terça-feira, 30 de junho de 2009
Creio;
Ando fazendo trocadilhos infantis com o seu nome só para não ter que pronunciá-lo. Doi quando eu falo cada letra e junto em sílabas o compondo. Talvez se eu continuar com isso eu supere, finalmente, o seu nome e ele pare de me perseguir.
Entrelinhas;
Será que se eu estupidamente conseguisse você ironicamente corresponderia? Entrelinhas te deixam furioso não é? Mas é que se eu falar, se eu invocar essa palavra, mesmo que apenas aqui, eu estaria provocando uma tempestade no mundo incorpóreo. Essa palavra não deve ser dita, apenas sentida; como uma sensação que dura por muito tempo: se eu falar o nome estragaria o momento. Então pega as pistas, se aproveita dos deslizes que cometo – até mesmo aqueles não intencionados – e descobre que palavra tão poderosa é essa capaz de fazer mulheres suspirarem e homens perderem sua razão, capaz de dividir o oceano no meio sem hesitar – mesmo havendo tanta hesitação contida. Tenta entender os fatos e os sinais para formar lentamente a palavra no chão – igual a um quebra-cabeça – e pensa: se eu conseguir estupidamente te amar você ironicamente corresponderia?
Byron;
sábado, 27 de junho de 2009
Almost gone;

terça-feira, 23 de junho de 2009
Melodia;
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Escarlate;
Escorria pelas suas mãos lentamente, escarlate e brilhoso. Como poderia ser tão tentador? Tão fascinante e ao mesmo tempo tão convidativamente demoníaco? Era como desejar ardentemente o único veneno capaz de te matar simplesmente por não conseguir resistir ao seu poder entorpecente. Ardia, queimava em brasas seu desejo e era tão incontrolável. Constantemente virava o rosto desviando o olhar, mas logo fixava novamente os olhos nas mãos com a boca salivando: era tentador demais para sua razão.
Não havia escapatória, não poderia correr ou evitar; era seu fim...
Não havia escapatória, não poderia correr ou evitar; era seu fim...
Cotidiano;
Saldo: precisar fingir que está passando mal para não passar pelo papel de pobre sem dinheiro após ver a conta.
Pensamento: I -"oi? Comofaz? Alô você? Cento e vinte e cinco reais por duas blusas que mais parecem pano de chão?"
II -"não estou dando o gobá para dar isso tudo nessas blusas que mais parecem toalhas de piquenique! E se tivesse dando cobraria muito caro, não faria que nem esse povo que dá de graça não"
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Creio;
Cansada de pensar. Ando pensamento muito e quanto mais eu penso mais eu sinto. Penso constantemente e principalmente quando vejo essas bostas de amor, essas besteiras romanticas e me pergunto "será que essas bostas são verdade?"
Incoerência;

Neruda;
Don't care about ya anymore;
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Sick of it;
Eu estou tão cansada das suas mentiras e da sua indiferença; tão cansada das brigas sem sentido e do seu jeito de quem não se importa comigo; tão cansada das fofocas e das alegações infundadas; tão cansada dessa situação estúpida e das pessoas tornam tudo mais difícil. Da um tempo, da uma folga, mas você nem ao menos consegue perceber o que está acontecendo ao nosso redor. Será que você não percebe o que eles dizem? É, eu esqueci que você não se importa com o que os outros falam de você. É que toda música de amor parece me lembrar aquele dia tão indiferente para você. Estou tão cansada de ligar o rádio e escutar uma música romântica; tão cansada de ler poemas melosos; tão cansada de abrir mão das oportunidades só para conseguir passar mais um tempo ao seu lado; tão cansada de acreditar nas suas histórias; tão cansada de lembrar dos seus erros e sofrer; tão cansada de você nessa posição de quem não liga. Será que dá para você simplesmente sumir então?
