesmo com minha cabeça a preço e vinte feras no meu pescoço, corto a ervas daninhas em minhas sentenças e com esta precariedade te dou um buque.
Desta tempestade colhemos uma esperança falha, na qual será utilizada para ampliar teu Coliseu. Cada tijolo terá um pouco de nossas mentiras e fracassos. Somos tolos, libertamos quimeras e minotauros, porque acreditávamos na cidade dourada. É isso que é vida? Quando temos que escolher entre o meu coração ou o seu? Você tem mais alguma confissão a fazer ou prefere manter essa carnificina? Porque não podemos esquecer que este é o melhor que podermos fazer.

foto by: Bixu

Melodia;

I was too weak to give in yet too strong to lose.

foto by nyc0

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Creio;

O sentido de liberdade, ao contrário do que se consta em todos, parece me encarcerar. Ínfimo tal qual uma sala quatro por quatro – não há liberdade o bastante naquela que o mundo dispõe a mim. Precisaria de outros oceanos tão profundos quanto galáxias em pleno tsunami para encontrar plenamente meu total desligamento, porque liberdade não o é. Uma intercessão entre planos dispostos no mesmo mundo, porém que me transfeririam para outros locais e épocas remotas. E se, caso não ficasse presa a algum emaranhado de cordas, o amago do que procuro me engolfaria por osmose.
Por que, porém, nos contemos com a liberdade? Aquilo que nos colocam como libertação não é a liberação em si – é preciso ir além e encontrar um desligamento. Há mais viagens que simples aviões, há mais terras que simples continentes, há mais mentes que simples humanos. São automóveis, estudos, trabalho e uma multidão de pessoas ao nosso redor e constamos isto como felicidade? Não vemos além de nossos olhos e podemos amplexar o pouco como se tal fosse a teoria de tudo?
Existe o aqui, mas existe também o além dentro deste espaço. Se nos fosse possível alcançá-lo, talvez o conceito de liberdade, tão vago e sufocante, devesse sofrer uma transformação. Com base nessa transformação minhas ideias sobre ampliação da libertação, ao ponto tangível de embalsar o desligamento, poderiam estar fundadas em verdades. Um meio de tocar o outro lado dentro do nosso lado sem nos destruirmos por completo, seria isto a liberdade?

foto by: ahermin

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Creio;


Você já pensou o que um sonho advindo de outro continente é capaz de fazer? Nunca passou pela sua cabeça que a origem certa dos furacões são sonhos indomáveis? Como o voo de uma borboleta dentro da Teoria do Caos, um coração pode se converter em chamas ao tocar uma fagulha onírica. Deixe tudo queimar, por favor, porque este furacão de fogo já está formado. Há um furacão de mentiras.