terça-feira, 16 de junho de 2009
Acaso;
Claro que eu sei que você é totalmente livre e independente. Você não precisa de mim para ir a tal lugar, nem abre mão de se divertir só porque o meu dia foi um saco. Eu vejo claramente que nada relacionado a você gira ao meu redor e nem nunca vai girar. Você não precisa de mais uma pessoa te controlando, de mais uma satisfação ao final do dia, de mais uma preocupação. É, eu seria apenas mais uma preocupação para a sua mente. Mesmo que eu tentasse – e eu tento – nunca iria ser um alívio para o seu dia-a-dia. O meu estresse iria te contaminar, a minha mania de minimalismo, o meu senso de humor rude, o meu riso escancarado: tudo isso seria uma desculpa para você não conseguir me olhar como um alívio.
Mas eu me apaguei. Eu vejo no seu sorriso um alívio para os meus dias monótonos, para o meu ciclo imutável. É que eu vi nos seus olhos duas janelas para o paraíso mais perdido e mais lascivo e eu não quero abrir mão disso. Não quero abrir mão daquela sensação ao final do dia quando a gente passou horas rindo de uma ação descontrolada nossa. Aquilo foi felicidade, aquilo é felicidade para mim. É deixar tudo passar por mim e não se importar quanto tempo vai demorar porque o que importa é o quanto eu posso sentir nesse tempo. E você nem faz idéia do que aquilo representou, porque o que é corriqueiro para sua rotina soou como uma libertação da monotonia.
Pega um livro ao acaso, lê alguma frase e pensa se o destino – não consigo acreditar no destino – quer isso. Se você não acredita em nada – e é o mais provável – então deixa de lado tudo o que eu disse agora, faz de conta que todo esse tempo que eu passei aqui foi determinado pelo silêncio, pelo nosso silêncio. Faz de tudo isso uma piada e vamos rir até que um dos dois comece a chorar.
Mas eu me apaguei. Eu vejo no seu sorriso um alívio para os meus dias monótonos, para o meu ciclo imutável. É que eu vi nos seus olhos duas janelas para o paraíso mais perdido e mais lascivo e eu não quero abrir mão disso. Não quero abrir mão daquela sensação ao final do dia quando a gente passou horas rindo de uma ação descontrolada nossa. Aquilo foi felicidade, aquilo é felicidade para mim. É deixar tudo passar por mim e não se importar quanto tempo vai demorar porque o que importa é o quanto eu posso sentir nesse tempo. E você nem faz idéia do que aquilo representou, porque o que é corriqueiro para sua rotina soou como uma libertação da monotonia.
Pega um livro ao acaso, lê alguma frase e pensa se o destino – não consigo acreditar no destino – quer isso. Se você não acredita em nada – e é o mais provável – então deixa de lado tudo o que eu disse agora, faz de conta que todo esse tempo que eu passei aqui foi determinado pelo silêncio, pelo nosso silêncio. Faz de tudo isso uma piada e vamos rir até que um dos dois comece a chorar.
Meireles;

segunda-feira, 15 de junho de 2009
Aprendizado;
Coisas do MSN:
colocar "/" para expressar um sentimento;
juntar palavras, como por exemplo: "comofaz?";
escrever tudo errado;
perder a capacidade de regência verbal e nominal;
frases inúteis, que no final fazem o maior sentido, como: "quem tem cu tem medo";
passar horas na frente do PC esperando alguém falar contigo;
mudar freneticamente a foto;
trocar o nick a cada três minutos;
ativar o "o que estou escutando" para mostrar aos contatos o seu gosto musical;
adicionar-se ao próprio MSN só para ver como o seu nick fica após modificações;
abrir mão do trabalho para ficar conversando sobre o ex ficante da sua ex colega;
criar emoticons com elementos do teclado;
procurar um som legal para tocar quando os contatos falarem com você;
olhar as fotos alheias só para matar o tempo;
ver as músicas que seus contatos estão escutando para procurar depois no youtube;
apertar enter cada vez que completa uma frase;
colocar como "ocupado" para não ver as janelinhas subindo;
colocar "ausente" para não falar com certas pessoas;
nunca entender ironias;
guardar históricos para ler depois e rir;
gírias e palavrões novos: "o pirão", "paus no aro", "fazer o bagulho ficar aceso";
evitar ao máximo acentuação;
conversar pelo subnick ou nick;
comer frente ao computador ao invés de comer na mesa.
colocar "/" para expressar um sentimento;
juntar palavras, como por exemplo: "comofaz?";
escrever tudo errado;
perder a capacidade de regência verbal e nominal;
frases inúteis, que no final fazem o maior sentido, como: "quem tem cu tem medo";
passar horas na frente do PC esperando alguém falar contigo;
mudar freneticamente a foto;
trocar o nick a cada três minutos;
ativar o "o que estou escutando" para mostrar aos contatos o seu gosto musical;
adicionar-se ao próprio MSN só para ver como o seu nick fica após modificações;
abrir mão do trabalho para ficar conversando sobre o ex ficante da sua ex colega;
criar emoticons com elementos do teclado;
procurar um som legal para tocar quando os contatos falarem com você;
olhar as fotos alheias só para matar o tempo;
ver as músicas que seus contatos estão escutando para procurar depois no youtube;
apertar enter cada vez que completa uma frase;
colocar como "ocupado" para não ver as janelinhas subindo;
colocar "ausente" para não falar com certas pessoas;
nunca entender ironias;
guardar históricos para ler depois e rir;
gírias e palavrões novos: "o pirão", "paus no aro", "fazer o bagulho ficar aceso";
evitar ao máximo acentuação;
conversar pelo subnick ou nick;
comer frente ao computador ao invés de comer na mesa.
Creio;
Creio;
domingo, 14 de junho de 2009
The Sims 3;

P.S. Bill Gates, se você por acaso está lendo isso fica a idéia: me empreste seu PC ou eu te mato.
sábado, 13 de junho de 2009
Eliot;
I do not think that they will sing to me.
I have seen them riding seaward on the waves
Combing the white hair of the waves blown back
When the wind blows the water white and black.
We have lingered in the chambers of the sea
By sea-girls wreathed with seaweed red and brown
Till human voices wake us, and we drown.
Chating;
- Sabe o que eu fiz no dias dos namorados?
- Hum... O quê?
- Tu não vai acreditar!
- ...Diz ai.
- Meu namorado chamou um carro de som para a minha rua com a música favorita dos dois sabe? Aquela música do Titanic.
- ...Sério?
- Sim! E ainda tem mais! O carro tocou toda a música e ele saiu de dentro do carro para declamar um poema do Vinicius de Moraes para mim!
- ...
- Não é lindo?!
- ...Muito.
- E ele me deu um anel de brilhantes! Três diamantes: um para cada ano que passamos juntos.
- ...Nossa.
- E ainda me deu uma pulseira de outro branco com nossos nomes e o símbolo do infinito ao lado.
- ...Massa.
- E depois ele me deu um buquê de rosas lindo, lindo.
- ...Legal.
- Sim, sim! Mas...E o seu dia dos namorados como solteira? (segura o riso)
- Ha, legal.
- Por quê? Ganhou uma caixinha de música feia de alguém? (rindo)
- Não. Só ganhei um cara bonito pra ficar tranzando comigo igual um animal insaciável durante todo o dia. Sabe como é eu sou solteira. (sorri)
- Hum... O quê?
- Tu não vai acreditar!
- ...Diz ai.
- Meu namorado chamou um carro de som para a minha rua com a música favorita dos dois sabe? Aquela música do Titanic.
- ...Sério?
- Sim! E ainda tem mais! O carro tocou toda a música e ele saiu de dentro do carro para declamar um poema do Vinicius de Moraes para mim!
- ...
- Não é lindo?!
- ...Muito.
- E ele me deu um anel de brilhantes! Três diamantes: um para cada ano que passamos juntos.
- ...Nossa.
- E ainda me deu uma pulseira de outro branco com nossos nomes e o símbolo do infinito ao lado.
- ...Massa.
- E depois ele me deu um buquê de rosas lindo, lindo.
- ...Legal.
- Sim, sim! Mas...E o seu dia dos namorados como solteira? (segura o riso)
- Ha, legal.
- Por quê? Ganhou uma caixinha de música feia de alguém? (rindo)
- Não. Só ganhei um cara bonito pra ficar tranzando comigo igual um animal insaciável durante todo o dia. Sabe como é eu sou solteira. (sorri)
Jurisprudência;
- Eu te chamei aqui porque eu preciso contar uma coisa...
- Então conte porra! Conte logo que eu tenho cinco clientes ricos esperando na recepção e eles me parecem putos da vida.
Suspirou forte – estava com medo? Estava com medo de uma mulher? Mas como? Ele nunca se rebaixou por uma mulher, nunca sentiu medo de uma e agora estava ali, em frente a única mulher pela qual ele nunca sentiu medo ou vergonha, a mulher que o conhecia tão bem, quase tremendo:
- Ó Helena...Eu estou completamente apaixonado por você.
Helena o observou sem palavras. Estava pálida pela surpresa: Renato apaixonado e ainda por cima por ela?! Tirou sua atenção dele e olhou para a janela do escritório. Aquela situação era totalmente improvável, irreal, absurda. Observou os grã finos passarem com seus carros de luxos pela rua, viu a dondocas com seus saltos entrarem em lojas caríssimas e os motoristas esperarem pacientemente durante horas. Ela nunca iria pertencer a aquele mundo, jamais conseguiria pertencer, mas ela fazia parte de tudo aquilo. Quando um mauricinho cheirava um pó e era pego ela e seu sócio precisavam limpar a barra do filhinho de papai – era esse seu trabalho: limpar a sujeira da classe rica. Que ironia do destino logo ela que odiava os riquinhos trabalhava para ajudá-los. Passou cinco anos de seu curso convivendo com aquela classe a sua única salvação era aquele homem, aquele homem que abria a boca para pronunciar palavras incoerentes. Sorriu levemente. Lembrou dos anos que passaram juntos – quanta coisa! Eles foram não só amigos, mas companheiros, amantes – sempre se pegavam quando estavam afim, conselheiros, ombro amigo, confidentes. Lembrou de cada detalhe: os porres, as tranzas, as brincadeiras, os finais de semanas, os clientes idiotas, as mentiras mais bem contadas. Ainda sorrindo olhou para Renato:
- E você espera que eu acredite em toda essa merda?
Renato a fitou sério:
- Sim.
- Renato, quem você quer enganar? Acho que de tanto mentir para esses filhos da puta ricos você acabou confundindo a realidade com a mentira. Vamos ser sinceros... Você é apaixonado pelo mundo; você não é capaz de se apaixonar por uma só pessoa porque você precisa do mundo todo para conseguir se sentir saciado. Você não está apaixonado por mim e nem tão pouco pela sua namorada e, por falar nisso, nem sei o que porra você está fazendo ao lado dela.
Ela riu enquanto cruzava as pernas e dizia com um ar de ironia:
-Pare de fumar maconha e acorde para a realidade: você não é de uma pessoa só, você é de todo mundo.
Ele olhou para ela incrédulo, sem palavras. Desviou o olhar e pensou: talvez de tanto mentir estivesse realmente se confundindo? Mas se isso fosse verdade ele não poderia se culpar porque ele era pago para isso, para mentir. E era o melhor nisso. Helena nunca foi muito boa mentindo, mas sem aquela mulher ele nunca conseguiria chegar onde estava: ele era a mentira e ela a verdade, ele era o filho da puta cara-de-pau e ela a certinha inteligente, pelo menos era assim nas aparencias, pois ele sabia, apenas ele sabia, o quanto ela era safada, o quanto ela era capaz. Na faculdade era assim mesmo: ele convencendo e mentindo e ela estudando e tirando notas boas. Eram uma dupla muito boa e por isso nunca conseguiu se imaginar longe dela. Sem ela nada ali andava, mas sem ele nenhum cliente ficava. Ele sempre foi assim, sempre foi de mentir, convencer as pessoas de que ele estava certo. Sempre foi assim e sempre vai ser, principalmente com as mulheres. A fitou e então entendeu: ela estava totalmente certa. Poderia amá-la e estar apaixonado por ela, mas ele amava o mundo, estava estupidamente apaixonado pelo mundo. Envolvia todo o mundo em mentiras para conseguir tirar dele o que quisesse e ele queria tudo e todas. Ele não conseguiria ficar com Helena sem desejar outras mulheres, sem também tranzar com outras. Riu junto com ela e passou o dedo polegar pelos lábios:
- É... Você está certa. De que horas vai sair dessa porra?
Ela riu:
- Não sei, acho que vou deixar esses ótarios esperando. O que acha?
O homem deu um sorriso pervertido:
- Vamos sair dessa bosta. Aproveitar e passar na casa da Mariana.
- Sua namorada?
- Agora é ex.
Hear me;
I still believe in your eyes; I just don't care what you've done in your life. Baby I'll always be here by your side; Don't leave me waiting too long. Please come by.
Can't you hear me calling?
Can't you hear me calling?
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Não;
Ela de vez em quando me pede um abraço e eu digo “não”; ela de vez em quando pergunta se eu gosto dela e eu digo “não”; ela de vez em quando tenta me beijar e eu digo “não”; ela de vez em quando tenta me convencer e eu digo “não”; ela de vez em quando me chama e eu digo “não”. Será que ela não vai compreender que todos os meus “não” são “sim”?
Sem aprazamento;
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Nin;
terça-feira, 9 de junho de 2009
Prufrock;
For the yellow smoke that slides along the street,
Rubbing its back upon the window-panes;
There will be time, there will be time
To prepare a face to meet the faces that you meet;
There will be time to murder and create,
And time for all the works and days of hands
That lift and drop a question on your plate;
Time for you and time for me,
And time yet for a hundred indecisions,
And for a hundred visions and revisions,
Before the taking of a toast and tea.
In the room the women come and go
Talking of Michelangelo.
And indeed there will be time
To wonder, "Do I dare?" and, "Do I dare?"
Time to turn back and descend the stair.
Síndrome Eliot;

Ao tomar conhecimento deste fragmento produzido pelas mãos de T. S. Eliot, autor ainda pouco desvendado por mim, surgiu em minha mente uma idéia de extrema comprovação, pela qual tomo conhecimento através da própria experiência.
Quantos dias passei em claro tentando, sem grande sucesso, arrancar sentimentos através, apenas, do ato intrínseco a mim: escrever. Soa como insanidade – afirmar e, de certa forma, eternizar no papel o que se pretende esquecer – tal feitio, porém este me parece ser a única saída quando nada mais consegue me puxar para fora deste oceano salino do alar mental. O que é escrever, afinal, senão um frustrado escapismo da realidade? Algo como uma tentativa vã não de desvendar, mas de deixar para trás o que queima por dentro.
Tento esquecer quem sou e o que sinto quando meus dedos soltam palavras através da caneta, porque só assim consigo parar de sentir; só assim consigo olhar para o espelho e ver um vácuo através dele. E por que fugir disso tudo? Porque sentir dói e viver amedronta. Quem sente compreende o que cada segundo nos acarreta: viver. Existir é fácil, pois qualquer coisa existe, porém viver é penoso. Viver é como estar no olho do furacão de sensações e sentimentos, como sentir trilhões de coisas ao mesmo tempo ao ponto de não lograr nem distinguir nenhuma delas. E , como já disse o senhor Eliot, “apenas aqueles que têm personalidade e emoções sabe o que significa querer escapar dessas coisas”, ou seja, apenas quem sabe o que é viver consegue auferir a sensação de fugir, mesmo que por um segundo, da vida.
Chating;
- Ei, ei.
- Diz.
- Tava pensando aqui...
- (olhando para outra menina)
- ...ai será que se por acaso...
- (olhando para outra)
- ...mas ai se não der certo...
- (olhando fixamente para outra)
- ...o que você acha?
- (olha) oi?
- ...Você escutou o que eu falei?
- (sorri) sim, sim. Escutei.
- O que eu falei?
- Huuum...
- (encara) o que eu falei?
- Ah cara, você sabe.
- ...Diz.
- Aquilo poxa.
- Aquilo o que?
- Aquilo saca? (olha para outra menina fixamente)
- (olha também) hum. Aquilo.
- (ainda olhando) é...Aquilo...
- (puxa o rosto) você sabe como é ver quem a gente gosta olhando para todas as pessoas ao seu redor, menos para gente? Não? Experimenta algum dia. (sai)
- Diz.
- Tava pensando aqui...
- (olhando para outra menina)
- ...ai será que se por acaso...
- (olhando para outra)
- ...mas ai se não der certo...
- (olhando fixamente para outra)
- ...o que você acha?
- (olha) oi?
- ...Você escutou o que eu falei?
- (sorri) sim, sim. Escutei.
- O que eu falei?
- Huuum...
- (encara) o que eu falei?
- Ah cara, você sabe.
- ...Diz.
- Aquilo poxa.
- Aquilo o que?
- Aquilo saca? (olha para outra menina fixamente)
- (olha também) hum. Aquilo.
- (ainda olhando) é...Aquilo...
- (puxa o rosto) você sabe como é ver quem a gente gosta olhando para todas as pessoas ao seu redor, menos para gente? Não? Experimenta algum dia. (sai)
Conto de fadas;
domingo, 7 de junho de 2009
Stay away;

sábado, 6 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Síndrome Lispector;

Se você soubesse;
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Chating;
- Ah! Mas x é uma idiota mesmo! Muito feia!
- Total!
- E se acha o máximo sabe? Fala sério! Ela é 0800 para São Jorge né?
-...Anne...
- E aquele jeito de vadia dela?!
- Anne...
- Sem falar ela "a prova foi super fácil pow! tiro dez" fala sério! Ela burra daquele jeito só tira um dez com um menos na frente.
- Anne...
- Aquele dragão falante! Ela deveria fazer uma participação especial no "Caverna do Dragão".
- Anne!
- O que?!
- (aponta para trás sem graça)
- (olha para trás)...Oi x (sorrisso enorme)
- Total!
- E se acha o máximo sabe? Fala sério! Ela é 0800 para São Jorge né?
-...Anne...
- E aquele jeito de vadia dela?!
- Anne...
- Sem falar ela "a prova foi super fácil pow! tiro dez" fala sério! Ela burra daquele jeito só tira um dez com um menos na frente.
- Anne...
- Aquele dragão falante! Ela deveria fazer uma participação especial no "Caverna do Dragão".
- Anne!
- O que?!
- (aponta para trás sem graça)
- (olha para trás)...Oi x (sorrisso enorme)
Diz;
Diz-me o que eu faço para te esquecer porque eu não consigo mais ser o que eu costumava ser depois que você surgiu em minha vida; dá-me um motivo concreto para sair daqui e te deixar para sempre, mesmo que isso me faça chorar; convence-me de que não vale a pena gastar horas e horas pensando em você ao invés de me focar nos estudos; elucida-me sobre o quanto minha vida pode ser proveitosa sem sua presença porque eu preciso, desde agora, aprender como é uma vida sem seus risos; interroga-me a propósito do tempo ou de qualquer outra situação corriqueira para que eu consiga entender que você não me quer; deixa-me sozinha, mesmo quando eu te pedir para ficar, só para minha mente compreender que você não me pertence; ensina-me a te libertar, mesmo que seja aos poucos, de uma vez por todas; explica-me que não devo continuar amando a quem não me ama porque isso não é correto; aconselha-me a mudar de rumo e abrir mão de você; faz-me controlar os sentimentos quando eu notar tua presença por perto. Por que, afinal, um dia eu terei que finalmente encarar a realidade: você não me ama.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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